Entretanto, estes comportamentos passam a ser nossa
realidade e pior, muitas vezes não percebemos devido à naturalidade em que se
apresentam.
Ao apontar que o mérito não estaria na ação,
Aristóteles chama atenção para o fato de que atitudes boas e elevadas, feitas ocasionalmente,
não são suficientes para moldar nossa personalidade. Afinal, muitas pessoas com
vida visivelmente comprometida com inúmeras viciações ou comportamento com
sérios equívocos morais, em algum momento também fizeram algo de bom ou
positivo.
Em boa definição, agir adequadamente às vezes, não é
suficiente para alterar aquilo que fazemos constantemente.
Fica evidente o perigo das ações contínuas e baseadas
nos equívocos pois vamos agindo sem a percepção do que está se construindo em
nós.
Quando percebemos que trata-se de um hábito, ou
melhor um vício, já está forte demais para rompermos este comportamento.
Reclamar, lamentar da vida ou das situações que a
compõe são tidas como naturais, entretanto, é fundamental sabermos que ao agir
assim, vamos cunhando em nós esta realidade. Romper o vício de reclamar sempre
não pode ser feito de uma hora para outra, é como um programa de computador que
deve ser desinstalado ou permanecerá lá.
Conclusão, primeiro fazemos nossos hábitos e depois
nossos hábitos nos fazem.
(continua)
Do livro: Terapia
Antiqueixa – Roosevelt Andolphato Tiago
Nenhum comentário:
Postar um comentário