Já vi várias vezes isso acontecer. Há uma espécie de
entusiasmo, uma ligação que se faz com o seguinte cálculo: conversa agradável +
idéias semelhantes = amigo de existência pretérita.
Parece que isso de certa forma as deixa mais
próximas. É um amigo de outras épocas, dizem empolgadas com a semelhança das
idéias. E colocam-se a imaginar quais as situações que já vivenciaram junto
àquela alma recém apresentada pela vida.
Quando o assunto vai para o lado do relacionamento
romântico as coisas tendem a tomar uma proporção ainda maior: Encontrei minha
alma gêmea, ou a “tampa da panela”, exclamam os mais entusiasmados.
Porém, vamos verificar se isso é uma regra, ou seja,
se toda afinidade provém de ligação anterior, em fonte segura: a Doutrina
Espírita.
O que diz o espiritismo?
É possível reencontrar almas que já conhecemos de
outras existências?
Obviamente que sim. Podemos, claro, reencontrar
espíritos que já estiveram junto a nós. Todavia, tanto podem ser almas
simpáticas como almas antipáticas. No entanto, vale considerar ponto
importante: não é porque surgiu a afinidade automática e as idéias se
encontraram que, necessariamente, já conhecemos de outras existências
determinadas pessoas. Não é bem assim que funciona e os espíritos, quando
indagados por Kardec, na questão 387 de O Livro dos Espíritos, sobre se a
simpatia vem sempre de uma existência anterior, responderam: “Não, dois
espíritos que se compreendem procuram-se naturalmente, sem que necessariamente
se tenham conhecido em encarnações passadas”.
Pois bem. A resposta é bem clara e auxilia-nos a
desmistificar essa questão de que se há afinidade é porque havia o conhecimento
de outra existência. Nada disso. As almas afins, que vibram em sintonia
semelhante, procuram-se e encontram-se sem necessitarem ter-se conhecido antes.
Não há passaporte para a construção de novas amizades!
O mais interessante disso tudo é a possibilidade de
estarmos ampliando nossa família espiritual ao estabelecermos contatos com os
mais diversos espíritos que habitam o universo.
Novas amizades, pessoas diferentes a nos estimular o
desenvolvimento e o progresso.
Prova da bondade de Deus que não nos deixa presos a
determinado círculo de conhecimento anterior. Há sempre a oportunidade de, a
partir de um momento de nossa existência, construirmos novas afeições, o que,
diga-se de passagem, é enriquecedor.
Compreendemos, então, que a nossa família é a
universal. A partir do momento em que formos evoluindo iremos gradativamente
construindo amizade com todas as criaturas que a vida nos apresentar, sem,
claro, a preocupação demasiada de ser ou não nosso amigo de existência
anterior.
Quanto maior nossa família espiritual, mais à vontade
nos sentiremos em nosso lar: O universo!
Wellinton Balbo
Fonte: Jornal
Espiritismo Estudado – março/2013
Um comentário:
Amiga Denise, à medida que vou lendo teus posts, constato a necessidade de estudar mais o livro dos espíritos e Evangelho segundo.... Claro que apenar ler as obras básicas de A Kardek não é tudo, se não pusermos o mínimo que seja da doutrina em prática, mas, por outro lado, antes de mais nada é necessário a instrução...
Um abraço. Tenhas uma boa de paz.
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