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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

LEI DE JUSTIÇA, AMOR E CARIDADE - As Paixões II


Muito natural o nosso desejo de preparar dias melhores para nós e a nossa família, bem assim as lutas a que nos entregamos e os sacrifícios que nos impomos, visando a tal objetivo. Todavia, é preciso que essa preocupação pelo futuro não ultrapasse os limites do razoável, para que não se converta em obsessão.
                A recreação, por outro lado, é uma exigência de nossos espírito, e os entretenimentos ocasionais valem por excelentes fatores de higiene mental. Infelizes, no entanto, os que, seduzidos pelas emoções de uma partida de baralho ou de víspora, pelo lucro fácil de um lance na roleta, ou quejandos, se deixem dominar pelo jogo! A desgraça não tardará a abatê-los, como abatidos tem sido todos quantos se escravizam a essa terrível viciação.
                Calor excessivo ou frio intenso podem forçar-nos , vez por outra, a um refrigerante gelado ou a uma dose alcoólica, com o que nos dessedentamos, ou nos reconfortamos gostosamente. Mas todo cuidado será ouço para não descambarmos para a bebedice, pois seus malefícios, provam-no as estatísticas, assumem características de verdadeiro flagelo social.
                Todos nós sentimos necessidade de dar e receber carinho, já que ninguém consegue ser feliz sem isso. É de todo conveniente, entretanto, repartir nosso afeto com os que pertencem ao nosso afeto com os que pertencem ao nosso círculo familiar, estendê-lo a amigos e outros semelhantes, evitando concentrá-lo em uma só pessoa, fazendo depender unicamente dela o nosso interesse pela vida, pois, ao perder esse alguém, poderemos sofrer um golpe doloroso demais para ser suportado sem perda do equilíbrio espiritual.
                Não há quem não deseje autoafirmar-se, mediante a realização de algo que corresponda às suas tendências dominantes, e daí porque alguns se atiram, com inusitado entusiasmo, a determinados estudos, outros se empolgam na  procura ou no apuramento de uma nova técnica com que sonham projetar-se na especialidade de sua predileção, e outros ainda descuidam de tudo e de todos para devotar-se, inteiramente, às atividades artísticas ou científicas que os abrasam. Importa, porém, acautelar-nos com o perigo do monoideísmo, responsável por neuroses ou insânias de difícil recuperação.
                Como se vê, o princípio das paixões nada tem de mau, visto que assenta numa das condições providenciais de nossa existência, podendo inclusive, em certos casos e enquanto governadas, levar o homem a feitos nobilitantes.
                Todo mal reside no abuso que delas se faz.
                Urge, portanto, que, na procura do melhor, do que nos traga maior soma de gozo, aprendamos a respeitar as leis da vida, para que elas, inexoráveis como são, não se voltem contra nós, compelindo-nos a penosos processos de reajuste e reequilíbrio.

Do Livro: As Leis Morais – Rodolfo Calligaris


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Um comentário:

Anônimo disse...

Carinho tem que ser divido mesmo,amiga Denise.

Pode_se tê-lo também por quem estamos apaixonadas (os).Aliás,creio ser fundamental.

Lindo texto.

Bjs e uma semana de Paz!

Donetzka