As circunstâncias não
poderiam ser piores. A ignorância predominava, triunfante, conclamando as
forças da barbaria e do crime que coroavam os arrebatados e aventureiros; a
vilania se refugiava nos redutos de aparência respeitável, onde era aceita; a
traição e a intriga se disputavam primazia; os ideais de justiça e moral jaziam
asfixiados sob o paul da licenciosidade; o povo padecia as mais duras
humilhações, entre opróbrios e misérias de toda ordem...... E a guerra decidia
a pujança do poder em que mãos deveria demorar.
O homem era examinado
pelas pegadas de sangue e lágrima que imprimia na jornada dos sucessos, e as
leis subalternas ao carro da impiedade compactuavam com os poderosos que se
alçavam à dominação arbitrária. As paisagem políticas ultrajadas pela desídia
dos "cabos de guerra", que se sucediam, intempestivos, deixavam
marginalizados os fracos e os humildes que nada representavam no cômputo social
vigente. Vendê-los, extraditá-los, puni-los
com a morte era direito natural dos
governantes, que assim libertavam, de quando em quando, a economia do Estado,
da desagradável canga. Em tais circunstâncias nasceu Jesus! Mergulhou na
convivência dos homens, tendo como albergue modesta habitação de animais, ante
a majestade da noite coroada de gemas estelares, enquanto os favônios varriam,
perfumados, os arredores bucólicos da natureza em festa. E se espraiou num
oceano de amor entre os esquecidos, desprezados e perseguidos. Consciente da
Justiça Divina, inaugurou o período da esperança, disseminando os valores da
saúde espiritual com que renovou a Humanidade, tendo os olhos voltados para o
futuro. Nunca se queixou nem receou. Carregou o fardo das dores em incomparável
silêncio e resignação. Tomou das coisas simples e teceu a túnica da vitória
para os que lutassem valorosos e humildes, sem cansaço, até o fim. Atendeu a um
príncipe - e o convidou ao Reino, propondo-lhe a humildade. Escutou um jovem
rico - e concitou-o à renúncia total a fim de alcançar o Reino. Atendeu a um
cobrador de impostos - e estimulou-lhe a generosidade com que lobrigaria chegar
ao Reino. No entanto, todos aqueles aos quais concedeu entrevistas, com
exceção, uma que outra vez, eram os pecadores, convencionalmente denominados a
ralé da sociedade em cujo bojo se guardam infelizes de muitas características...
E ninguém igual a Ele! Recordando que estes são dias em que as circunstâncias
evocam aquelas já passadas, faze uma pausa na alucinação que campeia
avassaladora, facultando que nasça ou renasça no reduto do teu espírito o sêmen
sublime do amor, em nome do Amor de todos os Amores que, não obstante ter vindo
há quase vinte séculos, se demora ignorado, apesar de ter o nome insculpido no
frontespício da História, enunciado frequentemente, porém sem a tônica da Sua
lição viva, que ainda não foi legitimamente propagada, nem distribuída mediante
os exemplos que clarifiquem a noite sombria que pesa sobre a coletividade
hodierna.
Abre, assim, o
coração e a mente a Jesus, deixando que neste Natal Ele celebre por teu
intermédio a epopeia festiva da paz, no meio em que estás convidado a servir,
colocando, desde agora, mas em definitivo, alicerces do amanhã feliz que todos
aguardamos, como início da era que Ele anunciou e viveu.
Celeiro de Bênçãos – Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google
Aos amigos virtuais meus desejos de Feliz Natal e um 2016 repleto de bênçãos. Voltaremos a partir do dia 04/01/2016.
3 comentários:
Feliz Natal Denise.
Tudo de Bom.Beijos.
Olá amiga. Feliz Natal e uma Ano Novo cheio de grandes realizações. Bjs.
Olá, querida Denise
Gostei do final: não só anunciou, como viveu... perfeito!
Bjm natalino
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