A ausência do amadurecimento espiritual faz com que
rotulemos, de forma humilhante e pretensiosa, os credos religiosos, a
heterogeneidade das raças, os costumes de determinados povos, as tendências
sexuais diferentes, os movimentos sociais inovadores, as decisões, o
comportamento, o sucesso dos outros e muitas coisas ainda. Tudo isso ocorre
porque não conseguimos digerir com ponderação a grandeza do processo evolutivo
agindo de forma diversificada sob as leis da natureza.
O autêntico impulso natural quer que sejamos
simplesmente nós mesmos. Não faz parte dos impulsos inatos da alma humana a
pretensão de nos considerarmos melhor que as outras pessoas. O que devemos
fazer é aceitar-nos como somos, é respeitar nossas diferenças e reconhecer
nossos valores.
Inveja é o
extremo oposto da admiração. É uma ferramenta cômoda que usamos sempre que não
queremos assumir a responsabilidade por nossa vida. Ela nos faz censurar e apontar as supostas falhas das
pessoas, distraindo-nos a mente do necessário desenvolvimento de nossas
potencialidades interiores. Em vez de nos esforçarmos para crescer e progredir,
denegrimos os outros para compensar nossa indolência e ociosidade.
Não há nada a nos censurar por apreciarmos os feitos
das pessoas e/ou por a eles aspirarmos; o único problema é que não podemos nos
comparar e querer tomar como modelo o padrão vivencial do outro.
A inveja e a censura nascem da auto-rejeição que
fazemos conosco, justamente por não acreditarmos em nossos potenciais
evolutivos e por procurarmos fora de nós as explicações de como deveremos
sentir, pensar, falar, fazer e agir, ora dando uma importância desmedida aos
outros, ora tentando convencê-los a todo custo de nossas verdades.
Do livro: As Dores da
Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: google
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