Como efeito, os maus exemplos favorecem a desonestidade,
discreta e pública, dos membros esfacelados do organismo social enfermo,
preparando os bolsões de miséria econômica, moral, com todos os ingredientes
para a rebelião criminosa, o assalto a mão armada, o apropriamento indébito dos
bens alheios, a insegurança geral. O que se nega em compromisso de direito, é
tomado em mancomunação da força com o ódio.
Mesmo os valores espirituais do homem se apresentam em
crise. Nas várias escolas de fé espocam a rebelião, as disputas lamentáveis, a
maledicência ácida ou o distanciamento formando quistos perigosos no corpo
comunitário.
O homem apresenta-se doente, e a sociedade, que lhe é o
corpo grupal, encontra-se desestruturada em padecimento total.
As crises gerais, que procedem da insegurança individual,
são, por sua vez, responsáveis por mais altas e expressivas somas de
desconforto, insatisfação, instabilidade emocional do homem, formando um
círculo vicioso que se repete, sem aparente possibilidade de arrebentar as
cadeias fortes que o constituem.
Vitimado por sucessivos choques desde o momento do parto,
quando o ser é expulso do
claustro materno, onde se encontrava em segurança, este enfrenta, desequipado,
inumeráveis desafios que não logra superar. Chegando a idade adulta, ei-lo
receoso, desestruturado para enfrentar a maquinaria insensível dos dias
contemporâneos, em que a eletrônica e a robótica são conduzidas, porém,
avançam, tomando o controle da situação e, lentamente, reduzindo-o a observador
das respostas e imposições digitadas, apertando ou desligando controles e
submetendo-se aos resultados preestabelecidos, sem emoção, sem participação
pessoal nos dados recolhidos.
O que o amor poderia realizar posteriormente e a educação
lograr em forma de psicoterapia, ficam, à margem, sob os cuidados de pessoas
remuneradas, sem envolvimento emocional ou interesse pessoal, produzindo
marcas profundas de abandono e
solidão, que ressurgirão como traumas danosos no desenvolvimento da
personalidade.
A par dos fatores sóciomesológicos, outras razões são preponderantes
na área do comportamento inseguro, que são aquelas que procedem das
reencarnações anteriores, malogradas ou assinaladas pelos golpes violentos que
foram aplicados pelo Espírito em desconcerto moral.
Assinalando com rigor a manifestação da afetividade tranqüila
ou desconfiada, aquelas impressões são arquivadas no inconsciente profundo,
graças aos mecanismos sutis do perispírito. O homem é um ser inacabado, que a atual existência
deverá colaborar para o aperfeiçoamento a que se encontra destinado.
Faltando-lhe os recursos favoráveis ao ajustamento, torna-se uma peça mal
colocada ou inadaptada na complexidade da vida social, somando à sua a
insegurança dos outros membros, assim favorecendo as crises individuais e
coletivas.
(continua)
Do livro: O Homem
Integral – Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis
Um comentário:
Olá Denise.
Que a Paz esteja contigo e com os teus.
Gostei de ler o post. Uma pergunta: tens livros em PDF de Divaldo Franco?
Obrigada.
Beijinhos,
Cris Henriques
http://oqueomeucoracaodiz.blogspot.com
http://jakeemary.blogspot.com
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