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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

AÇÃO

Ante o bem fazer
Não digas: impossível.

No amparo aos semelhantes,
Não fales: nada sou.

Estende as mãos e serve,
O céu te escuta e vê.

Lembra a tomada humilde
Comunicando a luz.

Faze o melhor que possas
E o melhor surgirá.

Deus é auxílio em ti.
Age e funcionarás.


Fonte: Deus Sempre – Chico Xavier/Emmanuel
imagem: google

domingo, 30 de agosto de 2015

REENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS

Pergunta - Os animais de rua têm o destino certo para com a pessoa que o adota?
Resposta - Os animais considerados superiores, como os mamíferos, por exemplo, passam por processos individuais de preparação para o retorno ao mundo físico. Cada um tem uma particularidade em relação ao que lhe foi determinado passar na vida encarnada sequente. Se há em seu planejamento o encontro com determinada pessoa que lhe será importante para adquirir certo aprendizado, os espíritos encarregados fazem tudo o que for possível para promover esse encontro. Uma vez conseguida a reunião entre os dois (ser humano e animal), o aprendizado prossegue.
            Se o destino é certo entre o animal e a pessoa que o adota, somente as equipes espirituais que se encarregam do animal e de sua evolução podem responder mais seguramente, pois cada indivíduo tem uma história e um roteiro evolutivo e de aprendizado. No entanto, é provável que, se a pessoa que adota o animal não fazia parte de sua história, passará a ter e se responsabilizará dali em diante.


Fonte: A ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS – Marcel Benedeti
imagem: google

sábado, 29 de agosto de 2015

CASAMENTO E RITO DE PASSAGEM II

                É clara a necessidade de seguir-se uma sequência na evolução do envolvimento emocional, nomeando-se cada fase, de forma que o casal esteja consciente sobre o que significa aquele encaixe amoroso e o que ele representa como responsabilidade afetiva recíproca.
                Quando se faz o enquadramento adequado da dinâmica relacional, fica evidente a importância do rito psicológico para cada um caracterizar aquele momento de envolvimento sentimental. Tal ocorre, por exemplo, quando se avança dentro do namoro para a aliança de compromisso ou para o noivado, devendo-se solenizar a mudança de cada fase.
                Posteriormente, o casal avançará para a etapa do casamento que, por meio de outro rito de passagem, lhe facultará melhor apropriação do relacionamento, assumindo com profundo respeito a conjugalidade estabelecida.
                Desse modo, evitam-se desencontros quanto ao encaminhamento da relação diante da presença natural dos conflitos que surgem no cotidiano da dinâmica emocional. Se não estiver explícito qual o significado da relação, o casal poderá surpreender-se com a impropriedade em seu trato, pelas atitudes de indiferença, fugas, desconsiderações, deserções, abandonos capazes de acarretar lesões afetivas imprevisíveis.
                Por tudo isso, quando o casal assume solenemente o casamento, favorecido por um rito social, estabelece-se no psiquismo um compromisso socioafetivo e também espiritual, - mesmo sem casamento religiosos formal, - que sugere maior cuidado com o patrimônio afetivo em construção, evitando, inclusive, a banalização de separações irresponsáveis.
                Em resumo, para os espiritismo não cabe casamento religioso, tampouco mediação de figuras de autoridades religiosas em culto exterior.
                O matrimônio, segundo o espiritismo, segue o preceito do “dar a César o que é de César”, atendendo às necessidades civis, sociopsicológicas, e incluindo, assim, o rito de passagem. E o “dar a Deus o que é de Deus” significando que, do ponto de vista divino, o casamento resulta da união dos sexos e da união amorosa.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

CASAMENTO E RITO DE PASSAGEM I

                Se um casamento sob o olhar espírita é destituído de culto externo religioso, isto não implica que os nubentes não façam a celebração social segundo o estilo dos noivos naquilo que psicologicamente se pode denominar de rito de passagem.
                Os ritos são adotados, nas diversas circunstâncias da vida, a fim de que, em nível psicológico, se consagre algum evento. Por isso, observamos os ritos presentes nos aniversários, no acesso às universidades, nas formaturas, na posse de cargos profissionais, etc, atendendo às demandas emocionais, claramente necessárias na estruturação psíquica do espírito, em trânsito na sua encarnação.
                Um rito de passagem que pode prescindir totalmente de uma formalidade religiosa traduz a demarcação de nova etapa de vida social, a exemplo do encontro de Jesus com João Batista. Tem grande significação psicológica para ajudar um casal a assumir o novo compromisso afetivo valendo-se da presença de amigos e parentes, por exemplo, em comemoração social para esse fim.
                Há em nossa cultura vigente uma relação muito confusa quanto aos compromissos emocionais estabelecidos, a ponto de os participantes dos relacionamentos terem dificuldade em definir claramente que tipo de vinculação está sendo vivenciada. Parece existir um medo crescente de assumir responsabilidades à medida que o relacionamento vai avançando, e é comum não haver consenso quando se pergunta ao par: O que é a relação de vocês? Como vocês chamam a esse tipo de relacionamento?
                Na atualidade, com frequência, existe certa dificuldade em nominar o tipo de relação, sobretudo quando ela está mudando de nível. Por isso, habitualmente, o casal não consegue ter consenso quando se lhe pergunta sobre a dinâmica que eles estão vivendo, sendo comum o desencontro na caracterização do relacionamento, mormente quando estão em crise, ou se separando. Surgem, então, as opiniões não coincidentes, variando entre: casado, ficando, rolo, namorando, coabitando, experimentando, união estável, convivendo, juntos, etc.
                É evidente que falta um varal onde se coloquem gradualmente os compromissos, facilitando melhor ao casal situar a sua relação, dispondo, assim, de maior clareza sobre as etapas em que se desenvolve o aprofundamento dos laços afetivos, e permitindo, desse modo, a assunção de responsabilidades proporcionais e em caráter de reciprocidade.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

PERANTE OS OUTROS

Nunca desestime a importância dos outros.

Frequentemente só pensamos na crítica com que os outros nos possam alvejar, esquecendo‐nos de que é igualmente dos outros que recebemos a força para viver.

O auxílio ao próximo é o seu melhor investimento.

Valorize os outros, a fim de que os outros valorizem você.

Pense nos outros, não em termos de angelitude ou perversidade, mas na condição de seres humanos com necessidades e sonhos, problemas e lutas semelhantes aos seus.

Se a solidão valesse, as Leis de Deus não fariam o seu nascimento na Terra entre duas criaturas, convertendo você em terceira pessoa para construir um grupo maior.


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
imagem: google

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O SAL E A LUZ DO MUNDO II

             O bom cristão deve viver sendo bom no meio dos maus, justo no meio dos injustos, probo no meio da iniquidade, prudente no meio dos insensatos, altruísta no meio dos egoístas, virtuoso no meio de todos os vícios. Para se o sla da terra, é necessário que trabalhemos para dar sabor à vida dos nossos semelhantes, contribuindo para uma vida digna para todos. Temos de nos esforçar para que todos tenham o suficiente para viver com dignidade. Somos também responsáveis pela preservação do Planeta, limpando nossos quintais para que não haja a proliferação da dengue, cuidando das árvores para que o ar continue puro. O bom cristão deve ter sempre atitudes morais corretas, para ser exemplo vivo de tudo o que Jesus ensinou. Como o sal faz na carne, combater a podridão dos vícios, da devassidão e das imperfeições no espírito. Viver o Evangelho fazendo nossa “reforma íntima”, cumprindo a nossa missão na Terra, que é fazer o próximo feliz e construir o Paraíso na Terra.
                Bezerra de Menezes nos adverte que “a vós, que sois o sal da Terra, cabe a tarefa de desenvolver este postulado doutrinário de renovação do mundo, iniciando esta renovação em vós próprios, trabalhando os metais do mundo íntimo para que se tornem maleáveis ao amor e nele insculpam a promessa de Jesus de que a felicidade, não sendo deste mundo, pode ser alcançada através dele”.
                Precisamos estar mesclados com o mundo. Como o sal faz com os alimentos, o cristão deve refrear o processo de deterioração do mundo. O mundo está pervertido, o mundo está apodrecendo. Desde os tempos mais remotos que a espiritualidade está nos afirmando: O mundo está  sem sabor! E nós? Vamos teimar em continuar buscando os sabores do mundo? Que sabores? Desde aquela época, Jesus está nos alertando: o mundo não tem sabor algum! E aqui um espaço para falarmos aos nossos jovens. É preciso que os jovens entendam que os sabores do mundo não preenchem o vazio da alma. A fama, a riqueza, as diversões não tem sabor. Basta ver que os ídolos, tão famosos, tão ricos, continuam morrendo drogados, prostituídos, depressivos, embriagados. São infelizes, porque não vivem para o seu semelhante.
                Se você não é sal, as baladas, as diversões, só conseguem aumentar o vazio do espírito. O que resta depois da balada? Cansaço e um monte de histórias fúteis.
                Nós podemos fazer a diferença no mundo. Podemos sim. É preciso que assumamos a nossa condição e ser o Sal da Terra, amando o próximo, tornando-o melhor, destacando seu sabor; sendo exemplo do Bem, exercendo uma boa influência – as crianças nos imitam; divulgando o evangelho de Jesus; buscando todos os dias afastar-se do mal e dos vícios, para assegurar a proteção da espiritualidade. Entre o dever e o prazer, lembremo-nos de Bezerra de Menezes, quando foi questionado por um espírito sofredor acerca da diferença entre eles: enquanto ele estava cheio de trevas e de dores, o Dr. Bezerra apresentava-se pleno de luz. O médico dos pobres lembrou ao irmão de infortúnio que entre eles havia apena uma diferença: - “Enquanto você procura as trevas eu procuro a luz”. Quando asseverou que somos a luz do mundo, quando Jesus já dizia também que o mundo está em trevas, sem nenhum esforço. E se as trevas são a ausência de luz e, atualmente, precisamos fazes muito esforço para dissipar as trevas de nossa vida (as obsessões), é porque ainda não há luz suficiente dentro de nós. A única luz é a que emana de Deus e é refletida por nós. Somos todos mandados ao mundo para pregar a palavra de Jesus, auxiliando na renovação dos homens e do planeta. Somos também o sal e a luz do mundo como o eram os Cristãos dos tempos apostólicos.

Orlando Ribeiro


Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – jan/2015
imagem: google

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O SAL E A LUZ DO MUNDO I

                Quem já leu ou costuma ler o magnífico texto enunciado por Jesus, no conhecido Sermão da Montanha, vai se lembrar que a exortação do Mestre começa pelas bem-aventuranças e conclui com duas citações metafórica. Primeiro, Jesus, nosso modelo e guia, nos revela o caráter de quem quer ser seu verdadeiro seguidor, ser um cristão de fato, dizendo que bem-aventurados são os pobres de espírito; os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os pacificadores e os  que sofrem perseguição por causa da justiça. Preste atenção que estas são, nada mais, nada menos, que é o Mestre falando das suas próprias qualidades. Mas, mão basta ter as qualidades, pois a fé sem obras é vazia portanto, Ele nos exorta ao trabalho, não à ocupação profissional, importante para nos manter na vida terrena, mas à tarefa espiritual de construirmos o Reino de Deus na Terra. Por isso, Jesus arremata as bem-aventuranças com duas metáforas extraordinárias.
                Estava Jesus às margens do Rio Jordão, tendo ao seu redor os doze apóstolos comprometidos em sua missão. Pela primeira vez, O Mestre havia repartido com eles o pão e o vinho, que, na simbologia do Oriente determinavam o iniciar de uma amizade, de uma relação duradoura, forte e profunda. Ao chegar próximo do Mar de Galiléia, sob uma tenda de pescadores, Cristo praticamente lançava sua doutrina de paz, amor e esperança para os tristes, cujos pilares seriam o amor, a honestidade, a misericórdia e perdão. Voltando-se para seus pupilos, o meigo Rabi afirma que seus seguidores são “Sal e a Luz do mundo”.
                “Vós sois o sal da Terra. Se o sal se tiver tornado insípido, como se poderá restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser jogado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas oras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. (Mateus 5:13-16)
                Prestemos atenção nas palavras de Jesus. Ele não fala eu somos COMO o sal ou COMO a Luz; mas sim, Ele afirma que SOMOS o SAL e a LUZ. Não é comparação, pe personificação. Uma metáfora fantástica, baseada, primeiro, no sal, depois, na luz. A humanidade usa o sal há muito tempo, desde o início da civilização. Na época de Jesus, existia um ditado romano que dizia que “Não existe nada mais útil que o sal e o sol”. Não existia geladeira naquela época e para conservar as carnes e os alimentos, era utilizado o sal. A palavra salário é proveniente da palavra latina salarium, que era o pagamento feito aos soldados romanos para que estes comprassem sal. Na Idade Média, o status social de um indivíduo era medido pela quantidade de sal que possuía e colocava na mesa quando chegavam visitas. Conservação e realce do sabor, as duas principais virtudes do sal. Por isso, Jesus disse que os seus seguidores seriam o sal da Terra.
                 Mas, para seguir Jesus é preciso não se deixar corromper pela corrupção que grassa na sociedade e buscar conservar-se puro. O bom cristão deve viver sendo bom no meio dos maus, justo no meio dos injustos, probo no meio da iniquidade, prudente no meio dos insensatos, altruísta no meio dos egoístas, virtuoso no meio de todos os vícios. Para ser o sal da terra, é necessário que trabalhemos para dar sabor à vida dos nossos semelhantes, contribuindo para uma vida digna para todos. Temos de nos esforçar para que todos tenham o suficiente para viver com dignidade somos também responsáveis pela preservação do Planeta, limpando nossos quintais para que não haja a proliferação da dengue, cuidando das árvores  para que o ar continue puro.

Orlando Ribeiro

Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – jan/2015
imagem: google

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

CARTA A MEU FILHO

Cap. XIV – Item 9
Meu filho, dito esta carta para que você saiba que estou vivo.
Quando você me estendeu a taça envenenada que me liquidou a existência, não pensávamos nisso.
Nem você, nem eu.
A idéia da morte vagueava longe de mim, porque esperava de suas mãos apenas o remédio anestesiante para a minha enxaqueca.
Entendi tudo, porém, quando você, transtornado, cerrou subitamente a porta e exclamou com frieza:
– Morre, velho!
As convulsões que me tomavam de improviso, traumatizavam-me a cabeça...
Era como se afiada navalha me cortasse as vísceras num braseiro de dor.
Pude ainda, no entanto, reunir minhas forças em suprema ansiedade e contemplar você, diante de meus olhos.
Suas palavras ressoavam-me aos ouvidos: – “morre, velho!”
Era tudo o que você, alterado e irreconhecível, tinha agora a dizer.
Entretanto, o amor em minh’alma era o mesmo.
Tornei à noite recuada quando o afaguei pela primeira vez.
Sua mãezinha dormia, extenuada...
Pequenino e tenro de encontro ao meu peito, senti em você meu próprio coração a vagir nos braços...
E as recordações desfilaram, sucessivas.
Você, qual passarinho contente a abrigar-se em meu colo, o álbum de fotografias em que sua imagem apresentava desenvolvimento gradativo em todas as posições, as festas de aniversário e os bolos coloridos enfeitados de velas que seus lábios miúdos apagavam sempre numa explosão de alegria... Rememorei nossa velha casa, a princípio humilde e pobre, que o meu suor convertera em larga habitação, rica e farta... Agoniado, recordei incidentes, desde muito esquecidos, nos quais me observava expulsando crianças ternas e maltrapilhas do grande jardim de inverno para que nosso lar fosse apenas seu... Reencontrei-me, trabalhando, qual suarento animal, para que as facilidades do mundo nos atendessem as ilusões e os caprichos...
Em todos os quadros a se me reavivarem na lembrança, era você o grande soberano de nosso pequeno mundo...
O passado continuou a desdobrar-se dentro de mim. Revisei nossa luta para que os livros lhe modificassem a mente, o baldado esforço para que a mocidade se lhe erigisse em alicerce nobre ao futuro... De volta às antigas preocupações que me assaltavam, anotei-lhe, de novo, as extravagâncias contínuas, os aperitivos, os bailes, os prazeres, as companhias desaconselháveis, a rebeldia constante e o carro de luxo com que o presenteei num momento infeliz...
Filho do meu coração, tudo isso revi...
Dera-lhe todo o dinheiro que conseguira ajuntar, mas você desejava o resto.
Nas vascas da morte, vi-o, ainda, mãos ansiosas, arrebatando-me o chaveiro para surripiar as últimas jóias de sua mãe...Vi perfeitamente quando você empalmou o dinheiro, que se mantinha fora de nossa conta bancária, e, porque não podia odiá-lo, orei – talvez com fervor e sinceridade pela primeira vez – rogando a Deus nos abençoasse e compreendendo, tardiamente, que a verdadeira felicidade de nossos filhos reside, antes de tudo, no trabalho e na educação com que lhes venhamos a honrar a vida.
Não dito esta carta para acusá-lo.
Nem de leve me passou pelo pensamento o propósito de anunciar-lhe o nome.
Você continua sangue de meu sangue, coração de meu coração.
Muitas vezes, ouvi dizer que há filhos criminosos, mas entendo hoje que, na maioria das circunstâncias, há, junto deles, pais delinqüentes por acreditarem muito mais na força do cofre que na riqueza do espírito, afogando-os, desde cedo, na sombra da preguiça e no vício da ingratidão.
Não venho falar, assim, unicamente a você, porque seu erro é o meu erro igualmente. Falo também a outros pais, companheiros meus de esperança, para que se precatem contra o demônio do ouro desnecessário, porque todo ouro desnecessário, quando não busca o conselho da caridade, é tentação à loucura.
Há quem diga que somente as mães sabem amar e, realmente, o regaço materno é uma bênção do paraíso. Entretanto, meu filho, os pais também amam e, por amar imensamente a você, dirijo-lhe a presente mensagem, afirmando-lhe estar em prece para que a nossa falta encontre socorro e tolerância nos tribunais da Divina Justiça, aos quais rogo me concedam, algum dia, a felicidade de tê-lo novamente ao meu lado, por retrato vivo de meu carinho... Então nós dois juntos, de passo acertado no trabalho e no bem, aprenderemos, enfim, como servir ao mundo, servindo a Deus.
J.

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: google

domingo, 23 de agosto de 2015

O CULTIVO DO AMOR

(J. Herculano Pires)
A lei civil do casamento, “tem por fim regular as relações sociais e os interesses familiares, segundo as exigências da civilização”. E a seguir vem esta observação, do Evangelho Segundo o Espiritismo:
“Mas nada, absolutamente, impede que ela seja um corolário da lei de Deus”. E a lei de Deus, no caso, é a lei do amor. Quer dizer que o casamento civil deve efetuar-se por amor e não por conveniência de qualquer espécie. A falta de conjugação dessas duas leis, a humana e a divina, é a causa principal dos fracassos no casamento.
Entre os interesses que podem influir na determinação do casamento figuram também a vaidade e a atração sexual, ambos elementos estranhos ao amor e por isso mesmo de natureza efêmera. Em casos dessa natureza, como em vários outros, a separação se torna inevitável e o divorcio aparece então como a lei civil que serve de remédio a separação dos casais, permitindo aos pares frustrados a reconstrução do lar em bases legítimas com outros cônjuges. “Um dia se perguntará – diz ainda o trecho citado – se uma cadeia indissolúvel não aumentará o número das uniões irregulares”.
Mas quando o lar se formou com base no amor as decepções que podem surgir tem o remédio no próprio amor. Quem ama sabe tolerar e perdoar. As dificuldades serão superadas dia a dia pelo cultivo do amor. Basta que cada cônjuge se lembre de que as frustrações são recíprocas. O mesmo acontece com o artista na realização de sua obra. O ideal esta sempre acima do real. Mas o verdadeiro artista sabe disso e procura superar a sua frustração pelo esforço constante de aperfeiçoamento. O cultivo do amor é como o cultivo da arte. E quem romper um casamento de amor, por simples intolerância, não encontrará mais remédio para a sua solidão.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google

sábado, 22 de agosto de 2015

CASAR-SE

(Emmanuel)
Não basta casar-se. Imperioso saber para que.
Dirás provavelmente que a resposta e óbvia, que as criaturas abraçam o matrimônio por amor.
O amor, porém, reclama cultivo. E a felicidade na comunhão afetiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia.
As leis humanas casam as pessoas para que as pessoas se unam segundo as Leis Divinas.
Se desposaste alguém que te constituía o mais belo dos sonhos e se encontras nesse alguém o fracasso do ideal que acalentaste, é chegado o tempo de trabalhares mais intensivamente na edificação dos planos que ideaste de inicio.
Ergueste o lar por amor e tão só pelo amor conseguirás conservá-lo.
Não será exigindo tiranicamente isso ou aquilo de quem te compartilha o teto e a existência que te desincumbirás dos compromissos a que te empenhaste.
Unicamente doando a ti mesmo em apoio da esposa ou do esposo é que assegurarás a estabilidade da união em que investiste os melhores sentimentos.
Se sabes que a tolerância e a bondade resolvem os problemas em pauta, a ti cabe o primeiro passo a fim de patenteá-las na vivencia comum, garantindo a harmonia doméstica.
Inegavelmente não se te nega o direito de adiar realizações ou dilatar o prazo destinado ao resgate de certos débitos, de vez que ninguém pode aceitar a criminalidade em nome do amor. Entretanto, nos dias difíceis do lar recorda que o divórcio é justo, mas na condição de medida articulada em última instancia. E nem te esqueças de que casar-se é tarefa para todos os dias, porquanto somente da comunhão espiritual gradativa e profunda é que surgirá a integração dos cônjuges na vida permutada, de coração para coração, na qual o casamento se lança sempre para o Mais Alto, em plenitude de amor eterno.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

CONSULTAS

“E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?” — (JOÃO 8:5)

Várias vezes o espírito de má fé cercou o Mestre, com interrogações, aguardando determinadas respostas pelas quais o ridicularizasse. A palavra dEle, porém, era sempre firme, incontestável, cheia de sabor divino.
Referimo-nos ao fato para considerar que semelhantes anotações convidam o discípulo a consultar sempre a sabedoria, o gesto e o exemplo do Mestre.
Os ensinamentos e atos de Jesus constituem lições espontâneas para todas as questões da vida.
O homem costuma gastar grandes patrimônios financeiros nos inquéritos da inteligência. O parecer dos profissionais do direito custa, por vezes, o preço de angustioso sacrifício.
Jesus, porém, fornece opiniões decisivas e profundas, gratuitamente.
Basta que a alma procure a oração, o equilíbrio e a quietude. O Mestre falar-lhe-á na Boa Nova da Redenção.
Frequentemente, surgem casos inesperados, problemas de solução difícil.
Não ignora o homem o que os costumes e as tradições mandam resolver, de
certo modo; no entanto, é indispensável que o aprendiz do Evangelho pergunte, no santuário do coração:
— Tu, porém, Mestre, que me dizes a isto?
E a resposta não se fará esperar como divina luz no grande silêncio.

Fonte: CAMINHO, VERDADE E VIDA
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL
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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

CAMINHOS PARA A SAÚDE IX

8 Meditar Retamente
                O hábito saudável de pensar conduz à etapa final, que é meditar retamente.
                Fixam-se nos painéis da memória, por educação mental perniciosa, em maior quantidade, as impressões infelizes, os atos reprováveis, as aspirações inferiores e, por isso, afirma-se com leviandade que meditar é muito difícil.
                Bata, porém, que se mude a direção dos hábitos mentais e se criarão as base da meditação.
                Como não se vive sem pensar, exceção feita aos portadores de psicopatologias graves, deve-se fazê-lo sempre de forma positiva e otimista, gerando novo costume no campo mental até que seja absorvido e transformado em automatismo pela repetição natural.
                Por mau hábito, quando algo de negativo acontece, a pessoa se deixa consumir, entregando-se, comentando, repetindo e fixando, quando a atitude a tomar deveria ser totalmente oposta. No entanto, quando algo de bom e útil acontece, raramente se analisa, penetra e revive, logo substituindo-o por outro fato desagradável, acostumando-se com o último em detrimento do anterior. Natural que, desacostumado à reflexão em torno do bem e a paz, da saúde e da alegria, tenha-se dificuldade em meditar retamente.
                Nas primeiras tentativas, os arquivos da memória liberam as impressões deprimentes, perniciosas, e o candidato desiste, quando deveria prosseguir com esforço para liberar-se dessas e fixar as novas imagens e aspirações geradoras de saúde, de felicidade.
                A concentração é a fixação da mente, por interesse ou seleção, em qualquer pensamento, em alguma ideia especial que se deseje analisar ou reter.
                A meditação é a aplicação da concentração na busca de Deus, interiormente, com determinação e constância. Seu objetivo único é o de atingir o fluxo divino e conhecer Deus, senti-lo e alimentar-se da Sua energia. É o estado de quietação mental.
                Jesus afirmou: “O teu olho é a luz do tu corpo. Se o teu olho for um só, todo o teu corpo será luminoso.”
                Se o indivíduo permitir-se olhar para dentro, todo ele se torna uma só ideia visual, ao captar a luz divina, igualmente todo ele se fará luminoso, e nenhum sofrimento o perturbará, graças à aquisição da saúde integral.
                A meditação reabastece de energias salutares, refazendo a harmonia do psiquismo e este a do organismo físico.
                Quem medita retamente, crê, quer, fala, opera, vive, esforça-se e pensa com retidão, adquire os valores indispensáveis à salvação. Nesse estágio a pessoa doa-se e já não mais vive, sendo o “Cristo quem vive” nela.
                ... Liberta-se, por fim, do sofrimento.

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

CAMINHOS PARA A SAÚDE VIII

7 Pensar Retamente
                O que se cultiva no pensamento transborda para a esfera objetiva, constituindo-se elemento existencial no comportamento humano.
                O pensamento é fonte geradora e dínamo condutor da vida para a vida.
                A energia encontra-se presente em tudo, aguardando que o pensamento a comande, a direcione.
                No que tange aos sofrimentos, na sua multiface, a ação mental é relevante.
                Todo aquele que se deixa dirigir pelo pessimismo e pela depressão faz quadros enfermiços, debatendo-se nas malhas de dores perfeitamente dispensáveis. Por um processo   de natural afinidade, sintoniza com as doenças, abrindo brechas nas próprias resistências para a instalação de males e perturbações afligentes. O bombardeio constante contra os sutis mecanismos da emoção e da aparelhagem orgânica termina por desarticular-lhes o equilíbrio, produzindo o desajustamento que facilita a penetração dos agentes degeneradores.
                A ação do pensamento reto, pelo contrário produz o fortalecimento do campo psicofísico, expulsando as doenças e gerando sucessivas ondas de bem-estar, que são responsáveis pela saúde.
                Acrescente-se a esse quadro a interferência dos espíritos desencarnados no cotidiano das criaturas humanas.
                Os raios mentais direcionados em um ou outro sentido facultam a sintonia com entidades de teor vibratório correspondente. Não é, pois, de surpreender, o atual surto epidêmico de obsessões, que decorre da afinidade mental e moral existente entre os homens aturdidos e os espíritos infelizes, com os quais os primeiros mantêm convivência ideológica.
                Ideoplastias enfermiças, formas-pensamento extravagantes e doentias terminam por criar uma psicosfera viciada que intoxica as pessoas, aumentando o quadro das enfermidades, estas últimas de diagnose difícil pela medicina convencional e cuja terapia terá que partir do próprio paciente, através de uma radical mudança de comportamento mental e moral, a fim de desatrelar-se das vibrações que o envolvem.
                Pensar retamente faculta harmonia psicológica e sintonia com os benfeitores da humanidade, em cuja convivência psíquica se haurem energias benéficas propiciadoras de saúde, que vão atuar nas causas dos sofrimentos, alterando-lhes a vigência e os efeitos.
                Quem pensa retamente encontra-se consigo mesmo, com o seu próximo e com Deus.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

terça-feira, 18 de agosto de 2015

CAMINHOS PARA A SAÚDE VII

6 Esforçar-se Retamente
                O passo imediato é esforçar-se retamente.
                Sem esforço, nenhum empreendimento se torna possível, muito menos se faz vitorioso.
                A intensidade do esforço desvela a qualidade do caráter.
                Sem uma disciplina que o exercício prodigaliza, o esforço deperece e as aspirações morrem.
Essa força, que decorre do querer, é responsável pelos resultados das aspirações colocadas na prática.
As pessoas que não se esforçam por preservar os ideais de enobrecimento perdem as batalhas da evolução antes mesmo de iniciá-las, perturbando a marcha do progresso geral.
Afirma-se, muito, como justificativa para não se esforçar, que não se logra manter o nível ideal necessário. No entanto, a execução dos hábitos viciosos dá-se mediante esforços que se incorporam ao cotidiano como fenômeno natural.
A libertação deles somente é possível através do investimento de energias que se lhes opõem.
Não raro, os indivíduos, em razão do prazer que experimentam na vivência viciosa, sacrificam-se, aplicando todos os valores imagináveis, a fim de continuarem com as sensações a que se escravizam. Quando se lhes propõem, no entanto, a mudança para as emoções duradouras, negam-se ao esforço, por acomodação ao que já fruem, mesmo que lhes seja desgastante.
Ninguém vive sem esforço. Ultrapassados os limites dos fenômenos automáticos, a vida exige o empenho da vontade, a aplicação e direcionamento das energias.
Quem se esforça em um sentido, fá-lo também em outro, se quiser.
Esforçar-se retamente é saber aplicar a capacidade dos seus recursos naquilo que propicia felicidade real, duradoura, sem as aflições dos prazeres fugidios, que necessitam de repetir-se sem cessar, não lhes aplacando a sede, antes aumentando-a, perturbadoramente.
No esforço bem dirigido as energias se retemperam e as motivações, por serem elevadas, mais atraem a novos tentames, que se sobrepõem aos limites e desgastes dos sofrimentos.
A mente, colocada em áreas nobres, anestesia as sensações dos desajustes e das enfermidades, emulando na conquista da harmonia, que se alcança mediante esforço retamente aplicado.
Das pequenas e constantes tentativas de agir corretamente se desenvolvem as forças que serão canalizadas para os grandes cometimentos, mesmo que desconhecidos das demais pessoas.
A constante renovação moral e todo o trabalho de alterar a estrutura do comportamento exigem o reto esforço que leva ao êxito. De natureza íntima, decorre do crer nas metas a alcançar, do valor que possuem, a fim de querer com afinco, de modo a envidar a capacidade de ação, sem o que o tentame malogra.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

CAMINHOS PARA A SAÚDE VI

5 Viver Retamente
             Viver retamente é, portanto, o passo seguinte.             
 As ações que se sucedem transformam-se no modus operandi de cada indivíduo que aí passa a ter o seu modus vivendi.
Quem age retamente, vive retamente.
O seu hoje representa as ações antes realizadas e o seu amanhã defluirá das suas atividades hoje desenvolvidas.
Não se homizia no erro, não se exalta, não se deprime.
Suas horas transcorrem harmoniosas e as suas lutas, mesmo quando desgastantes, não o infelicitam, porque elas são conquistas de patamares mais elevados, que aguardam.
A vida adquire sentido e significação, porque não se acabando no túmulo, amplia-se ao infinito, rica de oportunidades excelentes de aprendizagem e plenificação.
Ghandi recomendava a igualdade racial, de deveres e direitos. Todavia, para que os seus fossem ideais legitimamente respeitados, vivia conforme preconizava, trabalhando no tear e acolhendo os párias no seu ashram, a eles concedendo a mesma consideração que dispensava a qualquer outra pessoa.
Viveu pobremente, de acordo com o que considerava as necessidades básicas para a vida, que prescrevia para as demais criaturas.
Jesus não tinha “uma pedra para reclinar a cabeça”, embora “as aves do céu tivessem os seus ninhos e as feras os seus covis”, porque para Ele uma só coisa era importante: dar-se, num mundo de coisas que valem o que se lhes atribui, já que não tem valor real...
Uma vivência de tal natureza impõe um grande esforço, já que é larga a porta que conduz à perdição.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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sábado, 15 de agosto de 2015

CAMINHOS PARA A SAÚDE V

4 Operar Retamente                     
                Logo surge o momento da ação, que equivale à diretriz do operar retamente.
                Os requisitos anteriores alcançam o seu momento máximo na ação, sem o que, deixam de influenciar, como necessário, o comportamento, que retrata a realidade íntima da pessoa.
                A retidão impõe-se em todos os passos da existência humana.
                Um coração tranquilo é resultado de uma conduta reta e, por consequência, fator basilar para uma consciência de paz.
                Interdependem-se, portanto, esses elementos, para uma vida feliz, desde que, olhar-se para trás sem remorsos, agir-se sem medo, face aos sentimentos enobrecidos, produzem um estado de paz que nada perturba, porque enraizada na maneira de operar, conduzindo a caminhada retamente.
                O mundo progrediu sempre graças àqueles que agem com retidão. Os seus exemplos de dedicação às causas dignificadoras tornaram-se a base do processo de engrandecimento da vida e das demais criaturas.
                Conscientes das suas responsabilidades não temeram as perseguições, as lutas ásperas, os sacrifícios, nem mesmo o holocausto, quando este se fazia necessário, desde que permanecesse impoluto o ideal que sustentavam. Sabiam que a morte do corpo não destrói a ideia grandiosa, e que é no sangue do martirológio que a semente da verdade germina, a fim de poder frondejar mais tarde, abençoando com flores e frutos.
                Como se medem a grandeza ou pequenez das criaturas graças aos ideais que possuem, é na ação que se avalia a excelência das suas aspirações, pois que aí, ao operá-las, trazê-las ao mundo objetivo, é que elas experimentam a intensidade dos fornos onde são lançadas antes de se tornarem realidade.
                Entre companheiros doentes e em uma sociedade injusta, é um verdadeiro desafio operar retamente. As propostas da insensatez se multiplicam, os conchavos da desonestidade bem urdidos e disfarçados de legais enxameiam, as concessões morais e conivências fazem-se quase normais, dificultando a ação correta. Quem age com retidão parece alienado, é malvisto, tido por excêntrico ou como se o fizesse para pretender chamar a atenção. Há uma oposição sistemática, ancestral, arquitetada contra o correto, de modo a impedir o desmascarar da fraude e da corrupção em predomínio.
                Operar retamente é técnica de terapia preventiva quanto curadora para o sofrimento.
                Quem não atua errado, não tem necessidade de repetir a experiência, refazer o caminho, ressarcir débitos...
                Tal ação, entretanto, começa nas pequenas decisões, nas realizações mais simples e de aparente significação sem importância.
                Tudo é importante na vida. Os pequenos atos são preparatórios dos gestos grandiosos e das realizações vultosas.
                Manter o mesmo nível de conduta reta em uma pequena como noutra atividade de relevo é forma de treinamento para uma vivência equilibrada.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

CAMINHOS PARA A SAÚDE IV

3 Falar Retamente
                Quando se crê e se quer crer retamente, fala-se com a mesma qualidade de intenção, e essas palavras, conforme se refere o Evangelho, exteriorizam o de que está cheio o coração.
                Indispensável, portanto, a vivência íntima das aspirações superiores, a fim de que a música da palavra traduza-as para o exterior retamente.
                A palavra é valioso instrumento de comunicação, que tem entorpecido grandes ideais da humanidade, por não ser fiel aos sentimentos que deveria expressar.
                Fala-se por falar-se; fala-se para dissimular emoções e ideais; fala-se com objetivos sórdidos e prejudiciais.
                A palavra que liberta, igualmente faz-se meio de escravidão.
                Por isso, a arte de falar impõe requisitos que são essenciais para expressar-se retamente.
                Deve-s por na palavra a discrição que sabe como e quando falar, evitando gerar constrangimento e amargura.
                Não faltam, no mundo, acusadores e palradores da inutilidade, das ideias vazias de conteúdo, de ironias e sentidos dúbios. Eles inquietam e anatematizam, infelicitam e desajustam, dominados por idealismos falsos e paixões inferiores.
                O falar retamente fomenta o progresso, desenvolvendo as aspirações que se exteriorizam em ideais de liberdade e amor, impulsionando as criaturas para a frente, para o bem.
                As boas palavras enrijecem o caráter, dulcificam o coração e iluminam a vida. As más, entorpecem os sentimentos, deformam a conduta e matam os ideais de enobrecimento.
                Crer, querer e falar retamente produzem uma vibração de paz que fomenta a saúde, alterando o comportamento emocional que refaz o equilíbrio da energia, modificando o campo no qual se instalam as enfermidades.
                São inevitavelmente, caminhos para uma existência saudável.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

CAMINHOS PARA A SAÚDE III

2 Crer Retamente
                Crer retamente conduz ao querer retamente.
                Uma das razões do sofrimento humano é o querer equivocadamente, conforme a ilusão do prazer imediatista e alucinado, que elege o dispensável em detrimento do essencial, de acordo com o transitório e não com o permanente. E para lográ-lo, age segundo as tendências negativas, comprometendo-se moral e espiritualmente.
                Esse querer equivocado escraviza o  ser às paixões inferiores, cujas algemas o retêm inexoravelmente aos efeitos infelizes da eleição.
                Para o seu prazer, o indivíduo quer o que não lhe convém, permitindo que o egoísmo se sobreponha aos interesses gerais, prejudicando todos aqueles que possam constituir-lhe impedimento ou provocar-lhe dificuldade.
                Querer retamente propõe métodos compatíveis com os objetivos da crença anelada. Os meios incorretos não são justificáveis quando usados para fins nobres, porquanto degeneram os ideais que devem permanecer pulcros. Sem o uso dos meios correspondentes, as realizações perdem a qualidade de que se devem revestir.
                As supostas facilidades muito aneladas pelas criaturas são uma forma de evitar os meios hábeis, complexos às vezes, que compõem o quadro do querer de maneira elevada.
                Não que as realizações mais fáceis signifiquem desvio de meta. Elas ocorrem amiúde, como é natural, não devendo tornar-se regra geral, que desencoragem as demais que proponham esforço, persistência e sacrifício.
                Quem elege a montanha, não evita a ascensão difícil, porquanto faz parte da aspiração que se sustenta interiormente.
                O ato de querer torna menos ásperos os desafios e as dificuldades.
                Querendo retamente difundir a mensagem de Jesus, Paulo aplicou os mais desgastantes esforços, padecendo enfermidades, abandono, apedrejamento e quase morte, afirmando, confiante: “Ai de mim se não pregar o Evangelho”, vivendo com sacrifício o ideal que o abrasava.
                A preservação do querer com retidão rechaça as propostas ignóbeis, mesmo quando se apresentam como fórmulas salvacionistas, solucionadoras.
                O que não tem a chancela da retidão desmerece a qualidade da ação.
                Jesus sempre quis retamente e sempre assim agiu, tornando a Sua mensagem uma luz inapagável a varar os séculos, superando desfigurações, interpolações e adulterações lamentáveis.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

CAMINHOS PARA A SAÚDE II

                Buda, no passado, recomendava uma via de salvação, em oito passos, que são indispensáveis para a iluminação pelo amor e a plenitude pela felicidade.
1 Crer Retamente          
A criatura humana sempre crê, até naquilo que nega. O seu ato de negar é uma forma de crer, que defende com entusiasmo e vigor. A negação, por isso mesmo, é um tipo de afirmação, demonstrando a crença natural ou racional  em torno da sua convicção.
Crer retamente, porém, é direcionar o pensamento de forma positiva, edificante, firmando-o em propósitos saudáveis, que favorecem a realização excelente dos postulados, nos quais se crê.
Essa é uma crença estimuladora que enriquece de beleza e aciona os mecanesmos da vida, alterando, profundamente, o comportamento para melhor e propondo uma vivência pautada na força da crença.
Diante de todos os enfermos que O buscavam, Jesus era peremptório, quanto ao ato do paciente crer nEle e na recuperação da saúde.
A Sua resposta positiva criava a reação orgânica favorável à movimentação da energia bloqueada pelos condicionamentos doentios, pelas seqüelas cármicas propiciadoras dos distúrbios degenerativos, nas áreas do corpo, da mente ou da emoção. A abertura mental e emocional do enfermo á certeza de que era possível a recuperação, e que Jesus podia consegui-lo, proporcionava-lhe a receptividade necessária ao imediato processo de cura.
Assim, a fé tudo pode, pois aciona inexplorados mecanismos íntimos do homem, geradores de forças não utilizadas, modificando por completo a paisagem interna, depois externa do ser.
“A fé remove montanhas”, acentuou Jesus. Ela é a canalização de todas as possibilidades psíquicas alterando a ação das forças habituais. Quando se apresenta, estimula à ação e vibra interiormente, gerando energias que vitalizam toda a maquinaria pela qual se movimenta.
A crença reta faculta uma visão otimista da vida, que se enriquece de motivações, que nada perturba. Sabe esperar e estimula ao prosseguimento da empresa, mesmo quando as circunstâncias parecem conspirar contra, ocasionando confusão ao projeto abraçado.
Todas as conquistas da humanidade tiveram início no ato de crer corretamente, graças ao qual se movimentavam as pessoas, persistindo na execução dos planos mentais transferidos para a realidade objetiva.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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terça-feira, 11 de agosto de 2015

CAMINHOS PARA A SAÚDE I

                O sofrimento é via de redenção espiritual, face ao incompleto desenvolvimento moral do indivíduo. Opção pessoal, é roteiro destituído de qualquer ação punitiva, educando ou reeducando através dos mesmos mecanismos, graças aos quais houve comprometimento, desvio de rota, desrespeito à leis da vida.  A sua presença vige, enquanto se faz necessária a depuração. As únicas exceções se apresentam nos quadros de iluminação coletiva, quando os missionários do bem e do amor mergulham nas sombras do mundo, a fim de clareá-las com os seus exemplos. Não mais lhes sendo necessárias as dores físicas e morais, elegem-nas ou aceitam-nas como holocaustos espontâneos, a fim de ensinarem coragem, abnegação e sacrifício aos que estão na retaguarda, comprometidos com a ignorância e a ilusão, a rebeldia e a violência, o egoísmo e a negação do dever, todos eles geradores de sofrimentos, de enfermidades e dores.
                A saúde integral, a paz, a alegria interior resultam da lucidez mental, que elege os atos corretos para a existência modeladora da ascensão.
                Enquanto não se convençam as criaturas de realizar o equilíbrio, a homeostase ideal entre o psiquismo e o corpo físico, debater-se-ão nas malhas de qualquer tipo de sofrimento. Advertência ao desvio da linha de harmonia, ele se apresenta em forma de energia comprometida, bloqueada ou desequilibrada, facultando a instalação de doenças, de desares, de padecimentos de qualquer natureza.
                Certamente, as terapias convencionais ajudam na recuperação da saúde, na sua relativa manutenção. Todavia, somente os fatores internos que respondem pelo comportamento emocional e social podem criar as condições permanentes de bem-estar, erradicando as causas penosas, proporcionando outras novas que compensarão aquelas, se não superadas, promovendo o equilíbrio estrutural do ser.
                Jesus sintetizou no amor a força poderosa para a anulação das causas infelizes do sofrimento e para a sua compensação pelo bem.
                Allan Kardec, através da observância das lições do Evangelho e das diretrizes propostas pelos espíritos superiores, aludindo a Jesus, apresentou a caridade como sendo a via real para a salvação, a aquisição da saúde integral.
                A caridade, que é o amor na sua expressão mais elevada, para ser real exige a iluminação de quem a pratica, facultando-lhe, ao mesmo tempo, um constante aprimoramento de propósitos que induzem á abnegação e à vitória sobre as tendências primitivas, que permanecem dominadoras.
                Pelo seu extraordinário conteúdo emocional, a caridade dulcifica aquele que a pratica e abençoa quem a recebe, dignificando-o, promovendo-o e ajudando-o a superar-se. Por isso, verdadeiramente, a sua é uma ação de profundidade, que exige requisitos especiais, adquiridos através do esforço de constante aprimoramento espiritual.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

APRIMORAMENTO ÍNTIMO II

                Ninguém te acompanhará nesse afã de renovação e aprimoramento íntimo.
                Poucos perceberão a luta que travas no campo ignoto dessa batalha importante.
                Alguns criarão dificuldades para o teu cometimento, talvez franqueando-te recursos e meios para a fuga ou a queda.
                Tentarás e repetirás o esforço, não poucas vezes, receando o fracasso ou crendo não alcançar a meta.
                Prossegue, porém, trabalhando o caráter e o sentimento.
                Não te deixes turbar pelas vanglórias, nem te anestesies pelos vapores da violência que infelicita multidões...
                Dulcifica-te e não revides ao mal, não resistas ao mal com o mal, não te negues à bondade, nem à beneficência, à esperança, nem à humildade.
                Essas virtudes a cultivar serão as tuas resistências, e, quando os testemunhos parecerem apresentar-te a noite mais densa e temerosa, elas brilharão no teu céu em sombras, apontando-te o rumo...
                Por conhecer a destinação que nos aguarda, no futuro, Jesus nos veio convocar pelo exemplo e pela palavra ao aprimoramento íntimo e à vitória sobre qualquer expressão do mal através da ação correta do bem.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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