"Medita estas
coisas; ocupa-te nelas para que o teu aproveitamento seja manifesto a
todos." - Paulo. (I TIMÓTEO, 4:15.)
Geralmente, o primeiro
impulso dos que ingressam na fé constitui a preocupação de transformar
compulsoriamente os outros.
Semelhante propósito,
às vezes, raia pela imprudência, pela obsessão. O novo crente flagela a quantos
lhe ouvem os argumentos calorosos, azorragando costumes, condenando idéias
alheias e violentando situações, esquecido de que a experiência da alma é
laboriosa e longa e de que há muitas esferas de serviço na casa de Nosso Pai.
Aceitar a boa doutrina,
decorar-lhe as fórmulas verbais e estender-lhe os preceitos são tarefas
importantes, mas aproveitá-la é essencial.
Muitos companheiros
apregoam ensinamentos valiosos, todavia, no fundo, estão sempre inclinados a
rudes conflitos, em face da menor alfinetada no caminho da crença.
Não toleram pequeninos
aborrecimentos domésticos e mantêm verdadeiro jogo de máscara em todas as
posições.
A palavra de Paulo, no
entanto, é muito clara.
A questão fundamental é
de aproveitamento.
Indubitável que a
cultura doutrinária representa conquista imprescindível ao seguro ministério do
bem; contudo, é imperioso reconhecer que se o coração do crente ambiciona a
santificação de si mesmo, a caminho das zonas superiores da vida, é
indispensável se ocupe nas coisas sagradas do espírito, não por vaidade, mas
para que o seu justo aproveitamento sejamanifesto a todos.
Fonte: Vinha de Luz –
Chico Xavier/Emmanuel
2 comentários:
Amiga Denise, venho aqui mais uma vez para aprender com tuas postagens.
Um abraço. Tenhas uma noite de luz.
Nunca me entreguei a esses impulsos "missionários" tão comum dos que descobrem "as maravilhas" de uma nova doutrina. Nunca neguei esclarecimentos, mas nunca procurei impor minhas opiniões, achando sempre que o melhor ensinamento vem pelo exemplo. Parece ter sido o melhor comportamento.
Lembro-me de um fato ocorrido em 1979, quando, concluindo o curso de geologia, procurava imprimir o relatório de conclusão. Acertado o preço numa gráfica, posteriormente o técnico veio com uma cobrança a maior. Recusei qualquer alteração, e o técnico depois se queixava para um meu colega:
"Aquele seu colega não é muito correto, não quis pagar o custo do trabalho". Meu colega, ao inteirar-se do ocorrido, disse: "Não, meu colega tesco é "muito honesto", você é quem está errado, ajustou um preço de pois cobrou mais".
Ri-me ao saber disso, sou do tempo em que não havia gradação na honestidade, ou se é, ou não se é honesto. Mas isso indica a justeza da minha atitude de pregar pelo exemplo.
Beijos.
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