(J. Herculano Pires)
Os familiares desagradáveis são hoje o que deles fizemos ontem. Nada
acontece por acaso, sem razão, em nossas vidas.
Por isso diz Emmanuel:
“Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já
deixamos de ter ou de ser”. Nesta própria existência terrena isso acontece com
frequência. Ao nos tornarmos adultos não suportamos as
peraltices das crianças,
sem nos lembrarmos das que também já fizemos quando crianças. Ao nos
enriquecermos não toleramos os peditórios ou a incapacidade dos parentes
pobres, esquecidos do que fazíamos quando necessitados. Ao nos ilustrarmos não suportamos
nos outros a ignorância em que ontem vivíamos.
Educamos mal os nossos filhos e muitas vezes os deseducamos a
gritos e pancadas. Mas quando eles crescem não suportamos o seu comportamento
desrespeitoso, pelo qual somos responsáveis. Não os corrigimos em criança nem
os ajudamos na adolescência, mas os fizemos desorientados e depois não os toleramos.
Nas vidas sucessivas, através das reencarnações, procedemos também dessa
maneira. E quando eles voltam ao nosso convívio não queremos aceitar e muito
menos corrigir os seus defeitos.
Na verdade, se não os aceitarmos hoje como são, teremos de aceitá-los
amanhã, pois as leis da vida exigem, segundo ensinou Jesus, que nos entendamos
com os companheiros “enquanto estivermos a caminho com eles”. A fuga aos
deveres atuais será paga mais tarde com os juros devidos. Usando o livre arbítrio
podemos rejeitá-los hoje, mas a contabilidade divina anotará o nosso débito para
depois, com os acréscimos legais.
Fonte: Na Era do
Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google
Um comentário:
Pois é, Denise, a família é o laboratório onde devemos acertar os erros do passado. Na maioria das vezes, não é um mar de rosas.
Beijo e muita paz!
Postar um comentário