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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quinta-feira, 26 de julho de 2012

A PROGRESSIVIDADE DA REVELAÇÃO DIVINA

Há uma opinião generalizada de que, sendo a Bíblia um livro de inspiração divina, tudo o que nela se contém, de capa a capa, forma um bloco indiviso, uma unidade indecomponível, um repositório de verdades eternas, e que, rejeitar-lhe uma palavra que seja, seria negar aquele seu caráter transcendente.
                É preciso, entretanto, dar-nos conta de que entre a época em que foi escrito o Pentateuco de Moisés e aquela em que João escreveu o Apocalipse, decorreram séculos, durante os quais a Humanidade progrediu, civilizou-se e sensibilizou-se, devendo ter ocorrido, paralelamente com esse desenvolvimento, um acréscimo correspondente nos valores morais da Revelação Divina, como de fato ocorreu.
                Por outro lado, sendo o progresso constante e infinito, essa revelação, necessariamente, também deve ser ininterrupta e eterna, não podendo haver cessado, por conseguinte, com o último livro do Novo Testamento.
                Certo, sendo Deus a perfeição absoluta, desde a eternidade, sempre revelou o que é perfeito, mas os recipientes humanos da antiguidade receberam imperfeitamente a perfeita revelação de Deus, devido à imperfeição desses humanos recipientes, porquanto, o quer que é recebido, é recebido segundo o modo do recipiente. Se alguém mergulhar no oceano um dedal, vai tirar, não a plenitude do oceano, mas a diminuta fração correspondente ao pequenino recipiente do dedal. Se mergulhar no mesmo oceano um recipiente de litro, vai tirar da mesma imensidade medida maior de água. O recipiente não recebe segundo a medida do objeto, mas sim segundo a medida do sujeito. Na razão direta que o sujeito recipiente ampliar o seu espaço, a sua receptividade, receberá maior quantidade do objeto.
                Aos homens das primeiras idades, extremamente ignorantes e incapazes de sentir a menor consideração para com os semelhantes, entre os quais o único tipo de justiça vigente era o direito do mais forte, não poderia haver outro meio de sofrear-lhes os ímpetos brutais senão fazendo-os crer em deuses terríveis e vingativos, cujo desagrado se fazia sentir através de tempestades, erupções vulcânicas, terremotos, epidemias, etc, que tanto pavor lhes causavam.
                O sentimento religioso dos homens teve, pois, como ponto de partida, o temor a um poder extraterreno , infinitamente superior ao seu.
                E foi apoiado nisso que Moisés pôde estabelecer a concepção de Jeová, uma espécie de amigo todo-poderoso, que, postando-se à frente dos exércitos do povo judeu, ajudava-o em suas batalhas, dirigia-lhe os destinos, assistia-o diuturnamente, mas exigia dele a mais completa fidelidade e obediência, bem assim o sacrifício de gado, aves ou cereais, conforme as posses de cada um.
                Era como levar os homens à aceitação do monoteísmo e encaminhá-los a um princípio de desapego dos bens materiais, que tinham em grande apreço.
                O Velho-Testamento oferece-nos um relato minucioso dessa etapa da evolução humana. Vê-se, por ali que o Deus de Abraão e de Isaac é uma divindade zelosa dos israelitas, que faz com eles um pacto (Êx., 34:10), pelo qual se compromete a obrar prodígios em seu favor, mas que, ciumento, manda passar à espada, pendurar em forcas ou lapidar os que se atrevam a adorar outros deuses e, com requintes de um mestre-cuca, estabelece como preparar e executar os holocaustos em sua memória ou pelos pecados do seu povo.
                Por essa época, conquanto fossem, talvez, os homens mais adiantados espiritualmente, os judeus não haviam atingido ainda um nível de mentalidade que lhes permitisse compreender que, malgrado a diversidade dos caracteres físicos e culturais dos terrícolas, todos pertencemos a uma só família: a Humanidade.
                E porque não pudessem assimilar lições de teor mais elevado, a par das ordenações de Moisés, especificamente nacionais, que tinham por objetivo levá-los a uma estreita solidariedade racial, e regas outras, oportunas, porém transitórias, que servissem para discipliná-los durante o êxodo, receberam, também, a primeira grande revelação de leis divinas – o Decálogo – que lhes prescrevia o que não deviam fazer em dano do próximo.

Do Livro: As Leis Morais – Rodolfo Calligaris
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2 comentários:

Unknown disse...

São aulas.
Parabéns pelo blog e os dois anos de vida.
Felicidades.

Unknown disse...

PARABENS PELO BLOG É IMPORTANTE NESTA HORA A CONCIENTIZAÇÃO DE QUE SOMOS TODOS HUM !!
VISITE TAMBÉM,http://www.tecnologiaespiritismo.com. espero voce lá
paz, e luz