O orgulho desmedido e a presunção pessoal são-lhes os
adversários mais rigorosos, que não lhes permitem raciocinar diante do que
acontece com todos os seres.
Acompanham a ocorrência da morte em toda parte com as
demais pessoas, porém, acreditam que não ocorrerá com eles, pelo menos, por
enquanto... Um enquanto que se alonga no tempo, indefinidamente, na dimensão do
seu capricho.
Como a morte não interroga antes os interessados na
vida, ao arrebatá-los, deixa surpresos os seus afetos, eu se entregam às
desordens emocionais e aos desnecessários sofrimentos eu os arrasam.
A morte sempre produz sentimentos contraditórios,
naqueles que partem, como naqueloutros que ficam.
Quem considerou e se preparou para o acontecimento,
logo se adapta após o choque inicial, como é compreensível. No entanto, para
aquele que ao corpo delegou todos os interesses, a surpresa é substituída pelo
desgosto ante o sucedido, acompanhado por injustificável revolta, que causa
males insuspeitados.
O sofrimento que decorre da morte é, portanto,
resultado da óptica pela qual se observam e se acompanham os mecanismos da
vida.
Constituem fenômenos naturais a dor da saudade, a
melancolia, a preocupação com o estado do ser que partiu, como decorrência de
necessárias provações para o amor, que precisa sublimar-se através da ausência
física e de todas as implicações dela decorrentes.
Como a real, a verdadeira felicidade não se pode
fruir no mundo físico, dia chegará, logo mais, para vivê-la, onde não haja
morte, nem separação, nem dor.
Assim, deve-se viver, preparando-se para morrer,
meditando na morte, a fim de lhe não sofrer a injunção aflitiva, evitando o
desespero e todo o seu séquito de agentes perturbadores.
Fonte: PLENITUDE
Divaldo Pereira
Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google
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