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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


domingo, 20 de janeiro de 2013

LEI DE JUSTIÇA, AMOR E CARIDADE - Esmola e Caridade I


Esmola e caridade são tas, por alguns, como uma só e mesma coisa, enquanto para outros a primeira seria apenas uma faceta da segunda, ou melhor, uma de suas múltiplas manifestações.
                Por outro lado, há quem considere a esmola um constrangimento para aquele que a dá e uma humilhação para o que a recebe, negando, assim, seu caráter filantrópico.
                Do ponto de vista espírita, pode haver: esmola sem caridade, esmola com caridade e caridade sem esmola, dependendo tudo dos sentimentos que acompanhem ou inspirem o modo de agir das criaturas.
                Conceituemos, esmola, é a coisa que se dá, enquanto caridade é essencialmente amor, não amor na os mesmos (egoísmo), mas amor ao próximo (altruísmo).
                Dentre as esmolas sem caridade incluem-se as doações arrancadas contra a vontade, por injunções a que, a pesar seu, a vítima não pode resistir nem esquivar-se; os auxílios dados com fins propagandísticos, seja para fazer cartaz em períodos preeleitorais, seja para exaltação da própria personalidade, visando a granjear fama de sento ou de benemérito; os donativos feitos com total indiferença pala sua aplicação, assim como quem atira fora a ponta de seu charuto, etc.
                As esmolas com caridade, a seu turno, compreendem uma escala progressiva de mérito, não evidentemente em função do quantum distribuído, mas sim dos estados de ama, que lhes sejam intrínsecos. Em outras palavras, isto quer dizer que a esmola será tanto mais meritória aos olhos de Deus quanto mais puro seja o seu conteúdo caritativo, isto é, quanto mais às escondidas seja feita, quanto mais delicadeza encerra, quanto mais abnegação expresse e quanto menos vergonha cause a quem a recebe.
                No primeiro degrau situam-se os óbolos concedidos de boa vontade, quando solicitados, esperando os doadores provas de gratidão dos infelizes aos quais favoreceram.
                No segundo, as esmolas da mesma espécie, cujos autores, conquanto não contem com a gratidão imediata dos homens, tem como certo tornarem-se merecedores do mparaíso por causa delas.
                No terceiro, as espontâneas, porém não na justa medida dos recursos de que disponha o esmoler.
                No quarto, as dadas com alegria e em acordo com as possibilidades de quem as dá, mas de forma que o favorecido saiba a procedência do favor recebido.
                No quinto, idem, mas já sem que o beneficiado tenha conhecimento de quem seja o seu benfeitor.
                No sexto, aquelas que se realizam em absoluto anonimato e de maneira tal que nem o dispensador de benefícios conheça individualmente seus beneficiários, nem estes possam identificar o filantropo que os ajuda.
                No sétimo, aquelas que, ao invés de simplesmente socorrer os pobres, os enfermos, enfim, os necessitados de todos os matizes, concorram para eliminar a pobreza, a enfermidade e os demais aspectos da miséria humana, ensejando novas e mais amplas oportunidades de educação e trabalho, elevando física, mental, espiritual e socialmente os párias de todo mundo, para que se promovam, sintam-se gente como nós e experimentem, cada vez mais, a alegria de viver.
                A caridade sem esmola, consiste no cultiva das virtudes cristãs, que são filhas od amor, havendo para todos inúmeras formas de exercitá-las.
                Do nababo ao mendigo, ninguém há que, no pleno gozo de suas faculdades, não possa prestar um serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento físico ou moral, fazer um esforço útil.
                Podendo, como pode, o ouro amoedado, transformar-se em toda sorte de bens  utilidades de consumo é, sem dúvida, um precioso elemento de que a caridade sói lançar mãos nas tarefas do bem; nem sempre, entretanto, é ele o recurso mais apropriado para estancar lágrimas, curar feridas e dirimir aflições, pois qualidades do coração valem mais ou operam melhor que todas as riquezas materiais.

Do Livro: As Leis Morais – Rodolfo Calligaris


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Um comentário:

Marlene disse...

bom dia amiga Denise que texto maravilhoso amiga que me enche a alma de alegria e paz parabens por esta linda postagem,que nos oferece um aprendizado verdadeiro claro e profundo um abraço boa semana muita paz e amor com carinho marlene