A tragédia do
cotidiano se apresenta nas mil faces da violência que se mescla ao
comportamento geral, muitas vezes disfarçando-se até em formas de submissão
rebelde e humildade-humilhante, que descarregam suas frustrações adquiridas ao
lado dos mais fortes, no dorso desprotegido dos mais fracos.
Os conteúdos psicológicos, mantenedores do equilíbrio,
fragmentam-se ao choque do cotidiano agitado e desestruturam o homem que se
asselvaja, ou foge para a furna sombria da alienação, considerando-se incapaz
de enfrentar a convivência difícil do grupo social, igualmente superficial,
interesseiro, despreparado para a conjuntura vigente.
Graças a isso, os indivíduos fracassam ou enfermam, atritam
ou debandam enquanto os crédulos ressuscitam os mitos das velhas crendices de males feitos, de perseguições da inveja, do ciúme e do despeito, ou arregimentam argumentos destituídos de lógica para explicarem as ocorrências malsucedidas,
danosas...
Certamente, sucedem tais perseguições; busca-se o malfazer;
campeiam as paixões inferiores que são pertinentes ao homem, ainda em estágio
infantil da sua evolução, sem que seja mau.
A sua aparente maldade resulta dos instintos agressivos ainda não
superados, que lhe predominam em a natureza
animal, em detrimento da sua natureza
espiritual.
Em toda e qualquer tragédia
do cotidiano, ressaltam os componentes psicológicos encarregados da
desestruturação do homem, nesse processo
de individuação para adquirir uma consciência equilibrada, capaz de
proporcionar-lhe paz, saúde, realização interior, gerando, no grupo social, o
equilíbrio entre os contrários e a satisfação real da convivência não competitiva,
no entanto cooperativa.
Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
Um comentário:
Uma mente imersa nos conteúdos da doutrina espírita conta com um escudo eficaz contra os modismos deletérios.
Por isso posso (devo) dispender bastante tempo neste blog, pois Denise só posta matéria agregadora para o espírito.
Beijos.
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