P - Um animal que já está cego, surdo e com doença incurável
pode ser sacrificado?
R - Mesmo quando uma doença é incurável, não significa que o
animal esteja sofrendo e nem que ele não possa conviver com sua deficiência.
Conhecemos animais que apresentam estas características que você cita e estão
vivendo muito bem depois de se adaptarem a sua nova condição. Quando um sentido
é perdido, outros se exacerbam para compensar a perda. Assim, estando cego e
surdo, é provável que seu olfato tenha compensado a deficiência dos dois
sentidos perdidos. Pelo fato de não terem carma e expiar, não podemos banalizar
a eutanásia, pois neste caso não receberá mais o mesmo nome.
Talvez se chame
assassinato, ou como alguns dizem sacrifício. Quando um animal adoece e fica
deficiente, não deixou de ser o mesmo animal que lhe fez companhia durante
todos os anos anteriores. Quando perdeu a visão, a audição e adquiriu a
enfermidade incurável, não deixou de ser aquele animal que você amava pouco
tempo antes. Quando o animal se encontra em uma situação como esta, precisará
mais ainda daquele carinho dispensado a ele quando estava sadio e precisará
mais ainda do seu apoio, pois eles sabem quando nós nos dedicamos a eles e
quando os abandonamos. Eles têm certa consciência do que acontece ao seu redor
e de como são tratados. Não vamos banalizar o ato da eutanásia, pois eles não
têm carma, mas nós temos!
Fonte: A ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS – Marcel Benedeti
imagem: google
Um comentário:
Concordo plenamente com o texto. Não temos o direito de ceifar a vida de nenhum ser vivo.
Beijos e uma maravilhosa semana.
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