Sabendo que a verdadeira vida é a espiritual, é
evidente, portanto, que existam relações entre os espíritos desencarnados que
retornaram à pátria espiritual.
Atualmente encarnados, pensando e agindo conforme
nosso grau de adiantamento, e, ainda envoltos na materialidade da vida, temos
dificuldades em conceber a ideia de como é essa vida espiritual e suas
relações.
Segundo as instruções dos espíritos, há uma
organização entre as diferentes ordens dos desencarnados, estabelecendo entre
elas uma hierarquia de poderes, subordinação e autoridade, com base na
ascendência moral, de uns sobre os outros, diferentemente do que ocorre na
Terra, quando tal hierarquia se dá de acordo com bens, posses e poderes
materiais. No plano espiritual o adiantamento moral exerce uma hierarquia
irresistível entre uns e outros.
Daí então, entendemos que todos os bens e gozos
terrenos que um homem possui na Terra, não lhe garantirão nenhum privilegio ou
poder no mundo espiritual o que coaduna com as lições do Cristo, quando afirma
que os pequenos serão elevados e os grandes rebaixados. O que realmente vale
são as riquezas e os valores espirituais.
Atualmente vemos uma inversão de valores, onde
notamos a procura pela exaltação, pela chance de e destacar, de sobressair e de
se tornar notável, a qualquer custo, numa sociedade onde cresce,
desenfreadamente, a busca por valores materiais.
Os laços familiares cada dia mais frouxos, o
casamento cada dia menos comum, as relações humanas cada dia mais egoístas e
individualistas e o amor ao próximo, cada dia menos próximo de nosso coração! E
os ensinamentos de Jesus que agora temos a maturidade de compreender, por
vezes, caem no esquecimento. Quem quiser ser o melhor que seja o último e o
servidor de todos, orienta Jesus, nisso está o amor, a bondade e a justiça.
(continua)
Juliana P. C. Cuin
Fonte: Jornal
Espiritismo Estudado – julho/2014
imagem: google
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