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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sábado, 28 de fevereiro de 2015

PALAVRA E JESUS II

                Modulando a palavra com a autoridade de que se fazia portador, impregnou os ouvintes, que jamais foram os mesmos...
                Ouvindo-O, ninguém lograva esquecê-lO.
                Dialogando com Ele, alicerçavam-se os ideais de enobrecimento humano, que mudaram o curso da história.
                Ensinando na cátedra viva da natureza, projetou luz inapagável que passou a clarear os discípulos por todo o sempre.
                Sempre usou a palavra para a construção imperecível da felicidade humana.
                Com energia ou doçura, em suave tranquilidade ou grave admoestação, o Seu verbo sempre esteve colocado a serviço do bem e da paz.
                Maria de Magdala, atenazada por obsessores cruéis, libertou-se do aturdimento a que fora atirada, sob o magnetismo salutar do Seu verbo, desobsidiando-se.
                Simão Pedro, periodicamente influenciado por mentes perniciosas da Erraticidade Inferior, encontrou, na Sua palavra, a terapia da libertação, a ponto de poder oferecer-se integralmente ao ministério da doutrina, que dele fez o grande mártir do Evangelho.
                O gadareno, visivelmente possesso, saiu das sombras da alienação e volveu à claridade da razão, ante a Sua voz.
                Lázaro, retornou do profundo transe da catalepsia, atendendo-Lhe ao chamado enérgico.
                Perturbador desencarnado, contumaz na ação infeliz, silenciou, em plena Sinagoga, onde desejava gerar tumulto, repreendido pela Sua palavra severa.
                ... E falando, no monte, Jesus compôs o soberano código do amor, jamais igualado, que nunca será superado.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

PALAVRA E JESUS I


              A palavra, colocada a serviço da saúde, exerce inimaginável função terapêutica, oferecendo larga pauta de benefícios.
                A utilização do verbo de forma positiva faculta o otimismo, criando uma psicosfera renovadora de que se nutre o ser.
                Em face do fenômeno da sintonia, o conceito edificante produz empatia e atrai fatores benéficos, inclusive, a presença das entidades felizes, que se sentem motivadas a um intercâmbio edificante, mediante o qual se enriquecem os clichês mentais com paisagens novas e a organização fisio-psíquica com estímulos benéficos.
                A palavra é instrumento da vida para vestir as ideias e exteriorizá-las com clareza.
                Aplicada de forma edificante, levanta o mundo, sustenta o pensamento e enriquece a vida com belezas.
                Falando, Jesus estruturou, nas mentes e nos corações, os ideais da vida eterna, de que os fatos e os exemplos por Ele vividos constituíram corolário dos incomparáveis ensinos.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

SEMINÁRIO - BEM AVENTURANÇAS

Mais uma pérola de Haroldo Dutra Dias: o seminário sobre as bem-aventuranças. Ele também ocorreu em minha cidade, São José do Rio Preto, e na instituição espirita que frequento. Como sempre, palavras proferidas com muita sabedoria. Vale a pena assistir! Muita paz!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

SEMINÁRIO - O CÉU E O INFERNO

Magnífico seminário feito pelo orador espírita, Haroldo Dutra Dias, sobre o livro O Céu e o Inferno, que completa 150 anos. Ele ocorreu em minha cidade, São José do Rio Preto e tive o privilégio de assistir. Reservem um tempinho para ver. Vale muito a pena! Muita paz!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

RUSGAS DOMÉSTICAS

De pequena rusga doméstica pode nascer extensa caudal de rixas e aversões.
Aprender a ouvir sem contradizer, para aclarar qualquer ponto obscuro em momento adequado, é sinal evidente de compreensão e sabedoria.
Auxilia a criança, não apenas a sorrir, mas também a se educar.
Respeitar os parentes do coração, que se nos ligam nas experiências terrestres, é valioso preservativo contra desajustes positivamente desnecessários.
Evita criticar essa ou aquela minudência menos agradável no ambiente caseiro, cooperando em silêncio para que os senões desapareçam.
Nada censures, colaborando para que os problemas sejam resolvidos sem alterações e reproches.
Silenciar sobre questões nevrálgicas em família impede a explosão de conversas ofensivas ou inúteis.
Não revivas os mal-entendidos de ontem ou de qualquer fase do passado, para que faltas e erros no lar sejam realmente esquecidas.
Aprendamos a não gritar e sim conversemos.
Não te esqueças: a união começa de casa, mas a calma geral começa em ti mesmo.


Fonte: Calma – Chico Xavier/Emmanuel
imagem: google

domingo, 22 de fevereiro de 2015

EUTANÁSIA DE ANIMAIS

P - Um animal que já está cego, surdo e com doença incurável pode ser sacrificado?
R - Mesmo quando uma doença é incurável, não significa que o animal esteja sofrendo e nem que ele não possa conviver com sua deficiência. Conhecemos animais que apresentam estas características que você cita e estão vivendo muito bem depois de se adaptarem a sua nova condição. Quando um sentido é perdido, outros se exacerbam para compensar a perda. Assim, estando cego e surdo, é provável que seu olfato tenha compensado a deficiência dos dois sentidos perdidos. Pelo fato de não terem carma e expiar, não podemos banalizar a eutanásia, pois neste caso não receberá mais o mesmo nome.
         Talvez se chame assassinato, ou como alguns dizem sacrifício. Quando um animal adoece e fica deficiente, não deixou de ser o mesmo animal que lhe fez companhia durante todos os anos anteriores. Quando perdeu a visão, a audição e adquiriu a enfermidade incurável, não deixou de ser aquele animal que você amava pouco tempo antes. Quando o animal se encontra em uma situação como esta, precisará mais ainda daquele carinho dispensado a ele quando estava sadio e precisará mais ainda do seu apoio, pois eles sabem quando nós nos dedicamos a eles e quando os abandonamos. Eles têm certa consciência do que acontece ao seu redor e de como são tratados. Não vamos banalizar o ato da eutanásia, pois eles não têm carma, mas nós temos!


Fonte: A ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS – Marcel Benedeti
imagem: google

sábado, 21 de fevereiro de 2015

HOMENAGEM A UM AMIGO VIRTUAL



Hoje peço licença para abrir um espaço diferente. Fui convidada pelo meu amigo virtual Aluísio Cavalcante Jr., do blog http://sonhosdeumprofessor.blogspot.com.br/, a ouvir este poema de sua autoria, musicado por João Araújo. Achei de uma ternura tão grande, que tomei a liberdade de convidar aos amigos deste blog a escutar essa poesia cantada. Que todos possam desfrutar e alegrar seus corações. Muita paz!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

EDUCAÇÃO MODERNA

(J. Herculano Pires)
Uns condenam a educação moderna, saudosos dos tempos em que as crianças obedeciam aos pais pelo olhar e tremiam diante do mestre. Outros aprovam a nova educação sem a conhecer e fazem do seu principio de liberdade uma forma de abandono.
Não ha liberdade irrestrita, pois a liberdade só pode existir dentro das condições necessárias. Um homem solto no espaço, livre até mesmo da gravitação, não pode fazer coisa alguma e perecerá na desolação. Para que ele tenha liberdade é preciso que esteja condicionado pelo meio físico, pisando a terra e aspirando o ar, condicionado pelo corpo e pelo meio familiar e social, e assim por diante.
A educação antiga era uma forma de domesticação. As crianças eram tratadas como animais. A educação moderna, a partir de Rousseau, é uma forma de compreensão. O seu princípio básico não é a liberdade, mas a compreensão da criança como um ser em desenvolvimento. O seu objetivo não é o abandono da criança a si mesma e sim o cultivo paciente da criança, para que possa crescer sadia no corpo e no espírito. Os maus juízos sobre a nova educação provém do seu desconhecimento pelos pais e pelos mestres, muitos dos quais não possuem aptidão para educar.
Para os órfãos, prescreve-nos “ajuda-los, livra-los da fome e do frio, orientar suas almas para que não se percam no vício”. Esse o programa da nova educação. Seria um contra-senso convertermos os nossos filhos em órfãos, entregues a si mesmos, ao invés de vigiá-los, descobrir-lhes os maus pendores, corrigir-lhes as arestas morais e orientá-los para o futuro.
Os depositários de bens materiais cuidam deles para que não se deteriorem. O lavrador cuida das suas plantações para que produzam. Os pais, depositários de almas, tem responsabilidade muito maior e mais grave que a daqueles. Precisam cuidar de seus filhos e ajudá-los para que sejam úteis no futuro.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

CRIANÇAS E NÓS

(Emmanuel)
Muitos setores das ciências psicológicas asseveram que e indispensável preservar a criança contra a mínima coação, a fim de que venha a se desenvolver sem traumas que lhe prejudicariam o futuro. Isso, no entanto, não significa que deva crescer sem orientação.
Independência desregrada gera violência, tanto quanto violência gera independência desregrada.
Releguemos determinada obra arquitetônica ao descontrole e teremos para breve a caricatura do edifício que nos propúnhamos construir.
Abandonemos a sementeira a si própria e a colheita se nos fará desencanto.
Exigimos a instituição de um mundo melhor.
Solicitamos a concretização da felicidade comum.
Sonhamos com o levantamento da paz de todos.
Esperamos o reino da fraternidade.
Como atingir, porém, semelhantes conquistas sem a criança no esquema do trabalho a realizar?
Não mergulhará teu filho nas ondas revoltas da ira quando a dificuldade sobrevenha, e sim não te omitirás no socorro preciso, sem deixá-lo a feição de barco desarvorado ao sabor do vento. Não erguerás contra ele a palavra condenatória, nos dias de desacerto, a insuflar-lhe, talvez, ódio e rebeldia nos recessos da alma, e sim procurarás sustentá-lo com a frase compreensiva e afetuosa que desejarias ter recebido em outro tempo, nas horas da infância, quando te identificavas nas sombras da indecisão.
Sabes conduzir a criança ao concurso da escola, a assistência do pediatra, ao auxilio do costureiro ou ao refazimento espiritual nos espetáculos recreativos. Por isto mesmo não lhe sonegues apoio ao sentimento para que o sentimento se lhe faça correto.
Concordamos todos em que a criança necessita de amor para crescer patenteando mente clara e corpo sadio, entretanto e impossível efetuar o trabalho do amor – realmente amor – sem bases na educação.

Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

INVEJA III

                A ausência do amadurecimento espiritual faz com que rotulemos, de forma humilhante e pretensiosa, os credos religiosos, a heterogeneidade das raças, os costumes de determinados povos, as tendências sexuais diferentes, os movimentos sociais inovadores, as decisões, o comportamento, o sucesso dos outros e muitas coisas ainda. Tudo isso ocorre porque não conseguimos digerir com ponderação a grandeza do processo evolutivo agindo de forma diversificada sob as leis da natureza.
                O autêntico impulso natural quer que sejamos simplesmente nós mesmos. Não faz parte dos impulsos inatos da alma humana a pretensão de nos considerarmos melhor que as outras pessoas. O que devemos fazer é aceitar-nos como somos, é respeitar nossas diferenças e reconhecer nossos valores.
                 Inveja é o extremo oposto da admiração. É uma ferramenta cômoda que usamos sempre que não queremos assumir a responsabilidade por nossa vida. Ela nos faz  censurar e apontar as supostas falhas das pessoas, distraindo-nos a mente do necessário desenvolvimento de nossas potencialidades interiores. Em vez de nos esforçarmos para crescer e progredir, denegrimos os outros para compensar nossa indolência e ociosidade.
                Não há nada a nos censurar por apreciarmos os feitos das pessoas e/ou por a eles aspirarmos; o único problema é que não podemos nos comparar e querer tomar como modelo o padrão vivencial do outro.
                A inveja e a censura nascem da auto-rejeição que fazemos conosco, justamente por não acreditarmos em nossos potenciais evolutivos e por procurarmos fora de nós as explicações de como deveremos sentir, pensar, falar, fazer e agir, ora dando uma importância desmedida aos outros, ora tentando convencê-los a todo custo de nossas verdades.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: google

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

INVEJA II

                Os indivíduos que possuem o hábito da critica destrutiva estão, em verdade, dissimulando outras emoções, talvez a inveja ou mesmo o despeito, existem posturas efetuadas tão costumeiramente e que se tornam tão imperceptíveis que poderíamos denominá-las atitudes crônicas.
                A inveja é definida como sendo o desejo de possuir e de ser o que os outros são, podendo tornar-se uma atitude crônica na vida de uma criatura. é uma forma de cobiça, um desgosto em face da constatação da felicidade e superioridade de outrem.
                Observar a criatura sendo, tendo, criando e realizando provoca uma espécie de dor no invejoso, por ele não ser, não ter, não criar e não realizar. A inveja leva, por consequência, à maledicência, que tem por base ressaltar os equívocos e difamar; assim é a estratégia do depreciador. Se eu não posso subir, tento rebaixar os outros; assim, compenso meu complexo de inferioridade.
                A inveja nasce quase sempre por nos compararmos constantemente com os outros. Nessa comparação, o homem desconhece o fato de sua singularidade, possuidor de expressões íntimas completamente diferente das dos outros seres. É verdade, porém, que possuímos algumas semelhanças e características comuns com outros homens, mas, em essência, somos almas criadas em diferentes épocas pelas mãos do Criador e, por isso, passamos por experiências distintas e trazemos na própria intimidade missões peculiares.
                Anormalidade, normalidade, sobrenaturalidade e paranormalidade são de fato catalogações da incompreensão humana alicerçadas sobre as chamadas comparações.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: google

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

INVEJA I

                Se tivéssemos o hábito de investigar nossos comportamentos autodestrutivos e fizermos uma análise desses antecedentes históricos em nossa vida, poderemos, cada vez mais, compreender o porquê de permanecermos presos em certas áreas prejudiciais à nossa alegria de viver.
                Esses comportamentos infelizes a que nos referimos não são apenas as atitudes evidentemente desastrosas, mas os diminutos atos cotidianos que podem passar como aceitáveis e completamente admissíveis. Entretanto, tais atos são os grandes perturbadores de nossa paz interior.
                Muitos indivíduos não se preocupam em estudar as raízes de seus comportamentos rotineiros, porque acreditam que, para assumir a responsabilidade da renovação íntima, precisariam desprender um enorme sacrifício. Sendo assim, preferem permanecer apegados aos antigos costumes, utilizando-se dos preconceitos e de crenças distorcidas, sem se darem conta de que estes são as matrizes de seus prontos vulneráveis.
                Para afastar todo e qualquer anseio de transformação interior, utilizam-se de um processo psicológico denominado racionalização – artifício criado para desviar a atenção dos verdadeiros motivos das atitudes e ações – para se verem livres das crises de consciência, procurando assim justificar os fatos inadequados de suas vidas.
                Somente alteraremos nossos atos e atitudes doentios quando tomarmos plena consciência de que são eles as raízes de nossas perturbações emocionais e dos inúteis desgastes energéticos. É examinando nossos dia a dia à luz das escolhas que fizemos ou que deixamos de fazer é que veremos com clareza que somos, na atualidade, a soma integral de nossas opções diante da vida.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: google

domingo, 15 de fevereiro de 2015

MELINDRES

Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o coração.

Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja.

Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente.

Muita vez, uma opinião diversa da sua pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio, se você se dispuser a estudá‐la.

Melindres arrasam as melhores plantações de amizade.

Quem reclama, agrava as dificuldades.

Não cultive ressentimentos.

Melindrar‐se é um modo de perder as melhores situações.

Não se aborreça, coopere.

Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro.


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
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sábado, 14 de fevereiro de 2015

RELAÇÕES ALÉM TÚMULO II

                Portanto, após a morte, levaremos conosco tudo aquilo que somos e fizemos na presente existência. Assim, como na vida física, nos aproximamos e nos afinizamos com aqueles que têm as mesmas aspirações que temos. A união no plano espiritual se dá por simpatias de propósitos, os bons espíritos, pelo desejo de fazer o bem; os maus, pelo desejo de fazer o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se encontrarem ente os seres que são semelhantes a eles.
                Estando encarnados, fingimos, escondidos no corpo físico, mentimos, enganamos, trapaceamos, agimos com inveja, orgulho e egoísmo diante de fatos e provações da existência, há no plano espiritual não mais dispomos da matéria, então nos apresentamos tal qual verdadeiramente somos, como nossas mazelas expostas não podendo mais passar uma imagem daquilo que realmente não somos!
                Levaremos conosco, no retorno a vida espiritual, o que somos, não mais podendo esconder no verniz da materialidade, e caso lá cheguemos em uma situação não muito favorável, provavelmente nos sentiremos extremamente envergonhados e decepcionados, pois muitas vezes, tivemos a oportunidade de participação na programação de nossa recente existência, trazendo a proposta de reparação de alguns erros e não o fizemos.
                Somos como crianças de idade escolar, durante a nossa existência, recebemos a oportunidade de estudar e de aprender, dispomos do material para isso; o nosso corpo físico. Porém, assim como na escola, passamos pelas provas em que seremos testados, ou seja, convivência difícil com um familiar, avareza, paciência, tolerância... e muitas vezes sucumbimos, não conseguindo passar de ano, sendo reprovados na escola do progresso espiritual, o que ensejará a necessidade de uma nova reencarnação.
                E não há dor maior do que o remorso do tempo perdido, da oportunidade desperdiçada, do desprezo. A nossa consciência nos acusará. Dessa forma, devemos seguir nossa atual existência com os propósitos de sermos mais tolerante,s mais amáveis, mais pacientes, mais dóceis, ais caridosos... de acordo com os ensinamentos cristãos.
                Se queremos um mundo melhor, essa mudança deve começar dentro de nós!

Juliana P. C. Cuin

Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – julho/2014
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

RELAÇÕES ALÉM TÚMULO I

                Sabendo que a verdadeira vida é a espiritual, é evidente, portanto, que existam relações entre os espíritos desencarnados que retornaram à pátria espiritual.
                Atualmente encarnados, pensando e agindo conforme nosso grau de adiantamento, e, ainda envoltos na materialidade da vida, temos dificuldades em conceber a ideia de como é essa vida espiritual e suas relações.
                Segundo as instruções dos espíritos, há uma organização entre as diferentes ordens dos desencarnados, estabelecendo entre elas uma hierarquia de poderes, subordinação e autoridade, com base na ascendência moral, de uns sobre os outros, diferentemente do que ocorre na Terra, quando tal hierarquia se dá de acordo com bens, posses e poderes materiais. No plano espiritual o adiantamento moral exerce uma hierarquia irresistível entre uns e outros.
                Daí então, entendemos que todos os bens e gozos terrenos que um homem possui na Terra, não lhe garantirão nenhum privilegio ou poder no mundo espiritual o que coaduna com as lições do Cristo, quando afirma que os pequenos serão elevados e os grandes rebaixados. O que realmente vale são as riquezas e os valores espirituais.
                Atualmente vemos uma inversão de valores, onde notamos a procura pela exaltação, pela chance de e destacar, de sobressair e de se tornar notável, a qualquer custo, numa sociedade onde cresce, desenfreadamente, a busca por valores materiais.
                Os laços familiares cada dia mais frouxos, o casamento cada dia menos comum, as relações humanas cada dia mais egoístas e individualistas e o amor ao próximo, cada dia menos próximo de nosso coração! E os ensinamentos de Jesus que agora temos a maturidade de compreender, por vezes, caem no esquecimento. Quem quiser ser o melhor que seja o último e o servidor de todos, orienta Jesus, nisso está o amor, a bondade e a justiça.

(continua)

Juliana P. C. Cuin
Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – julho/2014
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A POESIA PERDIDA

Cap. VI – Item 4
O consolador é a onipresença de Jesus na Terra.
Ao influxo da Benemerência Celeste, ele asserena os gestos impensados das criaturas que gemem esporeadas pelas provações; aplaca os gritos blasfemos que se elevam de muitas bocas com requintes insaciáveis de orgulho; recompõe os rostos incendidos pelo fogo de multifárias paixões e soergue os proscritos do remorso que se escondem nas dores devoradoras, desmemoriados na retificação que o destino lhes retraça.
O Consolador Prometido!...
Sursum corda!
Res, non verba!...
Seguindo-lhe os ditames, jamais desfeches o alvo em mira, pois os olhos voltívolos não podem fixar os painéis vislumbrados nos cimos.
Recorda que todas as cenas humanas têm seus bastidores espirituais.
Se vives em ânsia de paz interior, sustém o império sobre ti mesmo.
Espaneja em ti a carusma dos preconceitos que te dançam na mente, qual poeira de sombra, entenebrecendo-te a razão.
Recoloque os ideais com novas tintas de alegria, esperança e coragem, no combate aos erros bastas vezes milenares.
Estende um pensamento bom aos cépticos transviados no dédalo das indagações contraditórias, ferretoados no duelo interior da dúvida.
Foge à voz bramidora da censura para que os teus lábios festejem os ouvidos alheios com expressões de conselho e acentos de consolo.
Borda a palavra com doçura e repete mansamente a própria benção quando a tua voz se perca entre os clamores dos que passam a vociferar rebeldia e avançam espavoridos por veredas em chamas.
Socorre a mães desditosas, cujos filhinhos doentes vertem lágrimas a se transmutarem nos livores macilentos da morte.
Afaga, ao calor das frases de fraternidade revigoradora, as têmporas encanecidas e latejantes que te suplicam algum óbolo de carinho.
Desfaze o véu do pranto de agonia de quem chora às ocultas, no sarcófago das trevas de si mesmo.
Derrama preces confortativas entre os peregrinos da morte que não se resguardaram para a Grande Viagem e carreiam o coração em atropelos, de espanto a espanto, ante a perpetuidade da vida.
Em toda estrada vicejam alfombras de sorrisos e chovem lágrimas de aflição, mas o amor, com o Cristo-Jesus, recupera a poesia perdida ao longo do nosso caminho, pois só ele transforma o miasma em perfume, o incêndio em luz, o espinho em flor, o deserto em jardim e a queda em ascensão.
Manuel Quintão

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: google

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

PREGAÇÕES

“E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas para que eu ali também pregue; porque para isso vim. — (MARCOS 1:38)

Neste versículo de Marcos, Jesus declara ter vindo ao mundo para a pregação. Todavia, como a significação do conceito tem sido erroneamente interpretada, é razoável recordar que, com semelhante assertiva, o Mestre incluía no ato de pregar todos os gestos sacrificiais de sua vida.
Geralmente, vemos na Terra a missão de ensinar muito desmoralizada.
A ciência oficial dispõe de cátedras, a política possui tribunas, a religião fala de púlpitos.
Contudo, os que ensinam, com exceções louváveis, quase sempre se caracterizam por dois modos diferentes de agir. Exibem certas atitudes quando pregam, e adotam outras quando em atividade diária. Daí resulta a perturbação geral, porque os ouvintes se sentem à vontade para mudar a “roupa do caráter”.
Toda dissertação moldada no bem é útil. Jesus veio ao mundo para isso, pregou a verdade em todos os lugares, fez discursos de renovação, comentou a necessidade do amor para a solução de nossos problemas. No entanto, misturou palavras e testemunhos vivos, desde a primeira manifestação de seu apostolado sublime até a cruz. Por pregação, portanto, o Mestre entendia igualmente os sacrifícios da vida. Enviando-nos divino ensinamento, nesse sentido, conta-nos o Evangelho que o Mestre vestia uma túnica sem costura na hora suprema do Calvário.

Fonte: CAMINHO, VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL
imagem: google

Comentários de Haroldo Dutra Dias:

Passagem que revela Jesus acordando de madrugada iniciando o trabalho de divulgação do evangelho. Mas aqui sutilmente nos adverte Emmanuel, a pregação do evangelho, tal como entendia Jesus, é uma pregação integral, porque envolvem os elementos sublimes da fala, o dom sublime da palavra. Todavia conjuga a exemplificação, o testemunho e o sacrifício pessoal. É que o exemplo da vida, a vivência do ensino pregado, confere força às palavras. Faz com que aquele que proclama seja envolvido em uma luz de amor, de exemplo, capaz de arrastar todos os ouvintes, dando a ideia de que o proclamador veste uma túnica sem costura. Aquilo que ele fala é o que ele vive. Naturalmente esse é o ideal que todos perseguimos, nem sempre alcançado por todos nós que temos a tarefa da divulgação. Mesmo com as limitações é preciso seguir o modelo do exemplo de Jesus, incorporar a cada dia, na nossa fala, na nossa divulgação a exemplificação e a nossa própria vida, com suas dores, seus sacrifícios e os seus testemunhos, para que a nossa fala reflita com segurança o ensino glorioso de Jesus. Dia virá em que a roupa do nosso caráter será semelhante à túnica envergada por Jesus no calvário, uma túnica alva, brilhante e sem costura. Revelando a coerência, a exemplificação, a vivência sublime do amor.

Fonte: http://www.portalser.org/destaque/sete-minutos-com-emmanuel-007/ 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

ORIGENS DO SOFRIMENTO VI

                Na mesma trilha, ressalta o domínio do ódio na paisagem dos sofrimentos humanos. As suas irradiações destrutivas comburem as energias de quem o sustenta, enquanto, muitas vezes, atingem aqueles contra quem se dirigem, caso permaneçam distraídos dos deveres relevantes ou em faixas mentais equivalentes.
                Loucura do amor não atendido, o ódio revela a presença predominante dos instintos agressivos vigentes, suplantando os sentimentos que devem governar a vida.
                Jamais havendo motivo que lhe justifique a existência, o ódio é responsável pelas mais torpes calamidades sociais e humanas de que se tem conhecimento.
                Quando se instala com facilidade, expande as suas raízes como tenazes vigorosas, que estrangulam a razão, transformando-se em agressividade e violência, em constante manifestação.
                Em determinados temperamentos, é qual uma chispa insignificante em um monte de feno, produzindo um incêndio devorador. Por motivo de somenos importância, explode e danifica em derredor.
                O ódio é causador de muitos sofrimentos.
                Todo o empenho deve ser envidado para desarticulá-lo onde se apresente e instale; sem esse trabalho, ele se irradia e infelicita.
                Pestilencial, ele contamina com facilidade, travestindo-se de irritação, ansiedade, revolta e outros danosos mecanismos psicológicos reagentes.
                A frustração, por sua vez, responde por sofrimentos que seriam evitáveis, não fossem as exageradas esperanças do homem, as suas confusas idéias de automerecimento, que lhe infundem crenças falsas nas possibilidades eu não lhe estão ao alcance.
                Porque se supõe credor de títulos que não possui, a criatura se frustra, entregando-se a reações inesperadas de depressão ou cólera, fugindo da vida ou atirando-se, rebelde, contra ela e os seus valores.
                Quando o homem adquire a medida do pouco ou quase nenhum merecimento pessoal, equipa-se de harmonia e fé, de coragem e paz para enfrentar as vicissitudes e superá-las, nunca se permitindo malograr nos empreendimentos. Se esses não oferecem os resultados desejados, como é natural, insiste, persevera, até a constatação de que outro deve ser o campo de atividade a desenvolver ou até receber a resposta favorável do trabalho envidado.
                O amor é o antídoto para todas as causas do sofrimento, por proceder do Divino Psiquismo, que gera e sustenta a vida em todas as suas expressões.
                Luarizado pelo amor, o homem discerne, aspira, age e entrega-se em confiança, irradiando energia vitalizadora, graças à qual se renova sempre e altera para melhor a paisagem por onde se movimenta.
                O amor é sempre o conselheiro sábio em qualquer circunstância, orientando com eficiência e produzindo resultados salutares, que propelem ao progresso e à felicidade.
                Na raiz de qualquer tipo de sofrimento sempre será encontrado como seu autor o próprio espírito, que se conduziu erroneamente, trocando o mecanismo do amor pela dor, no processo da sua evolução.
                A fim de apressar a recuperação, eis que se inverte a ordem dos acontecimentos, sendo a dor o meio de levá-lo de volta ao amor, por cuja trilha se faz pleno.

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

domingo, 8 de fevereiro de 2015

ANIVERSARIANDO!



Estou muito feliz por Deus ter me presenteado com mais um ano de vida. Oportunidades de aprendizado, experiências. Peço a Deus que eu possa aproveitar da melhor forma possível o dom da vida, para que ao encerrar a minha jornada, possa levar para o plano espiritual mais conquistas do que derrotas. Espero adquirir sabedoria, para poder fazer boas escolhas, sempre em direção ao progresso espiritual. Agradeço a todos que acompanharam minha jornada, que possamos permanecer juntos e que outros amigos possam ser agregados, pois a troca de experiências nos enriquece. Que Deus possam me conceder mais um ano de vida.




sábado, 7 de fevereiro de 2015

ORIGENS DO SOFRIMENTO V

                O desejo é um corcel desenfreado que produz danos e termina por ferir-se, na sua correria insana.
                A primeira demonstração de lucidez e equilíbrio da criatura é a satisfação ante tudo quanto a vida lhe concede. Não se trata de uma atitude conformista, sem a ambição racional de progredir, mas, sim de uma aceitação consciente dos valores e recursos que lhe chegam, facultando-lhe harmonia interior e bem-estar na área dos relacionamentos, no grupo social no qual se situa.
                Toda vez que o desejo exorbita, gera sofrimento, em razão de tornar-se uma emoção perturbadora forte, que desarticula as delicadas engrenagens do equilíbrio.
                Febre voraz, o desejo faz arder as energias, aniquilando-as. Sempre se transfere de uma para outra área, por conduzir o combustível da insatisfação. Males incontáveis se derivam de sua canalização equivocada, face às suas nascentes no egoísmo, este câncer do espírito, responsável por danos contínuos no processo da evolução do ser.
                Mesmo na realização edificante, o desejo tem que ser conduzido com equilíbrio, a fim de não impor necessidades que não correspondam à realidade. O ideal do bem, o esforço por consegui-lo expressam-se de forma saudável quão gratificante, tornando-se estímulo para o desenvolvimento constante dos germes que dormem na criatura, aguardando a eclosão dos fatores que lhe são propriciatórios.
                Como o efeito do desejo, o ofuscamento, que decorre da presunção e do orgulho, é causa de sofrimentos, em razão do emaranhado de raízes na personalidade do homem ambicioso e deslumbrado.
                As ilusões da prosperidade econômica e social, cultural e política induzem o insensato ao ofuscamento, por permitirem-lhe acreditar-se superior aos demais, inacessível ao próximo, colocando barreiras no relacionamento com as outras pessoas que lhe pareçam de menor status, qual se estas lhe ameaçassem a situação de destaque. Ignoram os fenômenos biológicos inevitáveis da enfermidade, velhice e morte, ou anestesiam a consciência para não pensarem nas ocorrências do insucesso, da mudança de situação, das surpresas do cotidiano.
                Todos esses fatores são motivos de sofrimento, quando se pretende manter a posição de relevo, quando se teme perdê-la e quando isso acontece.
                O ofuscamento desgoverna inumeráveis existências que se permitem as fantasias do trânsito orgânico, sem a claridade que discerne entre as reais e as falaciosas metas da vida.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

SEMINÁRIO O CÉU E O INFERNO

O orador espírita mineiro, Haroldo Dutra Dias esteve em nossa cidade, onde proferiu seminário baseado no livro O Céu e o Inferno de Allan Kardec. Tomei a liberdade de postar aqui, pois vale a pena assistir. Este seminário contem informações valiosas que nos auxiliará a refletir sobre nossa conduta e o que fazer para ser feliz. Reservem um tempinho para assistí-lo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

ORIGENS DO SOFRIMENTO IV

                Transitam, ainda, na Terra, portadores de expiações que não trazem aparência exterior. São os seres que estertoram em conflitos cruéis, instáveis e insatisfeitos, infelizes e arredios, carregando dramas íntimos que os estiolam, afligindo-os sem cessar. Podem apresentar aparência agradável e conquistar simpatia, sem que se liberem dos estados interiores mortificantes.
                A consciência não perdoa, no que concerne a deixar no olvido o crime perpetrado. O seu perdão se expressa mediante a reabilitação do infrator.
                As origens do sofrimento estão sempre, portanto, naquele que o padece, no recôndito do seu ser, nos painéis profundos da sua consciência.
                Ao lado das origens cármicas do sofrimento, surgem as causas atuais, quando o homem o busca mediante a irresponsabilidade, a precipitação, a prevalência do egoísmo que o incita à escolha do melhor para si em detrimento do seu próximo. Esta atitude se revela em forma de emoções perturbadoras, que o aturdem na área das aspirações e se condensam em formas de aflição.
                As emoções perturbadoras galvanizam o homem contemporâneo, mais do que o de ontem, em razão dos conflitos psicossociais, sócio-econômicos, tecnológicos e outros.
                Os impulsos e lutas que induzem o indivíduo à perda da individualidade, escravizando-o aos padrões da conveniência vigente, são relevantes como desencadeadores de sofrimento.
                Também a perda do senso de humor torna a criatura carrancuda e artificial, gerando emoções perturbadoras.
                A ausência de liberdade pelas constrições de toda ordem igualmente proporciona sofrimento.
                Esses fenômenos psicológicos, no campo do comportamento, propiciam emoções perturbadoras tais como: o desejo, o ofuscamento, o ódio, a frustração.
                Porque não sabe distinguir entre o essencial e o supérfluo, o que convém e aquilo que não é lícito conseguir, o homem extrapola nas aspirações e atormenta-se pelo desejo mal-conduzido, ambicionando além das possibilidades e transferindo-se de uma para outra forma de amargura.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

ORIGENS DO SOFRIMENTO III

                Os compromissos negativos, pois, ressurgem no esquema da reencarnação como provações lenificadoras, que o amor suaviza e o trabalho edificante consola.
                As expiações, todavia, são impostas, irrecusáveis, por constituírem a medicação eficaz, a cirurgia corretiva para o mal que se agravou.
                Semelhante ao que sucede na área civil, o delinquente primário tem crédito que lhe suaviza a pena e, mesmo ante os gravames pesados, logra certa liberdade de movimento sem ter a liberdade totalmente cerceada. O reincidente é convidado à multa e prisão domiciliar, conforme o caso, no entanto, aquele que não se corrige é conduzido ao regime carcerário e, diante de leis mais bárbaras, à morte infamante.
                Guardadas as proporções, nos primeiros casos, o infrator espiritual é conduzido a provações, enquanto que, na última hipótese, à expiação rigorosa. Porque o amor de Deus vige em todas as Suas leis, mais justas do que as dos homens, seja qual for o crime, elas objetivam reeducar e conquistar o revel, não o matando, isto é, não o extinguindo. Jamais intentam vingar-se do alucinado, antes buscam recuperá-lo, porque todos são passíveis de reabilitação.
                O encarceramento nas paresias, limitações orgânicas e mentais, as paralisias, as patologias congênitas sem possibilidade de reequilíbrio, certos tipos de loucura, de cânceres, de enfermidades degenerativas se transformam em recurso expiatório para o infrator reincidente que, no educandário das provações, mais agravou a própria situação, derrapando para os abismos da rebeldia e da alucinação propositais. Entre esses, suicidas premeditados, homicidas frios, adúlteros contumazes, exploradores de vidas, vendedores de prazeres viciosos, tais como as drogas alucinógenas, o sexo, o álcool, os jogos de azar, a chantagem e muitos artigos da crueldade humana catalogados nos estatutos divinos.
                Cada ser vive com a consciência que estrutura.                                                                                             
                De acordo com os seus códigos, impressos em profundidade na consciência, recolhe as ressonâncias como experiências reparadoras ou propiciatórias de libertação.
                Há, em nome do amor, casos de aparentes expiações – seres mutilados, surdos-mudos, cegos e paralisados, hansenianos e aidéticos, entre outros, que escolheram essas situações para lecionarem coragem e conforto moral aos enfraquecidos na luta e desolados na redenção.
                As expiações podem ser atenuadas, não, porém, sanadas.
                Enquanto as provações constituem forma de sofrimento reparador que promove, as expiações apenas restauram o equilíbrio perdido, reconduzindo o delituoso à situação em que se encontrava antes da queda brutal.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

ORIGENS DO SOFRIMENTO II

                Os sofrimentos humanos de natureza cármica podem apresentar-se sob dois aspectos que se complementam: provação e expiação. Ambos objetivam educar ou reeducar, predispondo as criaturas ao inevitável crescimento íntimo, na busca da plenitude que as aguarda.
                A provação é a experiência requerida ou proposta pelos guias espirituais antes do renascimento corporal do candidato, examinadas as suas fichas de evolução, avaliadas as suas probabilidades de vitória e os recursos ao seu alcance para o cometimento. Apresenta-se como tendências, aptidões, limites e possibilidades sob controle, dores suportáveis e alegrias sem exagero, que facultem a mais ampla colheita de resultados educativos. Nada é imposto, podendo ser alterado o calendário das ocorrências, sem qualquer prejuízo para a programação iluminativa do aprendiz.
                No mapa dos compromissos, não figuram as injunções mais aflitivas nem as conjunturas traumatizantes irreversíveis.
                As opções de como agir multiplicam-se favoravelmente, de forma que, havendo arestas a aplainar, esse trabalho não impõe uma ação imediata pelo sofrimento.
                A ação do amor brinda o ser com excelentes ensanchas de alterar para melhor o seu desempenho e as suas atividades, constituindo-lhe suportáveis provas o malogro e alguma aspiração, o desafio ante algumas metas que lhe parecem inalcançáveis, as dores dos processos de desgaste orgânico e mental, sem as quedas profundas nos calabouços das paralisias, das alienações, das doenças irrecuperáveis.
                Se tal suceder, ainda poderemos catalogar como escolha pessoal, por acreditar o candidato ser esse o meio mais eficaz para a sua felicidade próxima, liberando-se da canga rude da inferioridade moral.
                Poder-se-á identificar essa providencial escolha, na resignação e coragem demonstradas pelo educando e até mesmo na sua alegria diante das ocorrências dolorosas.
                As provações se manifestam, dessa forma, de maneira suave, lenificadora no seu conteúdo e abençoada nas suas finalidades. Sem o caráter punitivo, educam de forma consciente, incitando ao aproveitamento da ocasião em forma eficiente e mais lucrativa, com o que equipam aqueles que as experimentam, para que se convertam em exemplos, apóstolos do amor, do sofrimento, missionários do bem, mártires dos ideais que esposam, mesmo que no anonimato dos testemunhos, sempre se tornando modelos dignos de serem imitados por outras pessoas.
                As provações mudam de curso, suavizando-se ou agravando-se conforme o desempenho do espírito.
                A eleição de certas injunções mais difíceis no processo evolutivo representa um ato de sabedoria, tendo-se em vista a rapidez da existência corporal e os benefícios auferidos que são de duração ilimitada.
                Considerando-se a vida sob o ponto de vista causal, das suas origens eternas, as ocorrências na esfera física são de breve duração, não se alongando mais do que um curto período que, ultrapassado, deixa as marcas demoradas de como foram vivenciadas. Valem, portanto, quaisquer empenhos, os sacrifícios, as provas e testes que recompõem os tecidos dilacerados da alma, advindos das anteriores atitudes insensatas.
                Toda aprendizagem propõe esforço para ser assimilada e toda ascensão exige o contributo da persistência, da força e do valor moral.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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