Além desses, surgem, como metas
felizes, os prazeres emocionais, que induzem aos relacionamentos humanos,
promocionais, de lideranças e representações sociais, políticas, econômicas,
religiosas, portadoras de grande valorização para o ego.
Essas metas, que são gratificantes,
também têm o sentido do efêmero, tão rápidos são os relacionamentos, e
perturbadores os status humanos,
que não preenchem os vazios interiores.
Somente quando há uma reciprocidade
honesta nesses relacionamentos, quando o intercâmbio se expressa leal e
afetivo, é que a felicidade se estabelece, visto que, do ponto de vista
psicológico transpessoal, ela é o amar, possuir a capacidade de amar
plenamente, sem imposições nem paixões egóicas.
Esse amor não pede e sempre doa; não
tenta modificar os outros e sempre se aprimora; não se rebela nem se
decepciona, porquanto nada espera em retribuição; não se magoa nem se
impacienta — irradia-se, qual mirífica luz que, em se expandindo, mais se
potencializa.
Porque esse amor não tem apego,
nunca é possessivo, portanto faz-se libertador, infinito, não se confundindo
com a busca do relacionamento sexual, que pode estar embutido nele, sem lhe ser
causalidade. O prazer que gera na comunhão dos sentidos não éfundamental,
embora seja contributivo.
A saúde, nos seus vários aspectos,
depende muito do amor, especialmente a de natureza psicológica, emocional,
resultante, quase sempre dos relacionamentos íntimos, conjugais, como
mecanismo completador da harmonia pessoal. Esse contributo do amor preserva
também o equilíbrio mental, sem o qual a felicidade se torna uma utopia
paranóica. Nesse caso, o relacionamento proporciona um bem-estar igualmente
físico e espiritual, já que não se pode dissociá-los, enquanto na conjuntura
carnal.
Para esse amor de plenitude torna-se
indispensável uma entrega autêntica, sem subterfúgios, sem aparências,
fazendo-se que sejam retiradas as máscaras e as sujeições.
(continua)
O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de
Ângelis
2 comentários:
Amiga Denise, ah, como o mundo seria melhor, se não houvesse esse quase desespero pela busca das compensações fugidias através do prazer desenfreado, do entorpecimento dos sentidos através da drogas e até da preocupação viciada de agir nos ditames modísticos, muitas vezes ditados pelos canais midiáticos.
Um abraço daqui do sul do Brasil.
É impressionante como a maior parte da humanidade somente vê os objetivos materiais, parece que têm antolhos.
Sucesso, felicidade, lazer, prazer, novidade, tudo se resume a objetos materiais.
O excesso dessa tendência, porém, tem um resultado: Leva à sensação de que não aparecem coisas novas, "É tudo 'mais do mesmo'", como ressaltou, recentemente, uma blogueira, referindo-se à literatura. Oxalá, isso os desvie para um outro caminho mais espiritual.
Beijos.
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