A crítica nociva é característica de indivíduos que
não realizam nada de importante, não enfrentam desafios nem se arriscam a
mudanças. Ficam sentados, observando o que as pessoas dizem, fazem e pensam
para, depois, filosofar improdutivamente sobre as realizações alheiras, usando
suas elucubrações dissociadas do equilíbrio. As discordâncias são perfeitamente
saudáveis e normais, desde que estejam fundamentadas em fatos concretos e não
nos vapores das suposições ou das projeções da consciência.
Há quem diga que a crítica é profissionalizada, por
ser um meio fácil e rentável para destacar os incapazes e inabilidosos, tornando-os
pessoas importantes e formidáveis. Porém, não por muito tempo.
Os verdadeiros realizadores deste mundo não tem tempo
para censuras e condenações, pois estão sempre muito ocupados na concretização
de suas tarefas. Ajudam os fracos e inexperientes, ensinando os que não são
talentosos, em vez de maldizê-los.
A crítica pode ser construtiva e útil cada um de nós
pode, livremente, optar entre o papel de ironizar e o de realizar.
A crítica pode ser empregada como forma de
inocentar-nos da responsabilidade de nossa própria ineficiência e de atribuir
nossas frustrações e fracassos aos que, realmente, são criativos e originais.
(continua)
Do livro: As Dores da
Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed
Nenhum comentário:
Postar um comentário