Romper um hábito instalado em nós é sempre de muita
dificuldade, afinal, quanto maior o tempo de nosso comprometimento com ele,
gera em os raízes profundas e que geralmente resistem em nossa conduta por
muito tempo.
A dificuldade de libertar-se de algo assim tem na
defesa que fazemos dos nossos vícios seu maior aliado. Sêneca contribui à nossa
reflexão com a seguinte afirmação: “Justificamos nossos vícios porque os
apreciamos e preferimos desculpá-los a repeli-los”.
Ou seja, sempre temos uma razão que justifique uma
conduta equivocada. Todos nós possuímos motivos, sempre frágeis e
irresponsáveis, para justificar as próprias atitudes diante de nossa falência
para viver.
Diante dos nossos vícios, resta-nos apenas buscar a
recuperação da própria conduta e o caminho reto, afinal, quem quiser justificar
a conduta equivocada sempre terá como. Quem não tem uma história triste para
contar?
Claro que agindo assim, elevamos nossa fraqueza de
comportamento acima de nossa vontade para vencer permanecendo, desta forma, na
mesma condição.
Não podemos nos libertar de um hábito simplesmente
atirando-o pela janela. O mesmo trabalho que temos para sua instalação teremos
no seu processo de eliminação. Libertar-se do vício da queixa descer degrau a
degrau até a renovação da maneira de pensar.
A boa notícia é que todos podemos nos libertar de
qualquer situação ou comportamento pois não nasceram em nós e não são nossa
condição natural.
Comportamentos comprometidos existem enquanto são
mantidos pela mesma maneira de pensar que os construiu.
Tudo aquilo que torna-se habitual em nós nos faz
escravos e, muitas vezes, de maneira inconsciente. Quem grita não percebe que
grita, quem mente sempre não percebe a que constância equivocada tornou-se
natural. Tudo aquilo que não dominamos acaba por nos dominar.
Para saber se precisamos ou não realizar uma terapia
antiqueixa, muitas vezes temos que perguntar as pessoas que vivem à nossa
volta, pois, se nosso caso for grave, dificilmente perceberemos o abismo que
cavamos com as próprias ações. Afinal, tornou-se natural.
Do livro: Terapia
Antiqueixa – Roosevelt Andolphato Tiago
Um comentário:
Denise, tudo bem?
Primeiro, agradeço pela visita em meu blog.
Uma bela reflexão, numa vida que é tão difícil de ser vivida, superar obstáculos externos, e principalmente, os obstáculos que nós próprios criamos e muitas vezes não nos damos por conta, é muito difícil também. Mas estamos todos aqui para aprender, evoluir.
Beijos e ótimos dias!
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