(Emmanuel)
Indubitavelmente o divórcio e compreensível e humano, sempre que o
casal se encontre a beira da loucura ou da delinquência.
Quando alguém se aproxima, reconhecidamente, da segregação no
cárcere ou no sanatório especializado em terapias da mente, através de
irreflexões com que assinala a própria insegurança, é imperioso se lhe estenda
recurso adequado ao reequilíbrio.
Feita a ressalva, e atentos que devemos estar aos princípios de causa
e efeito que nos orientam nas engrenagens da vida, é razoável se peça aos
cônjuges o máximo esforço para que não venham a interromper os compromissos a
que se confiaram no tempo. Para que se atenda a isso é justo anotar que muitas
vezes o matrimônio, a feição de organismo vivo e atuante, adoece por desídia de
uma das partes.
Dois seres, em se unindo no casamento, não estão unicamente
chamados ao rendimento possível da família humana e ao progresso das boas obras
a que se dediquem, mas também e principalmente – e muito principalmente – ao
amparo mútuo.
Considerado o problema na formulação exata, que dizer do homem
que, a pretexto de negocio e administração, lutas e questões de natureza
superficial, deixasse a mulher sem o apoio afetivo em que se comprometeu com
ela ao buscá-la, a fim de que lhe compartilhasse a existência?
E que pensar da mulher que, sob a desculpa de obrigações religiosas
e encargos sociais, votos de amparo a causas públicas e contrariedades da
parentela, recusasse o apoio sentimental que deve ao companheiro, desde que se
decidiu a partilhar-lhe o caminho?
Dois corações que se entregam um ao outro, desde que se fundem nas
mesmas promessas e realizações recíprocas, passam a responder, de maneira
profunda, aos impositivos de causa e efeito, dos quais não podem efetivamente
escapar.
Todos sabemos que do equilíbrio emocional, entre os parceiros que
se responsabilizam pela organização doméstica, depende invariavelmente a
felicidade caseira.
Por isso mesmo, no dialogo a que somos habitualmente impelidos, no
intercambio com os amigos encarnados na Terra, acerca do relacionamento de que
carecemos na sustentação da tranquilidade de uns para com os outros, divórcio e
lar constituem temas que não nos será licito esquecer.
* * *
Se te encontras nas ondas pesadas da desarmonia conjugal, evoluindo
para divórcio ou qualquer outra espécie de separação, não menosprezes buscar
alguma ilha de silêncio a fim de pensar.
Considera as próprias atitudes e, através de criterioso autoexame,
indaga por teu próprio comportamento na área afetiva em que te comprometeste, na
garantia da paz e da segurança emotiva da companheira ou do companheiro que
elegeste para a jornada humana. E talvez descubras que a causa das perturbações
existentes reside em ti mesmo. Feito isso, se trazes a consciência vinculada ao
dever, acabarás doando ao coração que espera por teu apoio, a fim de trabalhar
e ser feliz, a quota de assistência que se lhe faz naturalmente devida em matéria
de alegria e tranquilidade, amor e compreensão.
Fonte: Na Era do
Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google
Um comentário:
DENISE,
são textos como estes que trazem tranquilidade e felicidade ao meu coração.
Parabéns!
Um abração carioca
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