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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

LEI DE JUSTIÇA, AMOR E CARIDADE - Esmola e Caridade II


Escusam-se muitos de não poderem ser caridosos, alegando precariedade de bens, como se a caridade se reduzisse a dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus e proporcionar um teto aos desabrigados.
                Além dessa caridade, de ordem material, outra existe – a moral, que não implica o gasto de um centavo sequer e, não obstante, é a mais difícil de ser praticada.
                Várias circunstâncias poderiam ser lembradas em que, uma amizade sincera, um gesto fraterno ou uma simples demonstração de simpatia, seriam expressões inequívocas da maior de todas as virtudes.
                Nós, porém, quase não nos apercebemos dessas oportunidades que se nos apresentam, a todo instante, para fazermos a caridade.
                É porque esse tipo de caridade não transpõe as fronteiras de nosso mundo interior, não transparece, não chama a atenção, nem provoca glorificações.
                Nós traímos, empregamos a violência, tratamos os outros com leviandade, desconfiamos, fazemos comentários de má fé, compartilhamos do erro e da fraude, mostramo-nos intolerantes, alimentamos ódios, praticamos vinganças, fomentamos intrigas, espalhamos inquietações, desencorajamos iniciativas nobres, regozijamo-nos com a impostura, prejudicamos interesses alheios, exploramos os nossos semelhantes, tiranizamos subalternos e familiares, desperdiçamos fortunas no vício e no luxo, transgredimos, enfim, todos os preceitos da caridade, e, quando cedemos algumas migalhas do que nos sobra ou prestamos algum serviço, raras vezes agimos sob a inspiração do amor ao próximo; via de regra fazemo-lo por mera ostentação, ou por amor a nós mesmos, isto é, tendo em mira o recebimento de recompensas celestiais.
                Quão longe estamos de possuir a verdadeira caridade!
                Somos, ainda, demasiadamente egoístas e miseravelmente desprovidos do espírito de renúncia para praticá-la.
                Mister se faz, porém, que a exercitemos, que aprendamos a dar ou sacrificar algo de nós mesmos em benefício de nossos semelhantes, porque “a caridade é o cumprimento da Lei.”

Do Livro: As Leis Morais – Rodolfo Calligaris


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3 comentários:

Dilmar Gomes disse...

Muito bom, amiga Denise. Eu acrescentaria à lista de pretensas dificuldades, ditas no início do texto, no caminho daquelas pessoas que afirmam não fazer caridade por falta de condições, as justificativas de que não praticam a caridade porque não sabem como fazer. Algumas até dizem, gostaria tanto de fazer a caridade, mas não sei por onde começar...
Um abraço. Tenhas uma linda semana.

Élys disse...

Uma página belíssima plena de verdades.
Beijos.

Go Artes disse...

Denise querida,
como é gostoso e salutar essa visita que fazemos aqui, sempre encontrando, uma lição, uma luz para nosso caminhar em direção a nossa elevação moral.
Estava com saudade de vir aqui e aprender tanto.

Xerocas carinhosas e uma semana iluminada pra ti!
Go