O problema da queixa é que ela vai construindo uma
personalidade naquele que usa da lamentação, como uma máscara sobre sua postura
natural.
Com o passar do tempo se permanecemos fazendo uso da
queixa, ela é incorporada pela nossa postura natural que passa a ser queixosa.
Uma vez que absorvemos a lamentação em nosso
patrimônio comportamental ela, a queixa, começa a se exteriorizar através de
nossos pensamentos e nossas palavras, passando assim a ser nossa característica
pessoal, nossa marca.
Este processo é perigoso pelo fato de que muitas
vezes ele ocorre de maneira inconsciente, por automatismo. Reclamamos seguidas
vezes, independente de termos razão ou não, e o que inicialmente é uma escolha
ou um ato involuntário, torna-se um hábito.
Desde a antiguidade, Sócrates asseverava de que somos
escravos do hábito pelo fato de que ficamos presos àquilo que fazemos repetidas
vezes.
Por este fato, constantemente, aquele que reclama da
vida ou das situações impostas por ela, não percebe que age assim pois reclamar
passa a ser uma segunda natureza do indivíduo.
Geralmente quando alguém diz a outra pessoa que ela
reclama muito, que queixar-se passou a ser comum nas suas expressões, ela
assusta-se crendo ser absurda tal situação.
A reclamação é sempre uma surpresa àquele que a
possui e que acabou por condicionar-se a ela.
Do livro: Terapia
Antiqueixa – Roosevelt Andolphato Tiago
Um comentário:
Olá, querida Denise
O problema também é o tempo que perdemos de viver bem e deixar viver os demais...
Bjm de paz e bem
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