O sentido,
o significado da vida centra-se na busca e no encontro da felicidade.
Constitui o mais frequente desafio existencial responsável pelas contínuas
realizações humanas. A felicidade, por isso, torna-se difícil de ser lograda e,
não raro, muito complexa, diferindo de conteúdo entre as pessoas em si mesmas
e os grupos sociais. Confundida com o prazer, descaracteriza-se, fazendo-se
frustrante e atormentadora.
A visão da felicidade é sempre
distorcida, levando o indivíduo a considerar que, quando não se encontra
feliz, algo não está bem, o que é uma conclusão incorreta.
O sonho
humano da felicidade é róseo, assinalado pelo conforto, o ócio e o poder, graças aos quais se
desfrutaria de bem-estar e gozo, inadvertidamente considerados o seu logro.
Certamente as pessoas ricas
dispõem, em quantidade, de horas assim vividas, sem que se hajam considerado
felizes, mas antes se encontrado tediosas, e o tédio é, sem dúvida, um dos seus
grandes opostos, em cujo bojo fermentam muitas desgraças.
A felicidade se expressa mediante
vários requisitos, entre outros, os de natureza cultural, atavismo que lega ao
indivíduo o meio social de onde se origina e no qual se encontra, de nível de
consciência e de maturidade psicológica.
Esses fatores estabelecem as
diferenças de qualidade do que é ser feliz, face às variações que impõem nos
grupos e nos seres humanos, demonstrando que as aspirações de uns nem sempre
correspondem às de outros.
O nível de consciência e o
amadurecimento psicológico estabelecem os graus nos quais se expressa, as
realizações plenificadoras, os estados de felicidade.
Perseguindo-se o gozo, o prazer,
experimenta-se alegria toda vez que são alcançados, assinalando-se esses
momentos como de felicidade que, no entanto, não correspondem ao sentido
profundo, de magnitude que ela reveste.
A interpretação equivocada conduz a
buscas irreais, que perdem o significado quando se alteram os fatores que a
constituem. A sua visão, em determinada época da existência, muda
completamente em outro período.
A imaturidade psicológica de uma
fase, a juvenil, por exemplo, predispõe a uma aspiração de felicidade que,
conseguida, logo desaparece, e observada mais tarde apresenta-se desagradável,
perturbadora. Por essa razão, é necessário que se entenda que a felicidade tem
a ver com o que o indivíduo é e com o que ele pensa ser. A diferença, entre o
que supõe ser e a sua realidade, dimensiona o seu quadro de desejos, de
prazeres e gozos que interpreta como a busca plenificadora da felicidade.
Assim, a felicidade tem a ver com a
identificação do indivíduo com os seus sentidos e sensações, os seus
sentimentos e emoções, ou as suas mais elevadas aspirações idealistas,
culturais, artísticas, religiosas, com a verdade.
(continua)
O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de
Ângelis
Um comentário:
Olá, querida Denise
A paz de espírito é uma das razões da felicidade plena...
Linda imagem ilustrativa também!!!
Bjm de paz e bem
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