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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 14 de junho de 2013

CONSCIÊNCIA ÉTICA II


Por sua vez, o fenômeno da autoconsciência consiste no conhecimento lógico do que fazer e como executá-lo, sem conceder-lhe demasiada importância, que se transforme numa obsessão, pela minudência de detalhes e face ao excesso de cuidados, correndo o risco do lamentável perfeccionismo. Ele resulta de uma forma de dilatação do que se sabe, de uma consciência vigilante e lúcida do que se realiza, expandindo a vida e, como efeito, graças ao dinamismo adquirido, sentir-se liberado de tensões, fora de conflitos. Esta conquista de si mesmo enseja maior soma de realizações, mais amplo cam­po de criatividade, mais espontaneidade.
A introspecção ajuda-o, por ser o processo de conduzir a atenção para dentro, para a análise das possibilidades ínti­mas, para a reflexão do conteúdo emocional e a meditação que lhe desenvolva as forças latentes. Desse modo, não pode afastar o homem para lugares especiais, ou favorecer com­portamentos exóticos, desligando-se do mundo objetivo e caindo em alienação.
Vivendo-se no mundo, torna-se inevi­tável vencer-lhe os impositivos negativos, tempestuosos das pressões esmagadoras. Diante dos seus desafios, enfrentá-los com natural disposição de luta, não alterando o comporta­mento, nem o deixando estiolar-se.
É muito comum a atitude apressada de viver-se emocio­nalmente acontecimentos futuros que certamente não se da­rão, ou que ocorrerão de forma diversa da que a ansiedade estabelece. As impressões do futuro, como conseqüência de tal conduta, antecipam-se, afligindo, sem que o indivíduo viva as realidades do presente, confortadoras.
Para esta conduta ansiosa Jesus recomendava que “a cada dia baste a sua aflição”, favorecendo o ser com o equilíbrio para manter-se diante de cada hora e fruí-la conforme se apresente.
A introspecção cria o clima de segurança emocional para a realização de cada ação de uma vez e a vivência de cada minuto no seu tempo próprio. Ajuda a manter a calma e a valorizar a sucessão das horas. O homem introspectivo, to­davia, não se identifica pela carranca, pela severidade do olhar, pela distância da realidade, tampouco pela falsa superiorida­de em relação às outras pessoas.
Tais posturas são formalis­tas, que denunciam preocupação com o exterior sem contri­buição íntimo-transformadora. Antes, surge com peculiar lu­minosidade na face e no olhar, comedido ou atuando confor­me o momento, porem sem perturbar-se ou perturbar, trans­mitindo serenidade, confiança e vigor. A introspecção torna-se um ato saudável, não um vício ou evasão da realidade.
À medida que o homem se penetra, mais amadurece psi­cologicamente, saindo da proteção fictícia em que se escon­de — dependência da mãe, da infância, do medo, da ansieda­de, do ódio e do ressentimento, da solidão — para assumir a sua identidade, a sua humanidade.
As ações humanistas são o passo que desvela a consciên­cia ética no indivíduo que já não se contenta com a experiên­cia do prazer pessoal, egoísta, dando-se conta das necessida­des que lhe vigem em volta, aguardando a sua contribuição.
Paira nele uma compreen­são dos reais valores, que o propele a avançar sem timidez, sem pressa, sem temor. A sua se transforma em uma existên­cia útil para o meio social, tornando-se parte ativa da comu­nidade que passa a servir, sem autoritarismo nem prejuízo emocional para si mesmo ou para o grupo.
A consciência ética é a conquista da iluminação, da luci­dez intelecto-moral, do dever solidário e humano. Ela pro­porciona uma criatividade construtiva ilimitada, que conduz à santificação, na fé e na religião; ao heroísmo, na luta cotidi­ana e nas batalhas profissionais; ao apogeu, na arte, na ciência, na filosofia, pelo empenho que enseja em favor de uma plena identificação com o ideal esposado.


Do livro: O Homem Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis


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2 comentários:

Dilmar Gomes disse...

Amiga Denise, passando por aqui para aprender com teu post.
Um abraço. Tenhas um lindo fim de semana.

tesco disse...

Está comum atualmente, dizer-se que o homem está "mais animal que os animais", mas isso não tem razão de ser. O animal não tem esse princípio a que chamamos consciência, pelo menos, não desenvolvido ao ponto do que tem o homem.
Quando o homem se brutaliza e mostra um compartamento que rivaliza o dos animais, não deixa de ter consciência, apenas, momentaneamente, deixa que os instintos a sobrepujem. Mas ela voltará ao comando e, com ela, as consequências, pois que a responsabilidade sobre seus atos não é algo passageiro: O homem chegou a um estágio em que esta já faz parte do seu ser.
Que a ética domine, cada vez mais esta consciência, é a nossa meta.
Beijos.