Contudo, lembramos que a lamentação é caracterizada
pela inutilidade de sua existência. Quando falamos das nossas infelicidades,
limitações, medos ou qualquer outro sentimento que possa ser visto como
reclamação para alguém que possa ajudar, deveremos falar sem problemas.
Claro que falar dos nossos problemas para amigos ou
profissionais que possam nos ajudar nos processos de solução é fundamental.
Quando falamos sobre o vício da reclamação, nos
referimos infalivelmente ao hábito (vício) de divulgar nossos problemas e
aflições para todos e que, na maioria das vezes, nada podem fazer para nos
auxiliar a encontrar soluções.
No fundo, esparramamos nossas tristezas e problemas
sem benefício algum e, com esta ação, insuflamos toda a tristeza à nossa volta.
Viciamos o ambiente depois somos influenciados por aquilo que viciamos.
Falar no bem é atraí-lo. Falar no mal sem finalidade
de repará-lo ou de gerar benefício, é apenas divulgação. E divulgar o mal é
revivê-lo e voltar a sofrer, como se tirássemos as cascas de uma ferida que
dizemos querer ver sarar.
Geralmente, não conseguimos nos conter quando ficamos
sabendo de algo sobre a vida alheia, afinal, de que vale saber se não podemos
espalhar?
Então, seja de nossa vida ou de outras pessoas, a
queixa como a divulgação do mal são esforços contra a paz e o equilíbrio
emocional que buscamos.
Sendo assim, reclamar até é lícito quando aquele que
ouve pode, de alguma forma, auxiliar ou gerar benefícios aos envolvidos ou aos
processos de recuperação. Mesmo porque, em muitos casos onde os problemas com a
reclamação são mais graves, necessitamos de ajuda profissional pois, ao
reclamar constantemente, adotamos uma postura de auto-obsessão, inutilizando
inúmeros recursos benéficos que recebemos e que evidentemente não vão gerar
êxito.
Buscar auxílio seja médico, psicológico ou espiritual
e prosseguir reclamando, mina todo o benefício gerado pelo tratamento. Se
deseja se tratar, antes fique em paz com a vida.
Existe uma impossibilidade em experimentar a paz
enquanto cultivarmos nossas tristezas no coração.
Do livro: Terapia
Antiqueixa – Roosevelt Andolphato Tiago
2 comentários:
Denise
Parabéns pelo texto;
Grata pelas palavras em minha pagina.
Tenha uma excelente semana.
Muita paz.
Um abraço!
O que é triste mesmo é que a maioria dos queixosos não se queixa a quem pode resolver. No caso de um escritório, de uma seção ou repartição, por exemplo, não levam reclamção ao chefe, preferem ficar resmungando entre os colegas. Já vi isso sim, o legal é que nunca fui adepto dessa prática.
Beijos.
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