O problema das comemorações do Dia de Finados, bem como dos
funerais e de homenagens prestadas aos mortos, mereceu um tópico especial do
capitulo VI de O Livro dos Espíritos. A posição doutrinária, ao
contrário do que geralmente se pensa, e favorável a essas homenagens, desde que
sinceras e não apenas convencionais. Os Espíritos, respondendo a perguntas de
Kardec a respeito, mostraram que os laços de amor existentes entre os que
partiram e os que ficaram na Terra justificam esses atos. E declararam que no
Dia de Finados os cemitérios ficam repletos de Espíritos que se alegram com a lembrança
dos parentes e amigos.
Oração pelos quase
mortos
(Emmanuel)
Senhor Jesus!…
Enquanto os irmãos da Terra procuram a nós outros – os companheiros
desencarnados – nas fronteiras de cinza, rogando-te amparo em nosso favor,
também nós, de coração reconhecido, suplicamos-te apoio em auxilio de todos
eles, principalmente considerando aqueles que correm o risco de se
marginalizarem nas trevas!…
Pelos que perderam a fé, recusando o sentido real da vida, e jazem
quase mortos de desespero;
pelos que desertaram das responsabilidades próprias, anestesiando
transitoriamente o próprio raciocínio, e surgem quase mortos de inanição
espiritual;
pelos que se entregaram a ambição desmesurada a se rodearem sem
qualquer proveito dos recursos da Terra, e repontam do cotidiano quase mortos
de penúria da alma;
pelos que se hipertrofiaram na supercultura da inteligência,
gelando o coração para o serviço da solidariedade, e aparecem quase mortos ao
frio da indiferença;
pelos que acreditaram na força ilusória da violência, atirando-se ao
fogo da revolta, e se destacam quase mortos de angústia vazia;
pelos que se perturbaram por ausência de esperança, confiando-se
ao desequilíbrio, e se revelam quase mortos de aflição inútil;
pelos que abraçaram o desânimo por norma de ação, parando de
trabalhar, e repousam quase mortos de inércia;
e pelos que se feriram ferindo aos outros, encarcerando-se nas
cadeias da culpa, e estão quase mortos de arrependimento tardio!
Senhor!…
Para todos os nossos irmãos que atravessam a experiência humana
quase mortos de sofrimentos e agravos, complicações e problemas criados por
eles mesmos, nós te rogamos auxilio e benção!…
Ajuda-os a se libertarem do visco de sombra em que se enredaram e
traze-os de novo a luz da verdade e do amor, para que a luz do amor e da verdade
lhes revitalize a existência a fim de que possam encontrar a felicidade real
contigo, agora e para sempre.
Fonte: Na Era do
Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google
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