A consciência
Jung definiu a consciência como a relação dos conteúdos psíquicos com o ego, na medida em que essa relação é percebida como tal pelo ego.
Para entendê-la, é necessário situá-la além dos limites do sono, do sonho, do delírio, e estabelecê-la como condição de ótima ou lúcida, na qual os episódios psicóticos cedem lugar à normalidade, ao discernimento, ao equilíbrio gerador de harmonia.
A psicologia tradicional, aferrada ao organicismo ancestral, prefere ignorar os elevados níveis de consciência, nos quais os estados alterados transcendentes facultam a visão dilatada da realidade, sem os limites do real aceito, do real psicótico, do real em sonho.
As experiências nas diversas áreas de consciência alterada, conseguidas por substâncias psicodélicas ou através de meditação profunda, ao invés de revelarem situações patológicas, abrem perspectivas fascinantes para terapias liberadoras e que proporcionam dilatação do conhecimento e do sentido mais amplo da vida.
A psicologia filosófica do oriente sempre proporcionou os estados de plenitude e nirvana, ensejando a superação dos limites do estágio de normalidade, através de transes e da contemplação profunda.
A consciência adquirida — a perfeita identificação do conhecimento e do fazer, do saber e do amar — faculta a ampliação das próprias possibilidades para penetrar em dimensões metafísicas, onde outras realidades são bases do ser pessoal.
O comportamento
As atitudes que caracterizam a pessoa resultam do convívio social e das aspirações cultivadas, gerando a consciência individual, que responde pela do grupo social, face à aplicação dos valores adquiridos.
Ressaltam, no comportamento, as ambições do desejo, responsáveis pelo grau de libertação emocional, ou presídio, no qual o ser transita pelos vínculos que se permite desenvolver.
A pessoa é, acima de tudo, a sua mente. O que elabora, torna-se; quanto cultiva, experimenta.
A mente algema e libera, necessitando de austeras disciplinas para ser comandada, ao invés de ser a dominadora irredutível.
Nesse imperativo, o desejo expressa a qualidade evolutiva da pessoa, respondendo pela conduta e pelos fatores daí decorrentes.
O comportamento impõe necessidades e as expressa simultaneamente, definindo a pessoa.
Somente o autoconhecimento favorece o comportamento com as possibilidades de desenvolvimento pessoal, estruturador profundo do ser imortal.
(continua)
O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
Um comentário:
Querida amiga
Peço desculpas pela minha ausência, mas não é por esquecimento, mas sim por conta de meu novo projeto, o qual me está retirando muito tempo.
Ser esposa, mãe, amiga, dona de casa, e ainda aprendiz de escritora, não é tarefa muito fácil, requer de nós um grande equilíbrio.
Queria muito agradecer por sua presença amiga lá no meu cantinho, presença que me alegra por demais meu coração e minha vida! Muito Obrigada!
Me perdoe por alguma coisa.
Um lindo dia para você.
Abraço amigo
Maria Alice
Postar um comentário