Em um mundo que, a cada instante, apresenta mudanças significativas,
o processo de identificação do adolescente faz-se mais desafiador, em razão das
diferenças de padrões éticos e comportamentais.
Os modelos convencionais, vigentes, para ele, são passíveis de
críticas, em
razão do conformismo que predomina, e aqueles que são apresentados trazem
muitos conflitos embutidos, que perturbam a visão da realidade, não sendo
aceitos de imediato.
Tudo, em torno do jovem, caracteriza-se por meio de formas de inquietação
e insegurança.
No lar, as imposições dos pais, nem sempre equilibrados,
direcionados por
caprichos e interesses, muitas vezes, mesquinhos, empurram o jovem, desestruturado
ainda, para o convívio de colegas igualmente imaturos. Em outras
circunstâncias, genitores irresponsáveis transferem os deveres da educação
a funcionários remunerados, ignorando as necessidades reais dos filhos,
e apresentando-se mais como fornecedores de equipamentos e recursos para
a existência, do que pessoas afetuosas e interessadas na sua felicidade, dão
margem a sentimentos de rancor ou de imediatismo contra a sociedade que
eles representam. Ademais, nas famílias conflituosas, por dificuldades financeiras,
sociais e morais ou todas simultaneamente, o adolescente é obrigado
a um amadurecimento precipitado, direcionando o seu interesse exclusivamente
para a sobrevivência de qualquer forma, em considerando a situação
de miséria na qual moureja.
Eis aí um caldo de cultura fértil para a proliferação de
desequilíbrios, expressando-se
nos mais variados conflitos, que podem levar à timidez, ao medo,
às fugas terríveis ou à agressividade, ao desrespeito dos padrões éticos que
o jovem não compreende, porque não os vivenciou e deles somente conhece
as expressões grosseiras, decorrentes das interpretações doentias que
lhes são apresentadas.
A soma de aflições que o assalta é grande, aturde-o, trabalhando a
sua mente
para os estereótipos convencionais de desgarrados, indiferentes, rebeldes,
dependentes, que encontra em toda parte, e cujo comportamento de alguma
forma lhe parece atraente, porque despreocupado e vingativo contra a sociedade
que aprende a desconsiderar.
Nesse contubérnio de observações atormentadas, a mídia, desde os primeiros
dias da sua infância, vem exercendo sobre ele uma influência marcante
e crescente.
ADOLESCÊNCIA
E VIDA
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DI ÂNGELIS
Um comentário:
Querida Denise! Obrigada pelo carinho e pelos comentários sempre tão gentis! Parabéns pelo post! Sábios ensinamentos!
Desculpe pela demora em aparecer!.... Vem comer bolo comigo.... Num dos tópicos do dia 05....
Tem post novo!
Um abençoado e feliz final de semana!
Abraço carinhoso!
Elaine Averbuch Neves
http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/
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