Nos campos da Palestina, a terra onde
Jesus nasceu, havia um homem que tinha cem ovelhas.
Era um pastor, pois ele mesmo as
apascentava.
Com muito cuidado e bondade levava suas
ovelhinhas aos lindos campos, onde havia bom pasto para elas. Levava-as também
às fontes, onde elas encontravam água fresca e limpa.
O pastor era muito carinhoso e bom, e
suas ovelhas o seguiam confiantes.
Um dia, uma ovelhinha fugiu do rebanho.
Certamente pensou que, além daqueles
pastos onde vivia, havia pastagem melhor e mais rica. Não pensou nos perigos
que poderia enfrentar longe do seu pastor. Não pensou que poderia encontrar,
numa noite qualquer, sozinha, algum lobo ou alguma hiena que a devorasse. Não,
a ovelhinha não pensou nos perigos... Pensou que era melhor ser sozinha, ser
livre, correr pelos campos e pelas pastagens, solta, sem a vigilância de seu
dono e sem a companhia de suas irmãs. E fugiu...
Correu muito, para livrar-se do pastor e
para não ser vista pelas companheiras...
Mesmo assim, o pastor, que cuidava de
suas cem ovelhinhas, sentiu a falta da fugitiva. No aprisco ele contou, logo na
manhã seguinte, noventa e nove ovelhas.
O pastor, então deixou as noventa e nove
ovelhinhas bem guardadas no redil e partiu em busca da ovelhinha desgarrada.
Andou muito o pobre pastor. Procurou-a
pelas pastagens próximas e não a encontrou... Andou, andou muito... Subiu
montes e vadeou riachos... Só no dia seguinte, encontrou a pobre ovelhinha deitada,
perto de uma colina, machucada pelos espinhos por ter atravessado uma sebe. Já
estava sem forças, sedenta e quase morta!...
Como estava arrependida do que
fizera! Com que alegria recebeu o pastor amigo que chegava para salvá-la!
O pastor deu-lhe água, pensou-lhe as
feridas, acariciou-a, conversou com ela... Colocou-a depois nos seus braços,
acomodando-a bem em seu ombro. E voltou feliz, muito feliz, com sua ovelhinha.
Chegando a casa, chamou seus
vizinhos e amigos e disse-lhes:
— Alegrem-se comigo, meus amigos,
porque já achei a minha ovelhinha que se havia perdido.
Assim também — diz Jesus no
Evangelho — haverá mais alegria no Céu por um pecador que se arrepende do que
pelo bom comportamento de noventa e nove justos.
(Lucas, capítulo 13º,
versículos 3 a
7)
*
Esta parábola, como a do Filho
Pródigo, quer mostrar a Infinita Bondade do Céu para com as nossas almas.
A Parábola da Ovelha Desgarrada nos
mostra os cuidados que Jesus tem conosco. Tudo Ele fez outrora, quando viveu
neste mundo, e tudo ainda faz hoje, da Eternidade, para chamar as almas pecadoras
ao arrependimento. Jesus é Bom Pastor. Ele deu Sua vida por nós, que somos Suas
ovelhinhas.
A Parábola nos mostra que, longe do
Divino Pastor, nós só podemos encontrar sofrimento, perigos, miséria e morte.
Mas, se nos arrependermos de nossas
faltas, não só daremos alegria ao nosso Bom Pastor — JESUS — como também
todo o Céu, todos os nossos Amigos
e Benfeitores Espirituais se alegrarão imensamente. Haverá
“alegria no Céu”, disse o
Senhor.
Não queremos dar contentamento a
Quem tudo sofreu pela nossa felicidade?
Não queremos dar alegria no Céu aos
nossos Benfeitores Queridos que nos protegem e nos ensinam o Bem?
Que o seu coração, também se arrependa
de suas faltas, mesmo pequeninas, para dar hoje, HOJE MESMO, uma grande alegria ao nosso Bom Pastor, que do Céu
vela por nós e nos espera um dia no Seu Reino.
Do livro: HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU
CLÓVIS TAVARES
Um comentário:
Belas histórias beijo Lisette.
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