Confundidas as sensações imediatas do prazer com as emoções emuladoras do progresso moral, o amor constitui o grande demolidor das estruturas celulares, pela força dos desejos de que se faz portador.
Certamente, referimo-nos ao amor bruto, asselvajado, possessivo, que situa no desejo a sua maior carga de aspiração.
Ocultando frustrações pertinazes e gerando mecanismos de transferência neurótica, as personalidades atormentadas aferram-se ao amor-desejo, ao amor-sexo, ao amor-posse, ao amor-ambição, deixando-se consumir pelos vapores da perturbação, que a insistência mental e insensata do gozo desenvolve em forma de incêndio voraz.
O atormentado fixa a sua identidade na necessidade do que denomina amor e projeta-se, inconscientemente, sobre quem ele diz amar, impondo-se com sofreguidão irrefreável, ou acalentando intimamente a realização do que anela, em terrível desarmonia interior. A quanto mais aspira e frui, mais exige e sofre; se não logra a realização, mais se decompõe, perdendo ou matando, com os raios venenosos da mente em desalinho, as defesas imunológicas e a vibração de harmonia mental, logo tombando nos estados enfermiços.
O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
2 comentários:
Estes desequilíbrios que erradamente chamam de amor,são os causadores das falências de quaisquer relacionamento entre os seres humanos.
Como a maioria define o amor equivocadamente, né Denise?
Bjos e bom domingo.
Calu
O amor precisa ser sereno, bem trabalhado internamente, para se externar. Não há outra forma de amar. Em tudo que há violência, é não-amor.
Excelente texto, para grande reflexão.
Um abraço, Denise. Bom domingo!
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