Se
é verdade que o espiritismo postula e favor do casamento como relação duradoura
entre dois seres, também considera a separação, em muitas ocorrências, como
medida justa e mais adequada, evitando danos e lesões maiores, de conseqüências
lamentáveis para os cônjuges. Assim como para os filos, que experimentam, às
vezes, efeitos desastrosos, assistindo a crueldades conjugais, quando não são
chamados, infelizmente, a participar ativamente do litígio, ora como juízes,
ora como promotores ou advogados de defesa, diante dos conflitos matrimoniais.
Há
separações absolutamente despropositadas, que surgem como fugas ao
enfrentamento de dificuldades cotidianas; busca de aventuras extraconjugais;
manifestações descartáveis com foco no império do erotismo de um momento; desistência
covarde perante responsabilidades comezinhas; interesses materiais se
sobrepondo aos espirituais; opções pelas aparências, em detrimento dos
princípios essenciais à evolução; enfim, o império do corpo prevalecendo sobre
os valores da alma.
De
igual modo, existem fracassos prognosticados, antes mesmo da consagração das
bodas, face ao móvel do casamento ter se centrado exclusivamente num interesse
econômico; ou somente por uma atração corpórea; ou motivado unicamente por
interesses de projeção social; ou por representar concessões a chantagens
mesquinhas; ou por outros motivos em que não se levou em conta a Lei de Amor.
Por
isso, Allan Kardec foi peremptório: O divórcio é lei humana que tem por objeto
separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de
Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos
casos em que não se levou em conta a lei divina.
No
momento em que a separação se torna inevitável, é plausível todo esforço para
manter um clima amistoso ou, pelo menos, de um companheirismo civilizado,
evitando posições de inimizades sempre indesejáveis, mormente quando existem
filhos oriundos da relação.
Separando-se,
o casal dispõe do desafio do desatamento de laços, em vez do rompimento. No desatamento
há respeito recíproco, mesmo perante divergências; da ruptura derivam agressões
e mágoas, culpas e ódios que se arrastarão para o futuro, exigindo reparações
justas nesta ou em outra encarnação.
Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google
Um comentário:
Um texto muito esclarecedor e ajuda muito as pessoas que passam poe situações conflitantes no casamento.
Um Abraço, Élys.
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