Jesus define como pobres de espírito aqueles que já
ostentam em si a humildade, virtude um tanto difícil de se obter, uma vez que
só é conseguida mediante cansativos esforços, na luta ferrenha e determinada
contra o orgulho, essa terrível chaga que nos compromete e incontáveis
prejuízos tem provocado à humanidade.
A criatura orgulhosa acredita que o mundo deva curvar-se
aos seus pés, julgando-se a mais importante de todas e que nenhum dos seus
desejos ou anseios podem deixar de ser atendidos. Sofre amargamente quando vê
frustração em suas vontades.
Carrega um incêndio no coração, pois que estrutura a
sua vida num pedestal ilusório de fantasias e ilusões, pensando enganosamente
ser muito maior do que realmente é. Não se contenta com pouco, está sempre
buscando possuir e ter mais, sempre mais, sendo insaciável em suas
necessidades.
Mantendo uma visão turva e equivocada sobre a
realidade do quotidiano, onde se coloca como o centro das atenções, o orgulhoso
alimenta valores absurdos que o conduz, com frequência, a deliberações
infelizes que são os nascedouros dos seus próprios infortúnios e também do
sofrimento dos que estão soba a sua danosa influência. Enganosamente cultiva a
certeza de que sabe muito e é superior aos outros.
Esse sentimento vil e destruidor tem sido o
responsável por tantas tragédias humanas, vitimando pessoas, famílias,
coletividades e nações, fazendo correr rios de sangue e de lágrimas e
edificando montanhas de dor e de sofrimentos, onde milhões de pessoas tem
sucumbido.
Já o homem humilde é detentor de valorosa virtude.
Despido do peso desnecessário da arrogância, do preconceito, da vaidade e da
presunção, vive desarmado e com a liberdade de quem consegue passar pela vida
como o mais fico de todos, pois que administra a sua existência visando
sobreviver com um mínimo de necessidades.
Reconhecendo o seu real valor no contexto da
humanidade, vive com simplicidade, embora não medindo esforços e dedicação
visando a superação dos seus limites. Contenta-se com o que tem e suas
conquistas são feitas de forma a não prejudicar criatura alguma.
A resignação, a fraternidade, o altruísmo e o firme
desejo de fazer sempre o bem são atributos encontrados na intimidade dos
humildes, que via de regra são cativantes, pacíficos e amáveis.
Elege sempre um clima de solidariedade para viver,
onde prioriza ações e comportamentos, buscando a valorização do bem-estar da
criatura humana.
Sente imensa satisfação ao identificar a alegria do
próximo e trabalha diuturnamente para que o seu irmão do caminho encontre a
plenitude de suas realizações e anseios.
Tendo constantemente a preocupação de servir e amar
por onde passa, consegue compreender aqueles que ainda estão seguindo na
contra-mão daquilo que é realmente belo, nobre e sublime.
Confiando plenamente no Criador, carrega a convicção
absoluta de que tudo caminha sob os olhares atentos e responsáveis de Jesus e
se dedica, ao máximo, visando contribuir com a definitiva implantação do reino
de Deus aqui na Terra.
Enquanto o orgulhoso se fecha, egoisticamente, em si
mesmo, na defesa dos seus conceitos absurdos, carregando o peso da armadura, da
insensibilidade, o humilde se expande livremente volitando nas asas da alegria
em servir ao próximo, de viver com poucas necessidades, de ser um instrumento
de paz entre os homens e de ajudar a construir um mundo mais humano, fraterno e
solidário.
Bem aventurados os pobres de espírito, disse Jesus.
Bem aventurados os humildes, os simples, os desarmados, os fraternos, os
solidários... bem aventurados os que conseguem colocar o sorriso no rosto
alheio.
Waldenir Cuin
Fonte: Jornal
Espiritismo Estudado – março/2015
imagem: google
Um comentário:
Olá, querida Denise
Gosto muito desta Vem Aventurança...
Vim trazer o seu convite pessoalmente:
http://www.idade-espiritual.com.br/2015/12/vi-interacao-fraterna-de-natal-o.html
Bjm fraterno
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