A Medicina, desde seus primórdios, vem buscando formas de
combater a dor, mal que afeta a todos
os seres vivos. Apenas para citarmos um exemplo: a humanidade sofre de cerca de cem
tipos diferentes de dor de cabeça, segundo classificação feita em 1988 pela
"Sociedade Internacional de Cefaléia". Foram encontradas múmias com
trepanação craniana (perfuração cirúrgica), indicando que a dor de cabeça é
velha companheira do homem.
Analgésicos
e incontáveis terapias da atualidade certamente serão modificados no decorrer
do século. Concentram-se hoje os cientistas em trabalhar nos chamados
"portões da dor": um na medula espinhal e outro nas terminações
nervosas específicas, na periferia do trauma (ou da injúria), que desencadeiam
a dor. A idéia é fechar tais
"portões", copiando a natureza, com a administração de drogas,
semelhantes à endorfina (produzida pelo sistema nervoso central). A endorfina é
um tipo de morfina fabricada pelo corpo.
Parte
desse processo já vem sendo empregada nas cirurgias, sendo previamente administrados
anestésicos locais no ponto do machucado, além dos gerais. Com isso, as mensagens da dor, na
hora e após a cirurgia, são bloqueadas e a recuperação do paciente é
sensivelmente menos dolorosa.
Para
casos extremos a Medicina já realiza as chamadas "cirurgias
analgésicas", que interrompem o fluxo dos
sinais de dor, seccionando partes das vias que os conduzem.
Feitas
as considerações acima, cabe questionar quanto aos progressos da Medicina que
sinalizam a supressão total da dor num futuro breve:
Fato 1 - Presença da
dor
a dor acompanha todos
os seres vivos, desde sua criação;
a dor é sempre
subjetiva (cada indivíduo aplica a palavra segundo experiências relacionadas a
machucados no início da vida);
a dor ocorre também por
razões psicológicas, ausentes quaisquer ferimentos ou lesões;
a dor provoca reações
com alguma semelhança, principalmente entre homens e animais.
Fato 2 - Ausência da
dor
sem dor, o sistema de
vida neste mundo será infinita mente melhor que o atual;
devem ser excluídos do
item anterior os casos em que a ausência da dor se deve a alguma morbidez, tal como a
hanseníase (hansenianos têm graves traumas, pois a insensibilidade não promove cuidados ou
defesas em casos de ferimentos).
Fato 3- Fundamento
espiritual da dor
necessariamente, a
evolução espiritual distancia o indivíduo da dor;
a dor é um processo de
despertamento que age em potencial: só se apresenta quando alguma coisa está
errada - tanto espiritual, quanto materialmente se falando;
não fosse a dor, todos
os que agissem erradamente, muitas vezes com crueldade, jamais retificariam tão
infeliz trajetória: o mal, neles, se perpetuaria;
pelo princípio da
compulsoriedade os Mensageiros Celestiais, norteados pela Justiça Divina,
freiam o mau comportamento do réprobo que, em conseqüência, sofre alguma doença
ou incapacidade, dolorosas e inibitórias - desde a existência presente ou em
vidas futuras.
(continua)
AS MÃES DE CHICO XAVIER
Saulo Gomes
(organizador)
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