(Emmanuel)
Quem lance na Terra ligeiro olhar para a retaguarda de oito lustros
se espantará certamente em verificando o progresso dentro do qual a vida planetária
vai marchando aceleradamente, para o futuro melhor.
Ainda assim reconhecerá que as exigências de ordem espiritual não
se alteraram muito no curso do tempo.
O homem de hoje dispõe fartamente da televisão pela qual consegue,
se o deseja, contemplar de perto as ocorrências do mundo, no entanto não possui
autoconhecimento bastante para analisar-se de modo construtivo.
Inventa computadores que o auxiliam efetuando prodígios de
informação e de cálculo, mas ainda não conhece, nas engrenagens perfeitas em
que se expressam, as leis de causa e efeito que lhe presidem a experiência e o
destino.
Utiliza a energia nuclear, todavia ignora ainda toda a extensão
dos poderes do espírito.
Realiza voos espaciais aplicando os princípios da Astronáutica,
entretanto é compelido a receber aulas de relacionamento humano a fim de
harmonizar-se com os vizinhos que não lhe adotem o modo de pensar ou de crer.
Vacina-se contra a poliomielite, mas não consegue, por enquanto,
imunizar-se contra os perigos do ódio e do ressentimento, da discórdia e do
desespero.
Desfruta os recursos do subsolo, até mesmo do próprio mar, e
descobre minas de nitrogênio nos céus que o rodeiam, no entanto não sabe
manejar, senão muito imperfeitamente, os valores da alma.
* * *
Compreendamos que a Humanidade atual efetua proezas admiráveis em
todos os domínios da natureza física, mas é necessário que os nossos corações
se adaptem as leis do bem que Jesus nos legou, de modo a irmanar-nos e a
respeitar-nos uns aos outros, sem o que o lazer na Terra ser-nos-á fator
desencadeante de tédio e delinquência e a grandeza exterior se nos erguerá em soberbo
palácio – onde prosseguiremos sofrendo a míngua de amor.
Fonte: Na Era do
Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google
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