Todas as contas a
resgatar pedem relação direta entre credores e devedores.
É por isso que te vês,
frequentemente, na Terra, diante daqueles a quem deves algo.
No lar ou nas linhas
que o marginam, é fácil reconhecê-los, quando entregas desinteresse e
dedicação, recolhendo aspereza e indiferença.
Muitas vezes, trazem
nomes queridos no recinto doméstico, e assemelham-se a impassíveis verdugos,
apresando-te o coração nas grades do sofrimento.
Em muitos lances da
estrada, são amigos a quem te dás, sem reserva, e que te arrastam a
dificuldades de longo curso.
Em várias ocasiões, são
pessoas das quais enxugaste as lágrimas, situando-as na intimidade da própria
vida, e que, de inesperado, te agridem a confiança com as pedras do desapreço.
Noutras circunstâncias,
são companheiros de experiência que, de súbito, se transformam em adversários
gratuitos de teu caminho, hostilizando-te, em toda parte.
Entretanto, se
defrontado por semelhantes problemas, é indispensável te municies de amor e
paciência, tolerância e serenidade, para desfazeres a trama da incompreensão.
Guarda a consciência no
dever lealmente cumprido e, haja o que houver, releva os golpes com que te
firam, ofertando-lhes o melhor sentimento, a melhor idéia, a melhor palavra e a
melhor atitude.
Água cristalina,
pingando, gota a gota, converte o vaso de vinagre em vaso de água pura.
E, se depois de todos
os teus gestos de fraternidade e benevolência, ainda te perseguem ou te
injuriam, abençoa-os em prece e continua, adiante, fiel a ti mesmo, na certeza
de que humildade, na hora da crise, é nota de quitação.
Fonte: Justiça Divina -
Chico Xavier/Emmanuel
imagem: google
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