- * - * - * - * - * - * - * - * - * - * -

- * - * - * - * - * - * - * - * - * - * -
Daisypath - Personal pictureDaisypath Anniversary tickers

CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

PRAZER E GOZO II


Na fase dos sentidos, o gozo se transforma de­pois de fruido em insatisfação, ansiedade ou depres­são; no período dos sentimentos, o prazer derrapa em paixões possessivas, que dão margem a tragédias e angústias logo estejam saciados; no ciclo idealista, religioso, transcendental, a busca transpessoal fo­menta a autodescoberta, a auto-realização, a auto-doação, em serviços desinteressados de libertação do ego e participação na vida, individual como coleti­va, dos seres, da vida, da Terra.
Essa busca é diferente da ambição de ser virtuo­so, na qual mascara o ego e apresenta-o, entregando-se a macerações que ocultam gozos patológicos ou a narcisismos, em mecanismos de evasão da realidade para planos egóicos, masoquistas-exibicionistas, com aparência de humildade e renúncia. Quando reais, essas expressões de virtude são ignoradas pelo pró­prio candidato em quem são naturais, sem os condi­mentos do prazer embutidos na fuga psicológica que as falseiam.
Para que a identificação do indivíduo com a sua busca de serviço seja legítima, há uma perfeita união com o self, de tal forma que não haverá diferença entre dar e receber, amar e ser amado, viver e morrer... Apressadamente, há quem afirme que a felicida­de tem a ver com o princípio freudiano do prazer, e que através desse comportamento se poderiam satisfazer as necessidades e evitar a dor. Não obstante, a dor não pode ser evitada. Considerá-la como um fenômeno natural do processo de evolução, encarando-a como instrumento de promoção do ser em relação à vida, eis uma forma eficaz de lograr a alegria, superando os seus mecanismos desgastantes e as ocorrências de­generativas, que não compreendidos e aceitos com equilíbrio conduzem à infelicidade.
Da mesma maneira, a felicidade não se radica na satisfação de qualquer desejo do ego, porquanto, após satisfazê-lo, manifesta-se com veemência, gerando ansiedade e desconforto.
Surge então a compreensão transpessoal da existência, e o desejo egóico cede lu­gar à aspiração espiritual, a uma busca mais profun­da, desidentificada com os condicionamentos passados com pessoas e coisas. Provavelmente, nessa bus­ca surgirão o sofrimento, o desconforto, que irão ce­dendo lugar à harmonia e ao bem-estar, a medida que se alcancem as bases objetivadas da realização pleni­ficadora. Lentamente desaparece a frustração da vida cotidiana, alargando-se o campo do idealismo e da identificação com a deidade, mediante afirmação reli­giosa ou, com o eu profundo, em manifestação psico­lógica. A princípio, o caminho da busca se afigura es­curo qual um túnel, cuja claridade está distante, mas que se torna maior quanto mais se lhe acerca da saí­da. Essa busca, qual ocorre com qualquer outra, é rea­lizada com a mente, que deve solucionar as dificuldades, à proporção que se apresentem, eliminando o sofrimento perturbador, tratando-se de um contínuo e lúcido trabalho interno.

(continua)

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis


x_3c9af347

2 comentários:

Anônimo disse...

Ame a vida e os bons amigos, pois a vida é curta e os bons amigos são poucos.
Te desejo um ótimo fim de semana beijinhos.

Dilmar Gomes disse...

Pois amiga Denise, infelizmente, a mídia, o sistema de educação, o aparelho propagador dos bens de consumo, incitam o indivíduo ao desfrute do prazer a qualquer custo.
Um abraço. Tenhas um ótimo fim de semana, envolto de paz.