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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


terça-feira, 2 de julho de 2013

GENERALIDADES SOBRE OS ANIMAIS

Eu tenho um hábito de recolher animais que vejo na rua, moro em um apartamento pequeno e os vizinhos reclamam do barulho que fazem, mas não consigo deixar de cuidar deles quando vejo algum animal perdido. Será que isso é normal? Será que sou maluca?
            As pessoas que alcançaram o entendimento de que os animais são seres que pensam, sentem e sofrem, desejam profundamente tirá-los de situações de sofrimento, pois são capazes de se verem no lugar deles e gostariam que todos sentissem o mesmo que ela. No entanto, nem todos tem esta sensibilidade e compaixão pelos animais, por isso não compartilham do mesmo ponto de vista. Ao contrário do que gostaríamos e esperamos das pessoas, alguns agem de modo crítico, classificando os que agem em favor dos animais como desequilibrados mentais ou fanáticos ou outras classificações pejorativas. Entretanto, essa compaixão não deve ser o objetivo de vida da pessoa, pois nosso mundo é imperfeito e não deve ser corrigido por uma única pessoa. Não podemos consertar o mundo, que nós mesmos deixamos assim. Se fizermos o que estiver dentro de nossos limites e possibilidades, que não causem desequilíbrios emocionais reais ou problemas com os familiares, estaremos fazendo bastante. Vivemos neste mundo onde o amor ao próximo está em via de se consolidar, requer ainda que os exemplos sejam o motor que fará com que as pessoas acordem para essa realidade, mas o exemplo precisa ser necessariamente de equilíbrio. Se nos tornarmos recolhedores compulsivos de animais que encontram os nas ruas, certamente não seremos bons exemplos às pessoas que talvez tenham o potencial para nos seguir.
            Isso vale não somente em relação ao assunto que discorremos, mas em relação a tudo na vida, pois o equilíbrio de pensamentos e atos é de importância vital. Todos os excessos são prejudiciais. Podemos dizer que colher animais abandonados é um ato louvável, mas desde que se faça de modo consciente e dentro do limite de nossas possibilidades.

Fonte: A Espiritualidade dos Animais – Marcel Benedeti


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