Os
amadurecidos atingiram um bom nível de relacionamento consigo mesmos e,
consequentemente, com os outros; por isso resolvem facilmente tanto os
conflitos internos como os externos. Dessa maneira, assumem as
responsabilidades que lhes competem e estão despertos para a realidade.
A
fase primordial da vida se inicia na total inconsciência e, a partir de então,
o princípio inteligente progride de maneira gradativa e constante rumo a uma
cada vez maior consciência de si, isto é, à crescente iluminação de suas
faculdades e atividades íntimas. As criaturas começam a notar primeiramente os
princípios que lhes parecem vir de fora e, depois, no decorrer de seu progresso
espiritual, percebem que tudo se encontra em sua intimidade. Não é o mundo que
se transforma; o que acontece é que elas mudam de níveis de consciência,
alterando o mundo em si mesmas.
Em
virtude disso, o emérito pensador e escritor espírita Léon Denis resumiu e
estruturou, de modo coerente e homogêneo, que o psiquismo dorme no mineral,
sonha no vegetal, sente no animal, pensa no hominal e, por fim, que ele atinge
vasta habilidade intuitiva na fase angelical, dando prosseguimento a seu
processo evolutivo pelo universo infinito.
A
proposta do despertar das almas é antiqüíssima e é encontrada em diversas
passagens do Novo Testamento. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Efésios, assim
se reporta: “Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos...”
Despertar,
entretanto, é condição inadiável para que atinjamos as verdades transcendentes,
reavivando em nós a consciência para os objetivos essenciais da eternidade.
Todos
os esforços da criatura servem a um único objetivo: torná-la mais consciente,
isto é, ampliar o seu próprio modo de ver as
coisas. Não nos esqueçamos, pois, de que a evolução de nossas almas nada
cria de novo; o que ela faz é melhorar, progressivamente, nossa visão sobre
aquilo que sempre existiu.
Sobre
essa questão, os espíritos superiores asseveram, a alteração no rumo dos
acontecimentos, provocada pelo homem, pode dar-se “se essa aparente mudança na
ordem dos fatos tiver cabimento na sequência da vida que ele escolheu”.
Portanto, não poderá haver maturidade de vivencial sem que o indivíduo se
conscientize plenamente de seu livre-arbítrio e de que tudo o que sofre, goza,
percebe e experimenta nada mais é do que o reflexo de si mesmo.
Do livro: As Dores da
Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
Um comentário:
Amiga Denise, passando por aqui para aprender. Um abraço.
Tenhas uma linda semana.
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