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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quarta-feira, 4 de março de 2015

CESSAÇÃO DO SOFRIMENTO III

                Cerrada a porta de uma afeição, agredido por um amigo ou desconhecido, deve-se sempre seguir adiante no rumo das outras, das inúmeras portas abertas que nos aguardam, e da compreensão fraternal para com o revel, considerando-o um enfermo ignorante do mal que o consome.
                A vida são as incessantes oportunidades que surgem pela frente, jamais os insucessos que ocorreram no passado.
                Assim, libertar-se do acontecimento negativo, qual madeira podre que se arremessa nas águas do rio do esquecimento, é atitude de saudável sabedoria.
                Tal comportamento credencia o homem a ser perdoado pelo seu irmão, que o libera do pagamento dos seus momentos infelizes, não irradiando contra ele pensamentos destrutivos – idéias anestesiantes – que sempre são assimilados pelo fenômeno da sintonia através da consciência de culpa.
                Quando alguém se liberta do lixo mental, acumulado pela ignorância e pela futilidade, começa o seu restabelecimento espiritual, e toda uma atividade nova se lhe apresenta favorável, abrindo-lhe espaço para a saúde.
                Nesse grupo de tentames edificantes está o autoperdão.
                Considerando a própria fragilidade, o indivíduo deve conceder-se a oportunidade de reparar os males praticados, reabilitando-se perante si mesmo e perante aqueles a quem haja prejudicado.
                A perfeita consciência do autoperdão não se apóia em mecanismos de falsa tolerância para com os próprios erros, que seria negligência moral, conivência e imaturidade, antes representa uma clara identificação de crescimento mental e moral, que propicia direcionamento correto dos atos para a saúde pessoal e geral.
                O arrependimento, puro e simples, se não acompanhado da ação reparadora, é tão inócuo e prejudicial quanto a falta dele.
                Assim, o complexo de culpa é igualmente danoso, porque não soluciona o mal praticado, sendo, ademais, responsável pelo agravamento dos seus maus resultados.
                O autoperdão compreende a posição mental correta a respeito do erro e a satisfação íntima ante a possibilidade de interromper o curso dos males causados, como arrancar-lhes as raízes encravadas em quem lhes padece a constrição.será possível lograr o cometimento através de uma análise meticulosa dos fatores que levaram á ação reprochável, examinando outras alternativas que não foram utilizadas e que não teriam produzido efeitos negativos, para depois predispor-se à oportuna reconsideração da atitude, liberando-se da desconfortável injunção de culpa conflituosa.
                Se, ante a resolução de auto-renovação, não se encontra a receptividade por parte da vítima, não constitua, esta recusa, um novo motivo para atrito, senão estímulo para continuar-se com o propósito salutar, revestindo-se de mais paciência e tolerância, a fim e enfrentar-se a reação do outro, igualmente enfermo e sem disposição, por enquanto, para liberar-se do mal que o entorpece.
                O autoperdão ajuda o amadurecimento moral, porque propicia clara visão da responsabilidade, levando o indivíduo a cuidadosas reflexões, antes de tomar atitudes agressivas ou negligentes, precipitadas ou contraditórias no futuro.
                Quando alguém se perdoa, aprende também a desculpar, oferecendo a mesma oportunidade ao seu próximo.
                O bem-estar que experimenta faculta-lhe a alegria de propiciá-lo ao outro, o ofendido, gerando uma aura de simpatia a sua volta, que se converte em clima de liberação do sofrimento.
                A cessação real do sofrimento, portanto, dá-se quando, erradicadas as suas causas, desaparecem-lhe os naturais fenômenos das conseqüências.

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

Um comentário:

Élys disse...

O perdão é um ato sublime.
Beijos.