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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

VÍCIO I

           
               Viciados são todos aqueles que se enfraqueceram diante da vida e se refugiaram na dependência de pessoas ou substâncias.
                Pelas crenças tradicionalistas, são tachados de criminosos e vagabundos; para nós, no entanto, representam, acima de tudo, companheiros do caminho evolutivo, merecedores de atenção e entendimento. Por serem carentes e sofridos, entregaram sua força de vontade ao poder dos tóxicos, procurando se esquecer de algo que, talvez, nem mesmo saibam: eles próprios, pois não aguentaram suportar seu mundo mental em desalinho.
                A ociosidade pode ser considerada, ao mesmo tempo, causa e efeito de todos os vícios.
                Os dependentes são julgados por muitos como criaturas intencionalmente indolentes; por outros, de forma precipitada, como parasitas sociais, desocupados, improdutivos e preguiçosos. Mas sem qualquer conotação ou justificativa de tirar-lhes a responsabilidade por seus feitos e decisões, não podemos nos esquecer de que o peso do fardo que carregam lhes dá tamanha lassidão energética que passam a viver em constante embriaguez na alma, entre fluidos de abatimento, fadiga e tédio.
                Não são inúteis deliberadamente, mas se utilizam, sem perceber, do desânimo que sentem como estratégia psicológica para fugirem á decisão de arregaçar as mangas e enfrentar a parte que lhes cabe realizar na vida. Adiam sistematicamente seus compromissos, vivem de uma maneira no presente e dizem que vão viver de outra no futuro.
                Aqui está um possível raciocínio de que se utilizam: sei que devo trabalhar para me realizar, mas, como desconfio de minha capacidade, temo não fazer direito, ou mesmo, o que gosto de fazer não será aprovado pelos outros; por isso, digo a mim mesmo e aos outros que o farei no futuro, agindo assim, não terei que admitir que não vou fazê-lo. Os toxicômanos são criaturas de caráter oscilante, não desenvolveram o senso de autonomia, vivem envolvidos numa aura fluídica de indecisão e imobilização por conseqüência da própria reação emocional em desajuste.
                Protelam as coisas para um dia que, talvez, nunca chegará. Fixam-se ao consumo cada vez maior de produtos narcóticos, enquanto desenvolvem atitudes emocionais que os levam á subjugação a pessoas e situações.


Do livro: As Dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto/Hammed


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Um comentário:

Milton Kennedy disse...

Bom dia amiga Denise,este assunto é tão delicado... temos orado e acreditado muito na recuperação destes nossos companheiros...
Mas há outros vícios tão preocupante e maléficos como as drogas. Tais como o vício quase incontrolável de falar ou ouvir sobre a vida alheia, ou ainda o vício de mentir para nós mesmos e para os outros...

Despeço-me desejando-lhe uma ótima semana e deixo um pequeno trecho do livro “Leis Morais da Vida” de Joanna de Ângelis, para nossa reflexão:

“Vigia e perscruta teus sentimentos. Se descobrires tendências e inclinações não adies o combate, nem te concedas pieguismo. Luta e vence-os de uma vez, arrebentando os elos mantenedores da viciação e dos delitos, a fim de lograres o êxito que persegues, anelas e necessitas.”