(J. Herculano Pires)
Quando lemos em O Livro dos Espíritos o capítulo referente a
lei do trabalho, compreendemos que ele não nos foi imposto como castigo, mas
como necessidade. O mesmo nos diz O Evangelho Segundo o Espiritismo nos
trechos mencionados por Chico Xavier. Necessitamos do trabalho para o
desenvolvimento de nossas potencialidades vitais e espirituais. É trabalhando
que modificamos o mundo e é pelo trabalho que o mundo nos modifica. Essa
reciprocidade de ação e reação constitui a dialética da evolução humana. O
trabalho, portanto, não é castigo, não é condenação – é necessidade vital do
homem e constitui para todos nós um imperativo do progresso.
Como Jesus ensinou e podemos vê-lo no Evangelho, nem mesmo Deus
jamais parou de trabalhar.
O trabalho começa no plano espiritual e vem expandir-se nas
atividades terrenas, no plano material; trabalho que desce do Céu, através da
mediunidade, para auxiliar o homem na Terra . Temos assim a teoria e a prática,
o ensino e a demonstração. A morte não nos exime do esforço de evolução, das
atividades necessárias ao nosso progresso. Quem espera da morte o eterno
descanso terá grande surpresa ao passar para a vida espiritual. Porque ali não
encontrará o repouso inútil, mas a atividade produtiva.
As trovas dos poetas cearenses, Vida Prática, nos mostram, numa
sequência didática, vários aspectos do trabalho, a começar da escola sem férias
que é a vida, passando pela necessidade das mudanças que hoje tanto nos
aturdem, mostrando a importância da coragem na luta, do erro que nos corrige e
assim por diante. A provação é resumida na imagem da cana apertada na moenda. E
no final temos a explicação das relações do trabalho entre o homem e Deus. Dez
trovas, dez sínteses, porque a trova é a arte de dizer o máximo com o mínimo de
palavras.
Fonte: Na Era do
Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google
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