(J. Herculano Pires)
A morte só existe para os que querem morrer. A necrofilia ou o
amor da morte – no sentido negativo da palavra – é uma doença mental e
psíquica, uma tendência mórbida de certos temperamentos, hoje bem definida em
Psicologia. Não se trata da aberração sexual a que se aplicava a palavra tempos
atrás, mas daquela “aberração da inteligência”, a que se referia Kardec, que
leva o indivíduo a negar
a sua própria capacidade de viver e de sentir a vida.
Todo aquele que gosta de destruir e se destrói a si mesmo, aniquila
as suas próprias forças vitais e mata as esperanças de vida que os outros
acalentam e defendem, é necrófilo. Sabemos que a morte não existe, porque nada
se acaba, tudo se transforma. O aniquilamento total do ser pelo simples fenômeno
da morte – um fenômeno biológico de mutação – não pode mais ser admitido por uma
pessoa ilustrada, pois o avanço atual do conhecimento positivo superou de muito
as ilusões negativas do materialismo.
Apesar dessa inegável realidade nova os necrófilos se apegam a
ideia da morte como aniquilamento total do ser. E por isso se desesperam,
entregando-se a própria destruição, apressando a própria morte “no visco de
sombra em que se enredaram”, segundo a expressão de Emmanuel. E entregando-se
ao ceticismo autodestruidor, compram a morte por antecipação, no crediário “do
desespero e das aflições inúteis”. São esses os “quase mortos” pelos quais os
“mortos”, no Dia de Finados, oram do lado de lá da vida.
Do outro lado da vida aqueles que em nossa ignorância chamamos de
mortos velam pelos “quase mortos” da Terra e pedem a Deus por eles. O
verdadeiro morto não é o que deixou o seu corpo no túmulo, mas o que se serve
do corpo para viver na Terra como um morto ambulante.
Fonte: Na Era do
Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google
Um comentário:
Uma grande verdade...Desde cedo se deveria ensinar as crianças que a vida é eterna que elas seriam sempre felizes amando a Deus. Assim se formariam adultos mais conscientes.
Um abraço.
Élys.
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