Abortar o feto anencéfalo é matar quem muito precisa
da nossa ajuda.
“O aborto provocado é um crime, qualquer que seja a
época da concepção?
Há sempre crime, quando se transgride a lei de Deus.
A mãe, ou qualquer pessoa, cometerá sempre um crime ao tirar a vida à criança
antes do seu nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de
que o corpo devia ser o instrumento”. (Questão 358, de O Livro dos Espíritos –
Allan Kardec)
Dentro da lógica e da evidência da realidade, não
temos dúvidas em concluir que somos espíritos eternos, criados por Deus na
simplicidade e na ignorância, tendo como objetivo atingir a perfeição, onde
lograremos usufruir da paz e da felicidade que tanto almejamos.
Mas, no contexto dessa longa jornada, que nos
conduzirá do estado inferior à angelitude, fazemos uso do livre arbítrio e do
esforço próprio.
A Providência Divina, no âmbito da sua sabedoria,
fraternidade e justiça, nos aquinhoa com os recursos e mecanismos de que temos
necessidade, visando a concretização da nossa proposta de evolução, mas a
tarefa de crescer espiritualmente é totalmente nossa.
Somos absolutamente livres para decidir e escolher
caminhos, devendo apenas, dentro da lei de ação e reação e de causa e efeito,
colher os reflexos de cada ação praticada. “Do que plantares, colherás”.
(Paulo, Gálatas, 6:8)
Em relação ao aborto, esse lamentável e covarde gesto
de aniquilar o corpo em formação, de quem não tem como se defender, podemos
imaginar a seguinte comparação:
Um familiar querido, numa ação equivocada,
desobedecendo as leis de trânsito sofre um grave acidente, ficando com visíveis
sequelas em seu corpo. Necessita dos serviços hábeis de médicos competentes,
remédios adequados, hospital bem equipado e corpo de enfermagem bem equipado e
corpo de enfermagem bem estruturado, para que recupere a normalidade do seu
físico ferido.
Qualquer um de nós que amamos a criatura do exemplo citado,
faremos o máximo esforço e nos dedicaremos ao extremo para vê-la refeita e
saudável. Movimentaremos toda a nossa potencialidade em favor da sua
recuperação. Deixá-la à própria sorte seria comportamento desumano e infeliz.
Diante do familiar recuperado nos exultaremos de
alegria e contentamento e ele se desdobrará em agradecimentos por todos que o
socorreram.
Vislumbremos, agora, na tela da imaginação, o
sofrimento de um espírito, também querido familiar nosso, depois de ter falido
na sua existência física, deixando o mundo material pelas nefastas vias do
suicídio, mediante o disparo de uma arma de fogo contra a sua cabeça.
O ferimento provocado no corpo físico, por
deliberação própria, em momento de aflição e desespero, deixando fortes
sequelas em seu corpo espiritual, ao ponto de remetê-lo ao mundo dos
desencarnados em grave estado de perturbação e desequilíbrio, somente poderá
ser sanado com a volta do espírito, numa nova reencarnação, para reparar na
matéria, os danos perpretados.
Precisa ele de um novo corpo, a se formar no ventre
de uma mãe que possa entender as suas dores e angústias. Acontece, então, a
gravidez e esse espírito ferido, desarrumado, perturbado e sofrido, cheio de
esperança na harmonização emocional, psíquica e física, comanda a formação do
novo corpo, que tem como modelo o seu perispírito.
No entanto, o seu perispírito, devido ao suicídio de
ontem, encontra-se estrambelhado o que determinará a formação de um corpo
também estrambelhado, dando origem a um feto anencéfalo. Mas, nessas condições,
quanto mais tempo o espírito ficar ligado à matéria, mais condições tem de
reparar os danos perispirituais.
Assim, mesmo que o feto do anencéfalo viva tão
somente até o seu nascimento ou quem sabe um pouco mais, terá o espírito
reencarnante feito um valioso trabalho de reequilíbrio mental e emocional.
Abortá-lo será negar-lhe a possibilidade de
recuperação. Isso acontecendo, o espírito ferido vê suas esperanças esvaírem.
Onde, estão os nossos princípios cristãos? Onde o
nosso amor e fraternidade por um familiar necessitado? Como determinar a morte
de um ser amado, cujas mãos suplicantes nos imploram socorro?
Abortar o feto anencéfalo... em nome do amor, não
façamos isso...
Waldenir Cuin
Fonte: Jornal do
Espiritismo Estudado – setembro/2012
2 comentários:
Realmente,Denise.
O espírito escolhe a família onde vai reencarnar,a mãe,o ventre.Isso antes da reencarnação.
O aborto é inaceitável.
Como esse espírito que precisa aprender mais,talvez sofrer ou até aprender a não cometer os mesmos erros passados,vai ter essa oportunidade?
Recomeçar...e sempre sem nunca conseguir.
A mulher deve ter consciência do mal que faz ao abortar.
Os espíritos já estão ao lado do corpo no útero se preparando para nascer.
Essa é minha visão.Não sei se correta ou não à luz do espiritismo.
Beijos e parabéns pelos blogs!
Donetzka
Boa noite
Acredito nisso também e acredito que deveríamos ter leis mais claras e contundentes sobre esse caso, uma fiscalização mais rigorosa.
Ah ! Seja bem vinda ai meu Mundin
Abraços,
Mundyn
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