Direito e justiça
deveriam ser sinônimos perfeitos, ou seja, deveriam expressar a mesma virtude,
pois, se aquele significa o que é justo, esta se traduz por conformidade com o
direito.
Lamentavelmente,
porém, aqui na Terra, direito e justiça nem sempre se correspondem, porque,
ignorando ou desprezando a Lei de Deus, outorgada para a felicidade universal,
a justiça humana há feito leis prescrevendo como direitos umas tantas práticas
que favorecem apenas os ricos e poderosos, em detrimento dos pobres e dos
fracos, o que implica tremenda iniqüidade, assim como há concedido a alguns
certas prerrogativas que de forma nenhuma poderiam ser generalizadas,
constituindo-se, por conseguinte, em privilégios, quando se sabe que todo
privilégio é contrário ao direito comum.
Ora,
esses modos de agir, conquanto baseados na jurisprudência terrena, não se
harmonizam com a verdadeira justiça, a justiça natural, que o divino mestre
Jesus sintetizou na máxima: Tudo o que vós quereis que os homens vos façam,
fazei-o também vós a eles (Mat. 7:12).
Se
aplicássemos em nossas relações sociais, em toda e qualquer circunstância,
jamais erraríamos. Ninguém deseja para si senão o que é agradável, bom e útil;
assim, se cada qual procedesse com seus irmãos de conformidade com aquela
regra, é evidente que só lhes faria o bem, resultando da a extinção do egoísmo,
que é a causa mater de quase todos os atritos e conflitos que infelicitam a
humanidade.
Em
todos os tempos e sob o império de todas as crenças o homem sempre se esforçou
para que prevalecesse o seu direito pessoal. A sublimidade da religião cristã
está em que ela tomou o direito pessoal por base do direito do próximo.
Talvez
nos digam que se os homens atribuírem a si mesmos, indistintamente, iguais
direitos, a hierarquia de poderes será desfeita e então o caos, e não a ordem,
é que prevalecerá no complexo social.
Respondemos
com as vozes do Alto:
“Os
direitos naturais são os mesmos para todos os homens, desde os de condição mais
humilde até os de posição mais elevada. Deus não fez uns de limo mais puro do
que o de que se serviu para fazer os outros, e todos, aos seus olhos, são
iguais. Esses direitos são eternos. Os que o homem estabeleceu perecem com as
suas instituições. Demais, cada um sente bem a sua força ou a sua fraqueza e
saberá sempre ter uma certa deferência para com os que a mereçam por suas
virtudes, é importante acentuar isto, para que os que se julgam superiores
conheçam seus deveres, a fim de merecer essas deferências. A subordinação não
se achará comprometida, quando a autoridade for deferida á sabedoria”. (Livro
dos Espíritos q. 878)
Com
efeito, não há razão para temer-se que o reconhecimento da igualdade dos homens
possa prejudicar a organização social.
À
medida que os homens progridem em moralidade, melhores concepções vão tendo
acerca de tudo, de sorte que, quando o cristianismo se haja implantado, de
verdade, em cada coração, o direito e a justiça confundir-se-ão finalmente,
fundamentando-se numa só norma: ama a teu próximo como a ti mesmo, pois em tal
consiste toda a Lei e os Profetas.
Do Livro: As Leis Morais – Rodolfo Calligaris
Um comentário:
MARAVILHOSO,DENISE.
DIREITO E JUSTIÇA SEMPRE JUNTOS.
E O ESPÍRITO APRIMORARÁ.
TOMARA QUE COM MUITOS.
ÓTIMO FIM DE SEMANA,AMIGA.
PAZ PROFUNDA.
BJS
DONETZKA
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