O príncipe da Arábia Saudita, Alwaleed Bin Talal
Al-Saud, é um dos homens mais ricos do mundo. Com uma fortuna que gira em torno
dos US$ 32 bilhões, ele ocupa a 20ª posição no ranking de bilionários da
Bloomberg. Porém, parece que ele quer mudar esse cenário. Ele pretende doar
toda sua fortuna para causas filantrópicas. Em um comunicado em seu site,
Al-Saud afirma que busca construir um mundo com mais tolerância, aceitação,
igualdade e oportunidade para todos. O dinheiro vai para a Alwaleed
Philanthropies, que tem parceria coma a Bill & Amp; Melinda Gates
Foundation, Carter Center e Weill Cornell Medical College, para reforçar os
cuidados de saúde e de controle de epidemias pelo mundo.
Há pessoas arquimilionárias que tem experimentado
significativo desprendimento. Como vimos acima, Warren Buffett, quarto homem
mais rico do mundo, prometeu doar 99% de sua fortuna antes de desencarnar.
Buffett começou anunciando o direcionamento de 83% para a Fundação Gates. O
bilionário afirmou que quer dar aos seus filhos
somente o suficiente para que eles sintam que podem fazer tudo, mas não
o bastante para que eles achem que não precisam trabalhar. O poderoso Bill
Gates, Michael Bloomberg, Nigella Lawson e o músico inglês Sting não deixarão
suas fortunas como herança para os filhos. Ambos defendem a tese que seus
filhos precisam trabalhar para ganhar o próprio dinheiro.
Em rápida digressão, vale aqui interpolar uma
oportuna reflexão. No Brasil, o paternalismo e o inócuo assistencialismo estatal
não atende às necessidades dos deserdados. Tal cultura gera cada vez mais
dependência de raras doações e de crescentes arrecadações. Enfraquece a
sociedade, diminui as expectativas de recursos para redistribuição de recursos
financeiros. A filantropia pública é uma maneira disfarçada de ditadura
ideológica, coerção de liberdade, que não sobrevive ante a necessidade do
trabalho de todos. Para que a filantropia sustentável seja praticada, e preciso
estímulo ao trabalho, igualdade nas ações públicas e eficiência na
administração de recursos arrecadados (impostos). Temos muito o que amadurecer
nesse quesito nestas plagas tupiniquins.
Mormente para os ricaços brasileiros, vai aqui um
alerta do além. A reflexão é do Espírito Humberto de Campos: “se você possui
algum dinheiro ou detém alguma posse terrestre, não adie doações, caso esteja
realmente inclinado a fazê-las. Grandes homens, que admirávamos no mundo pela
habilidade e poder com que concretizavam importantes negócios, aparecem, junto
de nós (no além-túmulo), em muitas ocasiões, à maneira de crianças desesperadas
por não mais conseguirem manobrar os talões de cheque.
Abastados mãos à obra!
Jorge Hessen
Fonte: Jornal
Espiritismo Estudado – nov./2015
imagem: google
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