As emoções fortes sempre deixam marcas no ser humano, e a mídia é, essencialmente,
um veículo de emoções, particularmente no seu aspecto televisivo,
consoante se informa que uma imagem vale mais que milhares de palavras,
o que, de certo, é verdade. Por isso mesmo, a sua influência na formação
e na estruturação da personalidade, da identidade do jovem é relevante
nestes dias de comunicação rápida.
As cenas de violência, associadas às de deboche, às de
supervalorização de indivíduos exóticos e condutas reprocháveis, de palavreado
chulo e de aparência vulgar ou agressiva, com aplauso para a idiotia em
caricatura de ingenuidade, despertam, no adolescente, por originais e
perversas, um grande interesse, transformando-se em modelos aplaudidos e
aceitos, que logo se tornam copiados.
É até mesmo desculpável que, na área dos divertimentos,
apresentem-se esses biótipos estranhos e alienados, mas sem que sejam levados à humilhação,
ao ridículo... O desconcertante é que enxameiam por todos os lados
e alguns deles se tornam líderes de auditórios, vendendo incontável número
de cópias das suas gravações e cerrando os espaços que poderiam ser
ocupados por outros valores morais e culturais, que ficam à margem, sem oportunidade.
Falta originalidade nos modelos de comunicação, que se vêm repetindo há
décadas, assinalados pelos mesmos conteúdos de vulgaridade e insensatez,
mantendo a cultura em baixo nível de desenvolvimento.
Essa influência perniciosa, que a mídia vem exercendo nos
adolescentes, qual ocorre com os adultos e crianças também, estimulando-os para
o lado mais agitado e perturbador da existência humana, pode alterar-se para a edificação
e o equilíbrio, na medida que a criatura desperte para a construção da
sociedade do porvir, cuidando da juventude de todas as épocas, na qual repousam
as esperanças em favor da humanidade mais feliz e mais produtiva.
ADOLESCÊNCIA
E VIDA
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS
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