Sucede
ao casal complementar, caso não se ajuste em harmonia na dinâmica de interação
comunicacional. Nasce uma disfuncionalidade, configurando uma doença no
acasalamento chamada de rigidez. Nessa posição, os companheiros da afetividade
se fixam em suas verdades, entrincherando-se em seus pontos de vistas. Aqui não
há espaço para a flexibilidade, pois sobra orgulho.
Nesse
perfil distorcido de relacionamento, um quer afirmar seu jeito sobre o outro,
advogando a área em que transita com mais facilidade, em detrimento de outra,
cuja habilidade pertence ao companheiro de caminhada, como se se tratasse de
competências excludentes, de verdades inconciliáveis.
Por
isso, de acordo com as características dos parceiros, vemos o litígio entre
eles, pela dualidade emoção e razão; objetividade e subjetividade; força e
ternura; intuição e análise; digressão e praticidade, dentre outros. Frequentemente,
os traços antagônicos presentes no modo de ser do casal se manifestam como num
duelo, em disputa desengonçada dentro do relacionamento: um loquaz e o outro
lacônico; um observador e o outro fazedor; um visual e o outro sinestésico; um
visionário e o outro pragmático; um apressado e o outro, lento...
Também
as suas diferentes negatividades se prestam para acusações despropositadas,
sujeitas que ficam a uma análise sob critérios de pessoas que funcionam bem
distintas. Decorre, então, entre eles, a defesa estabelecida por meio do
ataque.
A
rigidez de personalidade faz com que cada um se cristalize na sua verdade, no
seu ponto de vista, gastando muito tempo e energia em tentar convencer o outro,
bem como em desqualificar a posição diferente da sua.
Em
algumas situações, essa atitude é tomada como birra, teimosia, ignorância em
face da resistência em mudar de posição; às vezes, é significada como atitude
de desamor ou de agressão por parte daquele que não consegue entender o porquê
de o parceiro se manter fixo na sua posição, e assim reciprocamente.
Desse
modo, todos os casais são chamados a exercer a arte da boa comunicação mediante
o manejo de seus conteúdos de semelhanças e diferenças coexistentes em todas as
relações afetivas; seja no casal similar, seja no casal complementar,
valendo-se da humildade como parte da competência amorosa, única capaz de promover uma comunicação conjugal em
nível de excelência.
Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO
ALMEIDA
imagem: google
Um comentário:
Pois é cara amiga Denise, acho que para o casamento transitar pelo canal harmônico se faz necessário, muitas vezes, que se apare arestas, que se use e abuse das ferramentas da tolerância e da relativização do ego.
Um abraço. Tenhas uma semana abençoada.
Postar um comentário