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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sábado, 31 de maio de 2014

AMIZADE

                Não há pior solidão do que a do homem sem amigos. A falta de amizade faz com que seu mundo de afetividade se transforme em um enorme deserto interior.
                Entre amigos não existe nenhum limite às confidências, pois a virtude principal que os une é a sinceridade. Para que tenhamos maior compreensão sobre a amizade, é necessário analisarmos as profundezas da intimidade humana.
                A natureza deu ao homem a necessidade de amar e de ser amado. Um dos maiores gozos que lhe são concedidos na Terra é o de encontrar corações que com o seu simpatizem.
                Portanto, a criatura não deve endurecer o coração e fechá-lo à sensibilidade, se receber ingratidão de seus amigos. Isso seria um erro, porquanto o homem de coração se sente sempre feliz pelo bem que faz. Sabe que, se esse bem for esquecido nesta vida, será lembrado em outra.
                De certo modo, temos por crença que amigos leais são somente os que compartilham os mesmos gostos, tendências, entusiasmos e ideais; que devem estar sempre à nossa disposição, concordar com tudo o que pensamos e de que precisamos e que jamais devem ter sentimentos contraditórios.
                Se realmente alimentarmos essa crença de que os amigos verdadeiros são aqueles que se modelam ao nosso perfeito idealismo mítico, isto é, relacionamentos estruturados em castelos no ar, poderemos estar vivendo, fundamentalmente, sob uma consistência irreal a respeito de amizade.
                O crescimento de nossas relações com os semelhantes depende da nossa habilidade em não ultrapassar as possibilidades limitativas de cada um e de obtermos uma compreensão das restrições da liberdade e disponibilidade dos amigos, ficando quase sempre atentos às conexões que fazemos com nossos devaneios emocionais.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
imagem: verlaineprado.blogspot.com

Um comentário:

tesco disse...

Desde criança sou pessoa de poucos amigos, provavelmente por me dedicar a esses poucos.
Tive-os por fases: Vizinhança, ginásio, escola técnica, universidade, trabalho... Vêm e vão, conforme os movimento da vida.
Não lembro, porém, de inimizades.
Ainda bem!
Beijos.