Há alguns meses na cidade de São Paulo
participei de seminário sobre homossexualidade com renomado psicólogo.
Uma das perguntas endereçadas a ele foi
a seguinte: - Qual o dano psicológico para uma criança se for adotada por um
casal homossexual?
Sua resposta foi: - Nenhum dano
psicológico, portanto o fundamental não é a opção sexual dos pais, mas, sim, as
referências de pai e mãe que a criança deve ter em sua educação. E continuou o
aluno a perguntar: - Mas esta criança não poderá ser homossexual como seus
pais? – Bem, disse ele, lembre-se, meu caro amigo, que todo homossexual é filo
de um casal heterossexual.
Pode ser considerada família esta
composição: papai, papai e filhinhos? Ou : Mamãe, mamãe e filhinhos?
Pesquisa realizada pela USP, uma das
mais renomadas universidades de nosso pais, e coordenada por Ricardo Vieira de
Souza, corrobora e que não há danos psicológicos para a criança adotada por
canais homossexuais, porquanto, como já dissemos, o relevante é a referência de
pai e mãe, ou seja, os papéis desempenhados pelo casal.
Portanto, pode ser considerada uma
família a que é formada por casal homossexual que adota crianças, sem qualquer
problema.
Você poderá me indagar: - Mas, então,
você é a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, da adoção de crianças
por pessoas do mesmo sexo?
Não sou a favor e nem contra. Também não
estou em cima do muro. Sou a favor da felicidade, do amor e de crianças bem
cuidadas, que recebam carinho e afeto, enfim, uma boa educação.
Sabe o que causa dano psicológico a uma
criança? Violência, seja física ou psicológica. O que causa danos são os pais
espancando-se, agredindo-se com palavras de baixo calão ou fazendo chantagens
emocionais... Amar alguém não causa dano algum, jamais causará dano quando se
quer bem a um ser humano.
Jesus, em sua infinita sabedoria afirmou
que o importante desta vida é amar, fazendo ao próximo tudo aquilo que queremos
nos seja feito.
Ora, como cristãos e espíritas, cabe-nos
exercitar o amor, não julgando situações que nos escapam ao alcance.
Desconhecemos o histórico espiritual das pessoas envolvidas, dos homossexuais e
também dos heterossexuais, logo, é complicadíssimo qualquer julgamento sobre
alguém que está simplesmente utilizando o seu direito de amar.
Já nos disse Kardec que a natureza deu
ao homem a necessidade de amar e ser amado. Maravilha de mensagem!
Portanto, papai, papai e filhinho e
mamãe, mamãe e filhinho só causarão dano à criança se não tiverem amor um pelo outro...
Nunca se perde por amor... Nunca se
perde... seja de mesmo sexo ou sexo oposto, quando se tem amor tudo se resolve.
Wellington Balbo
Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – janeiro/2014
imagem: pequenasepifaniasegrandedevaneios.blogspot.com
2 comentários:
Belo post, amiga Denise sobre este assunto tão polemizado.
A mim parece, realmente, que o amor é que importa, tudo o mais que dissermos poderá se perder no vazio dos discursos.
Um abraço. Tenhas um dia iluminado. Ah, tenhas um lindo fim de semana.
Tanta celeuma por um coisa tão simples!
Quantas crianças vivem em famílias de não-casais (mães solteiras e/ou abandonadas) numa situação mil vezes mais comprometedora?
E filhos de prostitutas, convivendo com promiscuidade sem conta?
E pais alcoólatras?
Quando querem criticar alguma situação, tapam os olhos para todas as outras situações, e o que lhes falta, realmente, é amor.
Beijos.
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