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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A MISERICÓRDIA E A LEI DE CAUSA E EFEITO

           
          Em algumas passagens do evangelho Jesus, explicitamente, faz alusão à misericórdia. O Mestre evidencia claramente a Lei de Causa e Efeito, quando afirma que os misericordiosos alcançarão misericórdia. Anotem a máxima importância que a aplicação da lei de causa e efeito nos nossos atos diários terá em nossa vida espiritual. Se tudo o que fizermos, voltará para nós mesmos, esta é uma das razões mais determinantes para que tenhamos compreensão para com os nossos companheiros mais problemáticos, para com aqueles que nos causam contrariedades, já que nós muitas vezes, necessitamos dessa mesma compreensão. O fardo de Jesus é leve, reflitamos no verdadeiro sentido do perdão: perdoar porque todos também precisaremos ser perdoados.
                Percebamos a profundidade do pensamento de Jesus em resposta ao questionamento do discípulo, quando afirma que se deve perdoar 70 vezes 7 vezes. O Mestre sinaliza que a necessidade do perdão é infinita e que não existe uma quantidade definida para isto. Apenas o nosso estado de limitação e a nossa falta de paciência é que limitam a quantidade de perdão que vamos praticar. Quando anunciou números, Ele apenas apontou que a quantidade de vezes não tem importância alguma, o que realmente tem peso e valor é a qualidade do perdão. O bom perdão é aquele em que há o esquecimento do fato gerador da falha ou, lembrar apenas como aprendizado, sem sentimentos de mágoas ou ódio.
                Depois da Lei de Causa e Efeito, Jesus nos fala da reencarnação, aconselhando a cada um de nós que aproveite esta oportunidade que ora temos na matéria, que prossigamos sem deixar nenhuma mágoa e nem ódios para as vidas futuras. Nosso adversário pode ser transitório ou não, isso depende de nossas atitudes. Se nos mostrarmos benemerentes, mesmo que não tenhamos sido responsáveis pelo problema ocorrido, não teremos inimigos futuros. Conseguir perdoar é o maior demonstrativo de que estamos, finalmente, abolindo o nosso orgulho.
                Em nossa imperfeição, acreditamos que Deus vai gostar mais de nós pela nossa assiduidade ao templo religiosos ou ao centro espírita. Podemos até crer que a doação de cestas básicas aos mais necessitados, também seria nosso passaporte para o Reino. Na realidade, o que o Mestre Jesus nos pede é que nos reconciliemos com o nosso adversário. Quem perdoa, exercita num único ato três virtudes agradáveis à Deus: humildade, paciência e misericórdia. A oferta verdadeira do cristão não são atos materiais ou exteriores, mas a modificação espiritual, com atos de reflexão íntima e em favor do próximo. De que adianta estudar o evangelho e não praticá-lo?
                O Mestre é explicito: que misericórdia é esta nossa quando reparamos mais nos pequenos defeitos dos outros, esquecendo-se que nossas imperfeições são maiores? Com que rapidez vestimos a toga de juízes ou promotores, a severidade com que observamos as faltas alheias é proporcionalmente inversa quanto às desculpas que encontramos para justificar nossas falhas. Jesus, por esta passagem, ainda condena a maledicência e o pensamento maléfico. O Senhor não nos impede de auxiliar e aconselhar os que erram, desde que isso seja feito de maneira cortês, sem segundas intenções e uma atitude voltada para aprendizado. Quando formos alertar um irmão que está no erro, temos que agir com um verdadeiro sentimento de caridade e benevolência, e não com uma superioridade moral que muitas vezes não temos para jamais ter dúvidas de como agir, questionemos os nossos atos diários e vejamos se estamos seguindo a lei máxima de Jesus: Fazei ao próximo aquilo que quereis que o próximo faça a você.


Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – março/2013


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Um comentário:

tesco disse...

Num conto de Conan Doyle, "O tiro final", um atirador atira no alvo e acerta em si mesmo. É conto fantástico, mas expressa exatamente a Lei de causa e efeito: Nada é jogado no universo sem que se obtenha a reação. Exatamente como a ilustração do post, muito bem escolhida.
Beijos.